terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

CURIOSA COINCIDÊNCIACOM O DISCO "NURSERY CRYME" DA BANDA GENESIS

Encontrei esta ilustração à bico de pena relativa a um jogo de "croquet" (com "o" mesmo), história que se passa na primeira década do século passado em Montevideu. Ela me remeteu à capa do disco "Nursery Cryme", do Genesis, lançado em 1971, em que se vê uma cena de jogo de criquet (com "i"). 

* Detalhe: a ilustração é do livro "O menino que eu era", de Generoso Ponce Filho, lançado em 1967.






terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

HAJA GULA! ANTIGOS ÍNDIOS BOLIVIANOS QUE COMIAM FEITO LEÕES!



Existe a expressão: "Comer um boi", cujo significado é comer muito. Pois vejam esta passagem  petinente ao assunto que encontrei no livro "Caçando e pescando por todo o Brasil", do caçadoe e pescador campineiro Francisco de Barros Júnior., 1º volume (de três), lançado em 1945 após sua passagem pela tribo dos índios cainguangues no Paraná:

“Caingangue, se tem o que comer, come vinte e quatro horas por dia sem parar... E isto não é peculiar à raça, pois o comandante Miranda Rodrigues contou-me que quando na comissão de limites entre o Brasil e a Colômbia, viu os doze índios colombianos que auxiliavam a comissão comerem, durante a noite, uma grande anta que ele matara, ficando pela manhã apenas a cabeça e os ossos bem descarnados! Quando o estômago daqueles silvícolas está muito cheio, deitam-se de costas e, com um tição, em passes horizontais, a poucos centímetros da pele, aquecem-na, e depois fazem demoradas e enérgicas massagens. Em seguida, esvaziam o conteúdo da ingestão forçada, parecendo em volume ao de qualquer boi e voltam ao infindável deglutir.”

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

O ENIGMA DAS ORIGENS DA CHIPA E DO PÃO DE QUEIJO MINEIRO


Estou lendo um livro aqui, de memórias, lançado em 1967, de histórias que se desenrolam no início do século passado. O livro é “O menino que era eu”, de Generoso Ponce Filho (1898-1972). Aos quatro anos, Generoso, filho de pai político, e por isto mesmo exilado no Paraguai com a família, faz menção à ”chipa”, esse "novo" pãozinho de queijo que ganhou as cidades do interior paulista. Relembra ele:

“Felizmente as irmãs dando por minha falta, foram buscar o amudo quase anacoreta, levando-lhe uma espécie de pãezinhos de queijo, verdadeira tentação do demônio, que me repuseram no caminho da perdição das coisas boas deste mundo.”

A chipa paraguaia

Como eu, acho que muita gente pensa que a chipa é uma variedade de pãozinho de queijo mineiro, mas não. Segundo a Internet, “A chipa (ou chipá) é uma iguaria tradicional da culinária paraguaia. Tem suas origens nas missões jesuíta e franciscana da Governação do Paraguai (Vice-Reino do Peru), conforme registrado nas crônicas dos séculos XVI, XVII e XVIII.” Na verdade, o pãozinho de queijo mineiro é originário da chipa, e  teria entrado no Brasil por volta da década de 1860.

Generoso Ponce Filho

Apesar da diferença no formato, ambas têm os ingredientes e o sabor bem semelhantes. Se a chipa é uma tentação do demônio, como queria o memorialista Generoso, eu não sei, mas, particularmente, eu acho a chipa mais saborosa e crocante.

O nosso tradional pão de queijo mineiro


terça-feira, 30 de janeiro de 2024

"PARANOIA OU MISTIFICAÇÃO" - crítica de Monteiro Lobato em 1917.

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“(...) em Paris se fez uma curiosa experiência: ataram uma brocha na cauda de um burro e puseram-no traseiro voltado numa tela. Com os movimentos da cauda do animal a broxa ia borrando a tela. A coisa fantasmagórica resultante foi exposta como um supremo arrojo da escola cubista, e proclamada pelos mistificadores como verdadeira obra-prima que só um ou outro raríssimo espírito de eleição poderia compreender. Resultado: o público afluiu, embasbacou, os iniciados rejubilaram e já havia pretendentes à tela quando o truque foi desmascarado.” 

