Mostrando postagens com marcador usina palmeiras. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador usina palmeiras. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

LUDITAS ÀS AVESSAS!!!...



Neste ano, 2012, está fazendo 200 anos que os revoltosos conhecidos como luditas fizeram uma série de destruições de tecelagens em Nottingham, na Inglaterra, entre fevereiro e março desse ano. Em plena era da Revolução Industrial, quebraram máquinas e depois incendiaram os edifícios. Mas, afinal, quem foram os luditas? Pois bem: o ludismo foi um movimento que ia contra a mecanização do trabalho, surgido com o advento da Revolução Industrial. Adaptado aos dias de hoje, o termo ludita se refere à toda pessoa que se opõe à industrialização intensa ou mesmo à novas tecnologias, como este que vos escreve... Este movimento social é hoje conhecido como o neoludismo. Um exemplo de um autor que se identifica com esta designação é Kirkpatrick Sale, que escreveu o livro "Rebels Against the Future" ou Movimento Operário. Segundo os luditas, por serem mais eficientes que os homens, as máquinas tiravam seus trabalhos, requerendo, contudo, movimentos operários e duras horas de jornada de trabalho. E, curiosamente, a mesma revolta (sem tal violência, mas com  mesma gravidade) não se deu com nossos cortadores de cana com o surgimento das colheitadeiras mecânicas, que dispensaram a mão-de-obra da classe?!... (na ilustração, Ned Ludd, o líder dos Ludistas, gravura de 1812)
E já que estou falando de tecelagens, gostaria de dizer à meus amigos que meus pais – os jovens e belos conhecidos como Walter Daltro e Maria de Lourdes Rocha –, eram funcionários de uma mesma tecelagem, a "Textil São Antonio", hoje demolida, que ficava na Avenida Leme, Nº 80, de propriedade de Armando Lagazzi. Meu pai trabalhou ali entre 1951, aos 14 anos, até 1957, e minha mãe na mesma época – ela, como tecelã e ele como contador no escritório da empresa. É oportuno lembrar que, tempos depois – creio que no final da década de 90 –a tecelagem encerrou suas atividades, e na década seguinte ocorreu um estranho incêndio ali, e não se sabe de origem criminosa. Vale dizer – modéstia às favas – que sem a existência desta tecelagem – onde meus velhos se conheceram e se enamoraram –, este que vos escreve talvez não existisse!... (na foto, acima e à direita, a tecelagem em 1980)

Bem lembrado, é oportuno dizer que também, há exatos 155 anos atrás, no dia 8 de março de 1857, nos EUA, os patrões e a polícia trancaram as portas de uma tecelagem e depois atearam fogo, matando 129 operárias carbonizadas! Daí, caso não saiba, surgiu o Dia Internacional da Mulher!

Curiosamente, também exatos 200 anos depois do quebra-quebra dos luditas ingleses, em 4/04/2012, a Prefeitura Municipal de Araras aprovava o projeto para a construção de um novo edifício na cidade – o imponente "Vitrallis - Premium Residences", edifício que, por ironia do destino, vai se situar exatamente no mesmo local onde se erguia a extinta Textil São Antonio, onde, repito, a pombinhos apaixonados Daltro & Rocha uniram seus corações!...

À esta altura, meu leitor deve estar matutando aí: "Mas aonde esse danado do Wenilton quer chegar?!" Pois bem: é que dói ver uma tecelagem linda como era a São Nicolau encerrar suas atividades, pegar fogo e depois ser demolida – que ela era, de certo modo, um lugar sagrado para mim, cidadão extremamente preocupado com a preservação de nosso edifícios históricos ou antigos. Se situava a São Nicolau na espinha dorsal de Araras onde se alinharam e conviveram Daltros e Rochas desde o final do século 19 até o final do século seguinte. Daltros moraram ao longo da "Antiga estrada para Leme" (hoje Avenida Maria Muniz Michielin e Avenida Leme); Daltros construíram a Usina Palmeiras – meu paraíso extinto onde moramos na melhor época de nossas vidas!; Rochas moraram na mesma estrada, na fazenda Montevidéo, onde meu avô Francisco Rocha fora feitor, e meus tios – e minha mãe! –, nasceram! Meu avós Rocha, depois, moraram na rua Lacerda Franco, que vai desembocar exatamente na Avenida Leme. Meu pai, antes de mudarmos para esta usina, teve uma leiteria na rua Albino Cardoso, que forma uma bifurcação com a Lacerda Franco. Como se vê, por gerações e gerações, Daltros e Rochas se deslocaram e conviveram nesta importante espinha dorsal que era a principal via da Araras antiga por boa parte deste período.

