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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

EFEITO PIRELLI


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As agências de publicidade e propaganda gostam muito de criar slongans brincando com trocadilhos.

Houve um, da segunda metade da década de 80, que foi criado para a empresa Pirelli, fabricante de pneus, slogan que deu muito ibope na época, o famoso: "É mais que um pneu, é um pneu de aço, é um pneuaço!", feito para o pneu radial criado por André Michielin, porém, em 1948.

Em Araras (SP), teve gente que não deixou barato e recriou o slogan, porém, puxando para a malandragem!... A pérola, devidamente recolhida por mim, assim como muitas outras pichações que marcaram época na cidade, é esta: "É mais maconha, é maconha de maço, é maconhaço!". Ararense é foda!...

Então, como eu gosto muito de brincar com a Gramática, as palavras, os trocadilhos, notei que eu também podia criar umas frases no estilo, e criei a série "Efeito Goodyear", mas como os amigos podem notar, eu me equivoquei quanto à empresa, pois era a Pirelli...

Enfim, aqui vai a lista das expressões "Efeito Pirelli" que criei nas últimas décadas:
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É mais que uma jura, é a jura de um jumento, é um juramento.
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É mais que uma Áustria, é uma Áustria mais a Itália, é uma Austrália.
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É mais que uma dama, é uma dama com asco, é um damasco.
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É mais que uma terra, é uma cota de terra, é uma terracota.
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É mais que um ócio, é o ócio de um equino, é um equinócio.
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É mais que uma gare, é uma aragem na gare, é uma garagem.
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É mais que uma ema, é o dia da ema, é um diadema.
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É mais que um isqueiro, é um isqueiro na chuva, é um chuvisqueiro.
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É mais que um sapo, é o papo de um sapo, é um sopapo
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É mais que um asco, é um asco de churros, é um churrasco.


E a última, que é minha homenagem particular ao povo da Bahia:

É mais que um nego, é um nego com ócio, é um negócio.
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quinta-feira, 25 de junho de 2015

FRASES REUNIDAS DA SEMANA (by Wenilton, 25-6-2015)

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GERAÇÃO COCA COLA!!!...
Muito se fala em "crime contra a saúde pública", sobre os chamados alimentos adulterados; mas lembremos que, mesmo liberados pela "vigilância" sanitária da Anvisa, grande parte dos produtos que comemos ou bebemos, são verdadeiros atentados contra nossa saúde.
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ATINAÇÕES I
O chamado "pastel de vento", não passa de um pastel de carne, digo: pastel de escárnio...
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PRECIOSOS CONSELHOS
Ei, cuidado aí, você que passou do prazo e está frequentando ambientes de uma nova geração de jovens. Aquela ninfeta que você está cobiçando, ou aquele adolescente que você quer quebrar a cara, pode ser filho de um grande amigo teu, e você não sabe!...
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ATINAÇÕES II
A pior opinião que alguém pode ter de outrem é aquela em que ele julga por presunção — baseado em falsas interpretações —, isto, sem enxergar por um só instante a realidade. É justamente aí que entra a tal "cultura de almanaque de farmácia"!...
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DO ALÉM

 "O que mais me irrita nos medíocres, é que eles precisam humilhar os talentosos para sentirem-se alguém na vida." (Gandhi, pseudo-psicografado)
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FRASES QUE NÃO SE DIZ
Não importa que o colchão seja mole, desde que a coisa esteja dura.
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ATINAÇÕES III
O grande desafio do brasileiro em todos os tempos é: ser portar como um ser civilizado, isto, não estando nos EUA, na Europa ou no Japão.
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TERRA BRASILIS
As leis são criadas em função dos erros que surgem. Antes delas, muito pouco se prevê e quase nada se intui.
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O MAGRO E O GORDO
Você poderá se deparar com a conversa de um não-humorista assim:
- Wenilton! Meu caro! É você mesmo?!
- Em carne-e-osso, mais osso do que carne...

Mas dificilmente se deparará com esta conversa de um verdadeiro humorista:
- Jô Soares! Você por aqui!
- Em banha-e-osso, mais banha do que osso...

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NUNCA NESTE PAÍS...

Nunca o lema ditatorial: "Brasil, ame-o ou deixe-o", foi tão oportuno. Na atual conjuntura, a grande pedida é pegar um barquinho e, ao modo cubano, ir embora para a terra do Tio Sam.
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quinta-feira, 19 de junho de 2014

FRASES E PENSAMENTOS EM TEMPOS DE COPA, SEM CURTIR A COPA...