* Paranoia e mistificação. Monteiro Lobato. O Estado de São Paulo, 20-12-1917.






quinta-feira, 21 de setembro de 2023

SERIAM OS VELHOS ALMOFADINHAS OS PRECURSORES DA GERAÇÃO NUTELLA HÁ 100 ANOS ATRÁS?

 Um livro lançado em 1932, "Passadismo e Modernismo", da escritora Lola de Oliveira comenta o tipo almofadinha, surgido na década de 1920:

“É um almofadinha. Parece uma menina do século passado. Faz qualquer friozinho e ele está espirrando. Foi criado pela vovó. uma velha tão rica e atrasada que o trazia em pequeno, enrolado em flanelas e chales de malha. Nunca em sua vida entrou em uma piscina nem tomou um banho frio. Por isso é aquela moleza a se arrastar no meio desse turbilhão de S. Paulo.”  

O blog Cidade dos Melindres trás a definição do como surgiu e como era um autêntico almofadinha:

"O termo 'almofadinha' veio do habito de alguns homens do inicio do século, que ao viajarem sentados nos bondes de banco de madeira pela cidade, ficavam com as nádegas doendo por conta dos saltos causados pelos inúmeros buracos na estrada, passando então a trazerem consigo cada qual uma 'almofadinha' de casa, para repousar o traseiro durante a viagem, evitando assim machucar sua poupança. A prática não foi tão bem vista por todos os homens. Tanto que a figura do almofadinha era por muitos considerada feminizada. Estes rapazes se barbeavam bem, e perfumavam-se, desenhavam seus bigodes pequenos, usavam calças mais apertadas e curtas. Os almofadinhas eram constantemente ridicularizados nas charges de revistas da época, e estavam sempre à cola de alguma bela melindrosa."

Enfim, amigos, os almofadinhas foram ou não foram precursores dos modernos jovens da Geração Nutella?...

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quinta-feira, 17 de agosto de 2023

MISOFONIA, A AVERSÃO A CERTOS RUÍDOS, QUE INCOMODAM DETERMINADAS PESSOAS


Meus Deus, mas como essa gente das produções bíblicas da TV Record tomam água o tempo inteiro! Não há uma cena dentro de uma casa ou palácio que não tenha uma pessoa pegando uma bilha d'água e enchendo um copo!!! Toda cena interna que aparece acontece isto! 

O problema é que eu não suporto ouvir copos sendo enchidos com um líquido qualquer , não sei por que, e o mais estranho é que isto só ocorre quando assisto TV, mas "ao vivo", no dia-a-dia nada acontece!...

Os cientistas dizem que isto é o distúrbio chamado Misofonia, ou, como eles dizem: "uma condição em que há uma forte aversão a certos sons, em resposta aos quais a pessoa relata experiências emocionais desagradáveis e excitação autonômica." 

Pode?!...

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sexta-feira, 21 de julho de 2023

50 ANOS DO LANÇAMENTO DO DISCO “KRIG-HA, BANDOLO!” DO RAUL SEIXAS:

Dia 21 de julho de 1973: lançamento de "Krig-ha, Bandolo!, culminando com um show no teatro Tereza Rachel neste mesmo dia. A revista Rolling Stone Brasil  divulgou uma lista dos 100 maiores discos da música brasileira, na qual “Krig-Ha, Bandolo!” ocupou a 12ª posição. Em setembro de 2012, foi eleito pelo público da Rádio Eldorado FM, do portal Estadao.com e do Caderno C2+Música (estes dois últimos pertencentes ao jornal O Estado de S. Paulo) como o quinto melhor disco brasileiro da história. Já a revista Bravo elegeu, em 2008, “Ouro de Tolo” ─ a carro-chefe do disco ─ a 50ª principal música nacional da história. Um ano antes, a mesma revista Rolling Stone Brasil foi ainda mais enfática: colocou essa faixa de Raul na 16ª posição entre as maiores criações musicais do nosso país. 