Mas, se posso falar em luditas modernos – e não estou se referindo à mim –, ou melhor, em uma espécie diferente de ludista: luditas "negativos", luditas ás avessas, diria que são os capitalistas chineses! No caso, são os verdadeiros responsáveis pela ruína de nossas tecelagens! Sim, a onipresente China capitalista e sua competição selvagem desonesta!

Mas a coisa não parou por aí, pois há outras espécies de luditas às avessas nesta cidade, como, p. ex., certos empresários do ramo imobiliário, que mal vêem um terreno baldio, uma empresa fechada, uma casa antiga ou um casarão centenário, e dirigem para eles toda a sua sanha e cobiça imobiliária, fazendo tabula rasa de tudo! E nisto se inclui também os proprietários desses imóveis, que detestam tudo o que é antigo, não importa a história que há por detrás deles! E nisto, amigos, quanta coisa linda e de extrema importância histórica se perdeu! Araras já foi a terra de dezenas de tecelagens (e quanto casais ararenses não nasceram aí!), de inúmeras fábricas de mandiocas e de olarias sem fim! E onde foi parar toda essa maravilha? Não vou comentar aqui.

Ah, aquele pequeno trecho de rua em frente à Textil São Nicolau, quanto frequentei e quantas histórias vivi ali, eu, meus irmãos e amigos! Ali, aos 5 anos, fui ao circo pela primeira vez e ouvi todo feliz pela primeira vez a canção "Datemi un martello" com a sensação da época, a cantora Rita Pavone! Nesta mesma época, ali também, ouvi deslumbrado pela primeira vez o "martelar" incessante de uma velha araponga que ficava numa gaiola do posto do Henrique Volpi! Ali também o bar do velho Espica, onde tantos doces comprei e tantas caronas para a Usina pegamos ao sair mais cedo da escola! O último ponto de ônibus da Usina dentro da cidade, que nos recolhia ali todo final de tarde!

E eu fico pensando em todas estas maravilhas e seu melancólico final... e perguntas teimosas vem martelar minha inquieta cabeça: Até quando esses luditas às avessas vão destruir tudo? Quais serão seus próximos alvos? Como lutar contra eles? É quando me vem à cabeça a velha sentença do Caetano Veloso, que dizia da "força da grana que ergue e destrói coisas belas"!... Não, eu não me conformo, nunca me conformarei, e enquanto existirem luditas às avessas nesta cidade, haverá este "ludita positivo", o neoludita Wenilton, que com sua pena combaterá ferrenhamente para preservar nossas coisas belas que a maldita "força da grana" destrói sem piedade!

FONTE:
http://www.vitrallis.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ned_Ludd
http://www.abrazrj.com.br/index.asp?pageURL=48&NOticia=5&sector=0

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O BENNETT, O INCRÍVEL COMETA DO OUTONO DE 1970


"Canto a tua beleza, adorada Provença
terra onde o sol põe luz nos olhos de cristal,
e os ciprestes, olhando a azul esfera imensa,
contam. oh Mãe, a tua história imemorial!"
(Provença - Béatrix Reynal, 1892-1990)


Tanto quanto escrever sobre as recordações de minha vida, eu gosto de escrever sobre os cometas que vi em minha infância. Quem é, ou viria a ser escritor, jamais esqueceu a visão de um deles e, nesta condição especial, fez questão de registrá-los. Só mesmo quem viu um grande cometa no céu, sabe do sentimento estranho e indescritível de que é apossado. Foi assim com Drummond e Pedro Nava, dentre outros, escritores que tiveram a suprema felicidade de ver o majestoso Halley em 1910, e transcrever suas impressões para a posteridade. Da infância, a partir dos quatro anos, até hoje, tive a felicidade de ver dois cometas — até o momento, vi 10 ao todo —, e, hoje, vou falar do segundo, não muito grande mas interessante cometa também.