Na verdade, um compacto com “Ouro de Tolo” e “A Hora do Trem Passar” (compacto simples, abril 1973, Philips, Nº 6069076) já havia sido lançado em abril deste ano. Nesta gravação, em vez de Raul cantar “Corcel 73” ─ como na versão do vinil que viria a ser lançado em 21 de julho próximo ─, Raul canta “Carrão 73”. Com o sucesso desse compacto, a gravadora precisou prensá-lo duas vezes para suprir os pedidos das lojas, e já na primeira semana vendeu 60 mil cópias. “Ouro de tolo” é o nome que se dava na Idade Média às promessas de falsos alquimistas, e numa aparição sua no programa Flávio Cavalcanti (de que falarei adiante), logo após o sucesso da música, o Raul explicou: “Ouro de tolo é um termo usado em Geologia para designar uma pedrinha chamada Pirita, que parece ouro mas não é.” Com o sucesso de Raul, o dono da gravadora CBS - onde Raul trabalhava gravara às ocultas “Sociedade da Grã-Ordem...” e fora demitido por isto ─ se sentira arrasado, do mesmo modo que os executivos da gravadora inglesa Decca, que ficaram traumatizados após esnobar os Beatles e estes explodirem em outra gravadora. A título de curiosidade, o polêmico cantor Geraldo Vandré havia voltado do exílio quatro dias antes do lançamento do “Krig-ha, Bandolo!”, ou seja, em 17 de julho  de  1973, lembrando também que o primeiro LP dos Secos & Molhados seria lançado 16 dias depois do disco do Raul, ou seja, no dia 6 do mês de agosto.

Assim como os escritores Monteiro Lobato e Arthur Azevedo, Raul Seixas não deixou descendentes diretos, não filiou-se a escolas ─ tinha seu nicho próprio ─, nem alinhou-se com as correntes estéticas, sendo fiel a si mesmo. Por assim dizer, foi um artista único e isolado, não pertencendo à igrejinhas, jamais circunspecto à panelinhas, clube dos bolinhas e afins. Raul evitou ortodoxias musicais e pautou-se pelas leis do próprio temperamento. Diria que Raul granjeou fama e sucesso de uma maneira que pareceu isolá-lo numa faixa única de celebridade. 

                                                                                                                        * Wenilton Luís Daltro


segunda-feira, 10 de julho de 2023

PIZZA DE COXINHA?!... LAMORDEDEUS! VALEI-ME!...


Carioca comer pizza com catchup vá lá, mas uma coisa é ser criativo e ter bom-gosto e outra, é ser ridículo e sem-noção. Daí que o infeliz acha que está inventando algo que, culinariamente falando, é um manjar dos deuses, e, na verdade,  é uma mixórdia de um mau-gosto extremo!... Não sei quem foi o cretino no Brasil que inventou essa porra, mas os italianos, se verem isso, devem rolar no chão de certos brasileiros "mestre-cucas"!...

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LIXO MUSICAL EM ASCENÇÃO!...



Em especial no Brasil, a música moderna começou a se desmaterializar com a massificação do MP3 e os recursos eletrônicos de gravação caseiras no começo do século 21. Hoje, há setores da música que estão se desinstrumentalizando, um tipo de música vulgar - se é que você pode chamar de música - onde ninguém mais toca instrumento algum para compor: a pessoa aperta um botão e a música já sai pronta e é só colocar a mesma melodia vocal de sempre naquela base monocórdica…. Daí, aquela mesmice rítmica que dá no saco, aquela manifestação “cultural” onde ninguém precisa ser artista e ter talento musical e literário, aquelas letras típicas do mais puro analfabetismo funcional. A única coisa que se usa de humano e musical é a voz, mas como todos tratam-na com o maldito efeito Auto-Tune - uma verdadeira praga da música moderna -, ironicamente, todas as vocalizações das músicas gravadas sem nivelaram, não sendo possível distinguir quem é o cantor pelo timbre (de todo modo, as vozes são simplesmente horríveis, voz de mano mané…). Assim, ninguém mais precisa ter voz bonita para cantar - se é que você pode chamar de canto aquela aberração. E dá-lhes funk, esse lixo à serviços da alienação musical, quando não do crime e da depravação sexual, objetificano a mulher. E não é só funk não que vem sofrendo esse processo: tem rave pancadão, muito pop moderno e sertanejo universitário e suas ramificações bregas!

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sábado, 17 de junho de 2023

HÁ MAIS DE 80 ANOS, UMA LETAL ENDEMIA DE FEBRE MACULOSA ACONTECIA NO “CARRAPATAL DO LORETO”, EM ARARAS-SP

Há uma curiosa e tristíssima história recolhida pelo professor Alcyr Mathiesen, que aconteceu em Araras (SP), entre os anos de 1939 e1940. No bairro ruraldo Loreto, onde uma endemia desta febre grassou no lugar e muitos moradores faleceram por causa da doença infecsiosa. 

O pessoal do serviço de saúde chegou à conclusão que a febre era o “tifo exantemático” (antigo nome da febre maculosa), mal transmitido pela picada do carrapato-estrela, conhecido como "rodoleiro" pelos antigos, inseto que prasitava os animais do lugar, como, p. ex., capivaras, cavalos, cães e gatos. No entanto, os profissionais de então tinham conhecimento precário do histórico da patologia e seu mecanismo de infecção, e, como resultado, acreditou-se que apenas os cães erm vetores, e todos foram mortos naquele distrito. 

Tão famosa quanto temida se tornara aquela praagem que o luga recebeu o batismo de “carrapatar do Loreto”, e todos evitavam passar por ali. 


Na cidade, a funerária do senhor Antonio Severino aumentou consideravelmente  a demanda de caixões vendidos tal era  quantidade de mortos, e todo dia no mínimo um caixão era despachado para o lugar. A frase que mais se ouvia neste estabelecimento nestes dias  era a que o Severino dizia para o seu funcionário: – “Tonho... caixão pro Loreto!”. Inclusive, ironia do destino, disse o professor que o agente funerário tinha um papagaio falante que tantas vezes ouviu a tal frase, que mal um cliente adentrava a funerária, o pássaro alardeava: – “Tonho... caixão pro Loreto, caixão pro loreto!”...

Infelizmente, o professor não divulgou estatísticas de quantas pessoas morreram no período, mas deve ter sido muitas, quiçá chegando à centenas.

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quinta-feira, 30 de março de 2023

ENCHENTES E PERDA DE BENS: SOLUÇÕES PALIATIVAS ÀS FAMÍLIAS EM ÁREAS DE RISCO

Uma ótima dica às famílias que vivem em áreas de risco de inundações, solução simples e de baixo custo. 

Encontra-se à venda na Internet e na casas do ramo, sacos plásticos de lixo, impermeáveis e gigantes, de cor preta, de 500 litros, de material reforçado, com dimensões 125 cm de largura por 183 cm de altura. 

Com ele, em momentos de possíveis ocorrências de tempestades e prováveis enchentes, a família poderia embalar previamente televisores, aparelhos de som e eletrodomésticos, fogão, microonda, máquina de lavar roupa, geladeira, roupas em geral, livros e documentos, alimentos etc.

Não vale a pena o investimento, ante os grandes prejuízos que possam ocorrer? Pense nisto.

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O ADVENTO DO "MR. CANETA AZUL…"!!!...

Vi a figurinha esta madrugada no programa do Gentili, e ele alegou ter mais de 21 mil músicas compostas!... Deu amostra de uma seis, e todas pareciam a mesma!... Desde às 17 anos quando ele começou a compor - ele está com 53 anos - daria uma média 1,6 músicas compostas por dia. Você acredita mesmo que ele compôs esta quantidade diariamente? É possível, mas só pela amostra das seis exibidas, não há mérito algum nisto, a não ser pela quantidade… Convenhamos: quantidade é uma coisa; qualidade, outra completamente diferente...