Por volta do final da década de 1960 e início da 70, a impressão que se tinha na Usina é que haviam “coisas no ar”, e sentia-se nela uma atmosfera mágica, algo de presságio, coisas que, parecia, só minha mãe e eu éramos capazes de captar na Usina. O cometa Bennett, creio, foi uma delas. 

Estimaram que ele poderia se tornar um dos maiores cometas do século e ser comparado à cometas históricos como o Halley de 1910 e o Donati de 1858, mas tal não ocorreu, infelizmente. Porém, assim como o Ikeya-Seki, que o antecedeu, o Bennett foi um dos mais belos cometas que passaram pelas proximidades de nosso planeta nestes últimos 40 anos, o que se deu entre março e abril de 1970, ocasião em que pode ser visto a olho nu antes do amanhecer. Seria o primeiro e único cometa que eu vi em meus dez anos de Usina (e era para ter visto três). Viria ele a ser o segundo alumbramento celeste que pontuara minha vida, e uma das imagens que conservo mais nitidamente em minha memória.

Foi descoberto visualmente com magnitude 8.5, por John Caister Bennett, um astrônomo amador de Pretória, África do Sul, em 28 de dezembro de 1969, 15 minutos após haver iniciado sua rotineira busca por cometas, encontrando-o nas imediações da Nuvem de Magalhães. Na foto abaixo, o cometa fotografado por Akira Fuii. Designado como 1970 II, o Bennett foi um dos mais belos cometas que passaram pelas proximidades de nosso planeta nestes últimos 40 anos, o que se deu em março e abril de 1970, ocasião em que pode ser visto a olho nu antes do amanhecer. 



Seu núcleo, onde foi constatado a existência de um envoltório de hidrogênio, era amarelo amarelo-brilhante, parecendo uma estrela. Sobre o núcleo citou-se que  “Além de jatos e envoltórios parabólicos, ele ostentava uma formação peculiar, à feição de ‘rodinha de São João’, de filamentos laranja, na zona próxima do núcleo. A ‘rodinha laranja’, como foi designada na ocasião, foi observada tanto visual como fotograficamente e demonstra, em parte, a extensão da atividade nas regiões centrais de um cometa verdadeiramente ativo”. Por isto, seu núcleo parecia estar girando rapidamente. Já sua cauda, que era dupla, reluzia com brilho amarelo-pálido (foto: Staten Island, New York, 1970 March, Perti 135mm f3.5,15 seconds on Tri-X. Pho), e cerca de duas semanas antes de sua máxima aproximação do Sol, ele foi visto no céu sul-oriental com uma cauda de poeira, curva e brilhante, e outra de gás, tênue e reta, que parecia brotar como um raio reto de um lado da cauda curva de poeira. Ambas eram separadas entre si por uma distância de cerca de um grau da cabeça. Em 21 de março se podia ver uma larga cauda de poeira, de 13 a 14 graus de extensão, curva e brilhante, na cor amarelo-clara, junto de uma cauda de gás, que tinha uma borda convexa muito nítida voltada para o norte, outra borda côncava indefinida que, para o sul, se dissolvia numa luminosidade amarelada, dando a impressão de um repuxo curvo jorrando em direção oposta ao movimento do cometa e se pulverizando numa fina névoa de vapor luminoso amarelado. Em 11 de abril a cauda chegou a atingir 25 graus. 