A cada “música” apresentada, era aquela gemeção, aquela voz pequenina e sofrida de retirante, aquela postura de calouro acuado por um Chacrinha e sua buzina prestes a soar...... Em suma, nada que lembre um artista verdadeiro. E a plateia - ah, a plateia! - delirando freneticamente como se os Beatles estivessem no palco!... 

Para um Nordeste que já nos deu Zé e Elba Ramalho, Alceu Valença, Hermeto Pascoal, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Fagner, Gilberto Gil, Dominguinhos, Raul Seixas, dentre outros gigantes da MPB, a região vai muito mal das pernas. Será que foi o petismo que desaculturou esse povo?

E mais: o cara diz que vai se apresentar nos EUA! Bem, para um País que já exportou gigantes como Tom Jobim - dos mais executados no mundo -, vamos começar a exportar lixo e queimar o filme com os gringos!... Oremos!.... 


quinta-feira, 16 de março de 2023

ANUM NA FRANÇA?!...

Ler mais um de um livro simultaneamente - o que é o meu caso - pode trazer confusões. No momento, estou lendo quatro livros alternadamente: um no banheiro, um no sofá, um em frente ao computador e outro quando vou para a cidade. 

E por que eu disse que pode trazer confusões? Pois bem: em certa passagem de um deles, reparei que o escritor se referiu ao pássaro anum, e aí eu perguntei:” Caracas, anum na França?!" 

Mas acontece que eu havia confundido dois livros: um escrito no Brasil (A Bagaceira), e outro na Europa (A Masmorra), e o anum era citado no livro brasileiro…



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sábado, 4 de março de 2023

CEMITÉRIOS-ZOOLÓGICOS: A INSANIDADE!...

...mas acontece que a chamada Geração Nutella já está querendo enterrar cães e gatos em cemitérios humanos! 

Convém lembrar que a doção de pts não se resume a cães & gatos, que há outras variedades de pets, como porco, iguana, furão, jibóia e outras cobras, rato twister, gambá, chinchila, urubu, peixes, galos e galinhas, tarântula, cavalos, tartarugas, capivara, lhama, tigre, teiú, sagui e outros macacos, pato-carolino, cisne, ferret, coelhos, porquinho-da-índia, araras, papagaios, periquitos, corujas, calopsitas, cacatuas, vira-bosta e outros pássaros, e agora o bode! ...


E então, como vai ficar esta insanidade da geração tetéia, lembrando que há seres humanos que não tem onde cair mortos, não tem um simples jazigo! Resumo: em breve, a geração “do amor” transformará nossos sagrados cemitérios em cemitérios-zoológicos!... 

Fico imaginando um tetéia levando flores para seu urubu, sua jibóia, seu  porco, seu gambá, sua querida e insubstituível  tarântula falecida, chorando aos pé do túmulo!... Convenhamos!

Numa palavra: nada que uma boa camisa-de-força não resolva!...

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

A MORTE INESPERADA DE UM GÊNIO DA GUITARRA!

Faleceu dia 10 passado um dos maiores e mais inovadores guitarristas da História do Rock, Jeff Beck, aos 78 anos, morte lamentadíssima na mídia, e que pegou todos de surpresa! 

Mesmo que você não goste de rock, te peço, amigos (as), que ouça esta música, que é de um estilo que eu curto muito, a Space Music, música de um estilo viajantíssimo, espacial, meditativo e flutuante! 

Então, amigos (as), aqui vai "Where Were You" (Onde Você Estava), que é a que eu mais gosto dele neste estilo. 

Vale a pena a audição, pois é belíssima, e sugiro ouvir à noite, deitado (a) e com a luz apagada, ou melçhor, sozinho no meio do mato com noite estrelada. 

E, boa viagem às esferas!




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A TÉCNICA DE APERFEIÇOAMENTO LITERÁRIO PELO MÉTODO DA PARÁFRASE, OU SEJA, A RECRIAÇÃO DE UM TEXTO ALHEIO, MANTENDO-SE A MESMA IDEIA CENTRAL, MAS PROCURANDO,SE POSSÍVEL, "MELHORAR" (OU SUPERAR...) O ORIGINAL.



TEXTO UTILIZADO:

“Sempre em contato com a natureza, os protagonistas têm na paisagem bucólica os pontos de referência que se vão constituindo focos evocativos dos acontecimentos fundamentais de sua existência. As árvores, as montanhas, as fontes, as ermidas operam como forças vivas sobre as personagens, exatamente pela comunicação afetiva, dos fatos aos elementos da natureza onde se processa."

FONTE: Biblioteca do Estudante. Obras Imortais de Nossa Literatura. Júlio Diniz. Vol. 7.


TEXTO RECRIADO POR MIM:

Ali, numa íntima e constante relação com a natureza circundante, naquele panorama bucólico e convidativo, amealhava eu, precocemente, um espólio sentimental que, vida afora, foi se tornando uma fonte de gatilhos evocativos das inúmeras e marcantes experiências de minha saudosa meninice. Reservas de matas e capões de cerrado, campos naturais ou plantações, morros e planuras, córregos e rios, grandes fazendas ou pequenos sítios, todos, que, por seu apelo irresistível, atuavam como forças telúricas em meu psiquismo em formação nos palcos e cenários onde eu me aventurava.

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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

A "ARTE DE COMPOR MÚSICAS

Compor músicas, inspirado por meus ídolos (e eu não escondo isto), poderia dizer que é uma forma de "demonstrar" erudição, diversidade e um profundo conhecimento do trabalho destes meus queridos mestres (e eles são muitos, e de diversos estilos). 

É também uma forma de deferência e veneração às suas obras, que tanto estimo e que inspiraram as canções que compus. 

Também, diria, que elas evidenciam a minha capacidade, como artista criador, de reaproveitar elementos positivos destes obras em um novo contexto, contexto este que são as minhas próprias músicas... rsrsrsrsrs... 

E nisto, a minha enorme gratidão vai para o infelizmente falecido Gonzaguinha - meu mestre-supremo nesta forma de arte -, que é o artista que sempre me inspirou na maioria das músicas que compuz! Ele é a minha maior referência!



* Na foto, eu, aos meus 20 anos, compondo minha segunda música, estilo MPB.

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

O FUNK CARIOCA E O USO ABUSIVO DO AUTO-TUNE...

 PRONTO, FALEI!!!.;..

Os músicos do Rock Progressivo, bem como os da Disco Music e da música Pop, fizeram um uso maravilhoso, bem dosado e de bom gosto com o recurso eletrônico para alterar voz chamado Vocoder. Já os imbecis do funk carioca, fazem UM uso abusivo e insuportável do Auto-Tune - na verdade, um aparelho para afinar a voz -, e não tem uma música que não gravem que não colocam este efeito horrível na voz, de modo que o que era para ser um meio, acabou se tornando um fim. Tem que ser muito amador e anti profissional para lidar com música desta maneira, sem critério e sem parcimônia, se é que se pode chamar este lixo de música…


O  velho e analógico Vocoder:


O onipresente digital Auto-tune:



Ouça aqui o uso do Vocoder neste grande sucesso da banda de Disco Music,
 a Earth, Wind & Fire em "Let's groove tonight" (1981)



Ouça agora "Autobahn" (1978), da banda de música eletrônica alemã Kraftwerk:



Exemplos de funk carioca usando a merda do Auto-Tune eu não vou colocar, e desnecessário dizer o porquê...
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domingo, 9 de outubro de 2022

REGIME MILITAR: TEMPO DE PAZ, AMOR E MASSAVILHAS…

Eu tenho inúmeras coleções de revistas de rock dos anos 70 e 80, e Ditadura era um assunto que raramente entrava nas pautas das reportagens e os músicos mal se referiam à ela, pelo contrário, só falavam maravilhas... Motivo: todo mundo tocou, compôs, fez shows, gravou, foi nas TVs, e curtiram adoidado a Contracultura. 

Aconteceram problemas? Certamente que sim, mas raros problemas graves, e se aconteceu, é porque o músico ou a banda se envolveu em subversão e comunismo, cutucando a onça com vara curta. O próprio Osvaldo Vecchione do Made in Brazil (o show do tanque) admitiu que erraram ao cutucar os militares com seu show “Massacre” e foram censurados! 