Para se ter uma noção de seu comprimento aparente no céu, com o braço estirado, a mão aberta e dedos esticados, 20 graus é a distância entre as pontas do polegar e do dedo mindinho, portanto, um cometa de proporções bem significativas. (foto: Dennis di Cicco)

Entre fevereiro e março houve a passagem pelo periélio, sendo que ele foi visível em seu esplendor entre 15 de março e 10 de abril de 1970. À medida que ele ia se aproximando do Sol, seu aspecto foi mudando até que a cauda de poeira eclipsou em parte a cauda de gás. Coincidentemente, em março deste ano o Sol se encontrava em sua máxima atividade, quando as manchas solares se intensificam após um ciclo de 11 anos, mas não sei dizer se isto influenciou no tamanho de sua cauda. Depois dessa aproximação, a cauda de gás foi novamente vista, enquanto a de poeira continuava a girar para o norte, sendo facilmente observada em começos de abril. Cita-se que nos primeiros 5 graus da cauda houve ejeção de gazes, o que pode ser visto na foto abaixo. 


Era rico em poeira. E cometas assim são os que melhor tem a oferecer aos astrônomos visuais, porque brilham com luz refletida, fornecendo imagens vivas em todos os campos do espectro, inclusive aqueles captados pela vista humana, em contraste com as caudas de gás, cujo constituinte principal, o monóxido de carbono ionizado, irradia no violeta, uma faixa espectral a que os nossos olhos não são muito sensíveis. As caudas de poeira se mostram mais comumente como apêndices longos e encurvados, mais ou menos como a fumaça saída de uma locomotiva a vapor. (foto acima: National University of Ireland, Maynooth)

Curioso foi um fato ocorrido durante a missão Apollo 13: no dia 14 de abril de 1970, às 21h03, Houston orientava os astronautas para que manobrassem a nave para fazer algumas fotos do cometa Bennett. Após o “OK”!, seguem-se dois minutos de silêncio, quando o astronauta Lovell diz “Temos um problema”, afirmando que havia uma falha elétrica num dos sistemas. Havia ocorrido uma explosão, que os astronautas não perceberam, mas após custosos reparos conseguiram voltar para a Terra sem problemas. Outra curiosidade se deu durante a guerra no Oriente Médio: o cometa chegou a ser alvejado por soldados árabes que imaginaram se tratar ele de uma arma secreta de Israel!... Já no Vietnã, os camponeses ficaram apavorados ao vê-lo, chamando-o de “Vassoura Celeste”.


Não sei como minha mãe ficou sabendo da aparição deste cometa, pois, naquela época, a divulgação de eventos do gênero, seja nos jornais (que não assinávamos) e na TV era rara no Brasil. Mas posso garantir que não foi por informações minhas que ficamos sabendo do fato, embora eu já soubesse ler. Por este mesmo problema, deixei de ver o belíssimo cometa West, que surgiu na virada de 1975/76 (foto: New Jersey). Neste caso, o problema se deu com os meios de comunicação, que estavam embaraçados com o anticlímax gerado pela "frustrada" visita do cometa Kohoutek em 1974, e temendo um novo fiasco, pouca cobertura deram ao surgimento do West. O resultado foi que esse cometa espetacular passou desapercebido do grande público. Para reforçar o que digo, leia o que o senhor Adelino P. Silva, de Fortaleza/CE, escreveu sobre o Bennett:

“Imaginei que a passagem do Cometa seria o assunto do dia seguinte na cidade. Se não nos jornais (não dava tempo), pelo menos nas estações de rádio e TV. Nada, rigorosamente nada. Nenhum dos meios de comunicação comentou o fato, aliás, como também nada tinham mencionado anteriormente. Pensei em doar a foto para um jornal, mas acabei desistindo. Achei que seria apenas mais uma. Que nada. Jamais se tocou no assunto. Até hoje tenho a nítida impressão de que somente eu observei e fotografei o Cometa Bennett no céu já quase totalmente azul daquele lindo amanhecer de 1970 em nossa querida cidade de Belém, Pará.”

Na foto acima, feita entre 21 e 25 de março de 1970, o Bennett fotografado por Adelino, com magnitude 1.8 e cauda com 12 graus de extensão.

O cometa, em foto de 20 de março, por Cláudio Pamplona, Fortaleza, Ceará.

Lembro-me que, numa certa madrugada de março ou abril, minha mãe me acordou e fomos eu e ela tentar encontrar o Bennet no céu da Usina. Uma manhã como essa tinha um encanto particular, pois só quem passa a noite semi-acordado, na expectativa de ver algo incomum é que sabe o sabor que tem despertar e ir ansioso para o quintal e olhar para o céu. Acredito que o vimos no auge de sua aparição no hemisfério sul, no final de março por volta das 4:30h. Do próprio quintal de casa pudemos vê-lo facilmente, pois ali a vista era descortinada, já que haviam cortado o velho pé de flamboyant que se erguia no gramado frontal. A noite estava límpida e fresca – como eram a maioria das noites outonais nesta época –, e olhando acima do horizonte ao lado de um cipreste que havia em frente à nossa casa, lá estava o novo cometa, bem visível e brilhante em meio à luz da anteaurora que já se insinuava e começava a azular o céu matutino (na foto acima, o cometa em Waasmunster, Bélgica).

Gornergrat. Close to the Lyskamm. "Jena Primoplan",, 75mm lens, f-1.9

Custava-me a crer que, após cinco anos, eu estava novamente diante de um cometa, de modo que nos que meus olhos quase não acreditavam no que viam. Sempre quando vejo o quadro “Noite Estrelada” do Van Gogh, o segundo quadro, o que tem os ciprestes e os entrelaçamentos de espirais, os torvelinhos de estrelas, e revivo esta noite especial da aparição do Bennett, em que meus olhos de menino curioso e sonhador se deslumbraram. Interessante saber hoje que o cipreste é a árvore que simboliza a união entre o Céu e a Terra. 

By Andiroby

Bennett era um cometa mediano, mas bem visível no céu, e dificilmente não chamaria a atenção mesmo para os que “são inábeis para as afeições do céu”, como diria o poeta. Por causa disto mesmo, a sensação de se ver um cometa a maioria das pessoas desconhece, mas é algo indizível – só mesmo se vendo para saber o que é este sentimento ao ver um astro milenar que veio dos confins do universo nos visitar, coisa que, felizmente, pude desfrutar novamente vendo o belíssimo cometa McNaught em janeiro de 2007. Ele não proporcionou o mesmo show deslumbrante do grande Ikeya-Seki, que eu havia visto cinco anos antes em Araras, mas foi ótimo ver novamente um cometa, coisa tão rara atualmente. Dos 10 cometas que vi até hoje, o Bennett foi o terceiro melhor, o McNaught o segundo e o Ikeya-Seki o primeiro. Ainda estou na espera de um gigante cometa rasante solar – aqueles que são vistos até de dia. Mais dia, menos dia, um desses aparece.


Na foto acima, o Bennet visto numa praia de Samoa, fotografado por John M. Flanigan.

No livro que abandonei temporariamente, O Romeiro da Maldição – As reinações do poeta Fagundes Varella – meu personagem que volta no tempo, ao século 19, passando por 1910, se detém para ver o cometa Halley e reclama do século 21, em que vive, época pobre de cometas e outros eventos astronômicos:

“Como não se bastasse, os cometas e chuvas de estrelas que foram eventos tão freqüentes e deslumbrantes no século XIX e anteriores proporcionando inesquecíveis espetáculos, no século seguinte, com a possessão da luz, deixaram a desejar, aparecendo raramente e, ainda assim, timidamente, e o XXI, pelo que se nota, lamentavelmente ainda não soube repetir à altura um destes raros eventos astronômicos que encantaram e assombraram estes nossos afortunados habitantes aqui do passado...”

Gornergrat . With track of an Echo satellite. "Jena Primoplan" 75mm len

Roy Stemman – um dos papas da Ufologia Bíblica – sentenciou:

“Quanto mais olhamos para trás no tempo, mais impressionantes são as histórias que se descobrem.”
 
E já que falamos em Ufologia, veja esta outro colocação do ufólogo George Adamsky, em seu livro “Os Discos Voadores”, em pareceria com Desmond Leslie, lançado no Brasil em 1953:

“Procissões enchem os caminhos do espaço à volta do nosso globo, fazendo parecer vazias, pela comparação, as nossas estradas principais em dias de feriado. O século XIX bateu o recorde no que diz respeito ao turismo estelar. Milhões de seres extraterrenos, aparentemente, espreitaram, bisbilhotaram, investigaram, estudaram e registraram tudo o que viram no nosso planeta nas suas fantásticas excursões.”