Oras, e o Alice Cooper - o inimigo público nº 1 dos EUA, o terror das famílias conservadoras e tradicionais norte-americanas, à violência explícita, cobras, espadas, guilhotina, camisa de força, etc. e os militares não deram um pio, inclusive, a banda teve de fazer um show especial para eles e, até o momento, nada consta de repressão ou censura! Aliás, crianças foram aos shows! E, então?! 

E, por outro lado, o que dizer das vigilâncias do Regime Militar contra os avanços do comunismo, que estimulou a criatividade dos músicos daqueles tempos, em especial os da MPB? Quantas obras primas não foram criadas e inspiradas por aquela situação? Pois é…

Na verdade, o grande problema da maioria das bandas de rock brasileiras eram as gravadoras, pois era muito difícil gravar e dar continuidade à vida e ao projeto da banda. A maioria das bandas acabou por isso, por não poderem registar expor suas obras (não comerciais = não vendáveis) ao País. Mesmo assim, havia shows a rodo e festivais ocasionais por todo o País, suprindo a galera ávida por rock. 

Agora, computando no geral, depois de tudo passado, alguns músicos daquela época querem inventar falsas narrativas falando horrores do Regime Militar, como se tivessem esmagados por uma máquina! Menos, menos!... Ponham a mão na consciência! Obviamente, houve delegados e militares preconceituosos com “cabeludos vagabundos e drogados” que agiram arbitrariamente e, sem o aval (e até conhecimento) dos superiores, agiram à sua maneira, fazendo muita gente ser presa por arruaças e drogas, bebedeiras, ter o cabelo cortado e banho forçado etc., mas eram casos isolados e não rotineiros. Uma grande verdade é que havia muita “neura” em relação aos “óme”... 

Vale lembrar de compositores inteligentes e letristas notáveis, como, p. ex., o Chico Buarque e o Gonzaguinha, que apesar de muito censurados, conseguiam driblar a Censura e falar de forma cifrada o que bem entendiam. Definitivamente, militarismo não era tema recorrente no rock setentista brasileiro, e quem protestava contra a guerra (Vietnan) bem sabemos de que pátria era. Nossos rockeiros tinham mais o que fazer, falando das massavilhas da Contracultura.

Que se fique claro: uma coisa era a temática “sexo, drogas & rock’n’roll” dos rockeiros; outra, bem diferente, as dos cantores de música de protesto, vide Vandré, Sérgio Ricardo, João do Vale etc., e geralmente eram este que arrumavam encrenca com o Regime, portanto, convém não misturar as coisas!

Já li depoimento memoriais e bibliográficos da maioria das bandas e artistas de rock setentistas, e quase todas passam ao largo do assunto ditadura, provando que nada ou pouco sofreram.

Oras, a maioria dos brasileiros conterrâneos daqueles criativos e fecundos tempos de paz & amor tem uma admiração e saudade danada de tudo o que viveram, e, tenham a certeza, que se houvesse uma máquina do tempo, podem crer que os rockeiros brasileiros eram os primeiros da fila para retornar àquelas massavilhas!




















quarta-feira, 21 de setembro de 2022

CIGARRAS TEMPORONAS...

Já tinha visto esse fenômeno em Araras-SP lá pelos meados da década de 80: uma cigarra da espécie Fidicina mannifera surgir totalmente fora de época, no Inverno, em julho, quando o normal é do final de outubro, por todo novembro e início de dezembro! Deu até dó dela, pois ela estava só no mundo, e cantou, cantou, cantou e nenhuma respondeu!... 



Aqui em Rio Claro venho registrando este fenômeno há três anos, mas com a espécie Quesada gygas (na foto e no vídeo), a cigarra-gigante ou cigarra-dos-cafezais. No dia 16 de setembro último, no final de tarde, um exemplar solitário cantou três vezes e nenhuma outra respondeu. O mesmo se deu em 12 de setembro de 2021 e 11 de setembro de 2020. 

É muito azar para uma cigarra vir à luz sozinha, enquanto todas as outras ainda estão embaixo da terra!...






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