Assim sendo, resta-nos apenas lamentar estes tempos insípidos e insossos em que estamos vivendo...

Para fechar a matéria, uma belíssima foto do Bennett, nas montanhas suíças, em 26 de março 1970.

O Bennett na revista Veja, em 1º de março de 1970




* * *
* Este texto é um capítulo do livro, em fase de redação, "APÓLOGO 11 – OS DEVANEIOS DE UM MOLEQUE NA ERA DA CONTRACULTURA Volume 2 — Sweet memories ― janeiro de 1969 a dezembro de 1970".

Veja aqui um outro documentário meu sobre cometas:
O GRANDE COMETA MCNAUGHT EM JANEIRO DE 2007: UMA BELA SURPRESA QUE POUQUÍSSIMOS FELIZARDOS VIRAM!...



Fontes:
Seis fontes. Consultar o autor.
.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

USINA PALMEIRAS, ARARAS, SÃO PAULO, GANHA COMUNIDADE NO ORKUT!

A EXTINTA USINA PALMEIRAS GANHA COMUNIDADE NO ORKUT!

Usina Palmeiras, num final de tarde de inverno no distante 28-8-1985 .
A foto é do falecido fotógrafo ararense Pérsio Galembeck Campos.


A Usina Palmeiras foi umas das três usinas de cana de açúcar que existiam em Araras. Digo isto, porque ela não mais existe. e funcionou entre 1946 e 1992, deixando muitos "orfãos".

Visando congregar amigos que moraram ali, bem como trabalhadores e frequentadores do lugar, este que vos escreve criou uma comunidade no Orkut - "EU MOREI NA USINA PALMEIRAS" -, onde os visitantes poderão se inscrever e compartilhar assuntos de seu interesse.

Hoje, em ruínas e relegada à condição de "fogo morto", ninguém mais entra ali, e talvez nem dêem autorização para tal!...

Fotograma de filme desaparecido, por ocasião de
sua fundação no distante 28 de dezembro de 1946.

Aqui vai o endereço da comunidade "EU MOREI NA USINA PALMEIRAS":

http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=66389369


O s 1º, 2º, 3º e 4º anos do grupo escolar Usina Palmeiras em setembro de 1971. Foto rara cedida gentilmente pela professora Maria Conceição Lucrédio Melari.


Páteo da Usina e depósito, em época de safra, com os caminhões
na fila, vista à partir da garagem da casa do autor, em 1976.

* AVISO: naturalmente, o visitante só poderá acessar a página da comunidade se for usuário do Orkut.

Aqui, a descrição postada no perfil da comunidade:

Esta comunidade é dedicada àquele paraíso que foi a Usina Palmeiras, hoje um lugar desolado e em ruínas, para tristeza de todos os que viveram ali. Nesses tempos promissores de álcool biocombustível e bioeletricidade, o desaparecimento desta empresa é uma verdadeira perda econômica p/ a cidade!

Mas ñ fique triste, amigo, q/ aqui você vai poder fazer uma viagem virtual pela Usina, até uma "volta no tempo", revendo c/ minúcias todos os recantos possíveis.

Obviamente, esta é uma página p/ pessoas nostálgicas e saudosas, e aqui, poderemos contar histórias, rever e localizar velhos amigos, colocar assuntos em dia, matar a saudade, trocar fotos, etc.

As fotos disponibilizadas por mim estão no link abaixo, e todo mês colocarei novas fotos do meu arquivo, mas conto c/ novas fotos de todos os que participarem - é só me enviar ou dar um toque p/ q/ eu possa fotografá-las ou escaneá-las:

http://www.orkut.com.br/Album.aspx?uid=4997909905297965583&aid=1217864294

V-Newton, aos 13 anos, com sua indefectível luneta em ação nos arrabaldes sagrados da Usina Palmeiras!


A Usina, em 1973, em foto do amigo Osvaldo Tesche.

Foto cedida gentilmente pelo amigo Valter Tumoli

Nova página para a Usina Palmeiras: "Memórias sobre a Usina Palmeiras"

Divulgue a comunidade, please!