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DO ALÉM
"O que me preocupa não é os homens serem bons sem Deus, mas sim, serem maus mesmo tendo Deus." (José Saramago pseudo-psicografado)
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ATINAÇÕES
Nunca comi comida de bordo, mesmo porque nunca voei num jato, mas, amigo, o que eu já me alimentei com minha mãe fazendo aviãozinho numa colher é brincadeira!...
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DO ALÉM
Há quem frequente há décadas sessões espírita em centros, mas jamais pisou numa seção espírita de uma biblioteca. (Alan Kardec pseudo-psicografado)
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LUCIDEZ E IDONEIDADE
Deus, não me conceda um alto cargo ou um emprego rentável no futuro, onde eu, já como patrão ou político, tenha de combater e negar as mesmas lutas e reivindicações que fiz no passado quando era funcionário ou eleitor.
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DICIONÁRIO AO PÉ-DA-LETRA
- Comunicativo = orador detento.
- Anomalia = ano bissexto.
- 69 = democracia aplicada ao sexo.
- Onanismo = autossuficiência sexual.
- Vexame = reprovação em exame.
- Morosidade = terceira idade.
- Eterno = paletó com o qual se é enterrado.
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EXTRA, EXTRA!
O Estadão e a Folha de São Paulo são jornais tão rivais que nem mesmo o horóscopo de ambos estão de acordo...
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RELATIVIDADE I
Para Jesus bastava 11 apóstolos. Para o Papa, 11 mil soldados.
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RELATIVIDADE II
Se o Papa beijar o chão, repare se o terreno não é do Vaticano.
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RELATIVIDADE III
Todos os caminhos levam à Roma, mas o Papa vai de avião.
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FRASES QUE NÃO SE DIZ
Por mais alto que o dinheiro fale, se ele vier para esquentar mãos, tem gente que jamais irá tapar os ouvidos nessas horas.
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SOLUÇÃO ANTI-RAULSEIXISTA
Terceiro Mundo - melhor terceirizá-lo.
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SUTIS DIFERENÇAS
A diferença entre os preservativos masculino e feminino, é que o primeiro é de envolver e o segundo é de forrar, mas, não adianta, ambos agasalham o croquete da mesmo jeito.
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sexta-feira, 23 de maio de 2014

RAPA DO TACHO VII: NOVAS E ANTIGAS FRASES E PENSAMENTOS RESGATADOS DO ESQUECIMENTO

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ATINAÇÕES
Após beber você pode ter dois tipos de ressaca: a alcoólica e a moral, com a diferença de que a última é mais difícil de curar.
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VÊ SE PODE!...
Se eu não gostasse de gato, não tinha espelho em casa.
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DIÁLOGOS IMPROVÁVEIS
- Nossa, como você está bonita!
- São seus olhos!
- Mas e você está cheirosa também, hein!
- É o seu nariz!...
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ENVELHECER COM DIGNIDADE...
O passado, para alguns felizardos, é como a banana: envelhece, murcha e ainda cheira bem.
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PENSAMENTOS EM TEMPOS DE SELEÇÃO
Minha casa não tem TV na copa. Em nem Copa na TV da sala.
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ATENÇÃO, AMBEV!
Infelizmente, ainda não se inventou uma bebida que o sujeito beba para esquecer e esqueça definitivamente.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Um novo rico bêbado: um elitizado etilizado!
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VOCÊ CONHECE?
A Vivian Rolando Novello, vulgo Bordadeira.
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NEOLOGISMO DO DIA: EXCLUSIVE
Incluso 
inclusive.
Excluso 
exclusive.
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CAPICHE?
- Sabe  porque não existe machão evangélico?
- Não.
- É porque todo machão se considera adâmico.
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SARARA, UMA CIDADE ÀS AVESSAS
Sararense é o tipo de sujeito que compra um carro maior que a sua garagem e depois manda construir a grade do portão avançando para a rua.
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DICIONÁRIO "AO PÉ-DA-LETRA"
Atropelado = um acidentado nu.
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PONTO DE VISTA
Sim, Millör, o cachorro norte-americano não late em inglês, nem o gato argentino mia em espanhol, mas o papagaio brasileiro pode ser poliglota, se lhe ensinarmos.
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DICIONÁRIO "AO PÉ-DA-LETRA"
Excêntrico = um louco que perdeu tudo, menos a razão.
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TRAVALINGUA
Um ninho de gafes com sete gafezinhas. Quem as desgafezar, um bom desgafezador será.
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PODE? 

Nunca se cogitou qual cor possui a alma, mas certos brancos vivem teimando que alguns negros tem alma branca!...
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SUTIS DIFERENÇAS
Rico, quando se alimenta pratica, a arte da gastronomia. O pobre, a da glutonaria...
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ATINAÇÕES
Binóculo é uma luneta com dupla personalidade.
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SUTIS DIFERENÇAS
Rico tem sangue azul. Pobre tem varizes.
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quinta-feira, 10 de abril de 2014

ANTIGAS FRASES E PENSAMENTOS MEUS RESGATADOS DO ESQUECIMENTO

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PROFISSÃO DE FÉ
O vício desconhece as palavras medo, morte e doença, mas sofre um verdadeiro abalo diante da determinação, da boa vontade e da esperança.
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DO ALÉM
“Uma sociedade só será saudável quando ninguém for tão conquistador que possa seduzir todo mundo, e ninguém for tão ingênuo que se deixe seduzir por qualquer um.” (Jean-Jacques Rousseau pseudo-psicografado)
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NEOLOGISMO I
Sonambulimia = quando uma pessoa desperta inconscientemente no meio da noite para vomitar propositalmente o que comeu.
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ATINAÇÕES I
Um porre ocasional é uma loucura admissível, mas um cigarro amiúde é uma estupidez intolerável.
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NEW AGE
Eu não gosto de dançar, mas danço conforme a música, principalmente se for música para dormir.
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EPITÁFIO DE HUMORISTA
"Morri de rir"
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ATINAÇÕES II
O "ficar com uma mina", para o adolescente brasileiro, significa: insubmissão mútua, liberdade análoga e descompromisso recíproco.
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CENAS QUE GOSTARÍAMOS DE VER
Arca de Noé é o lugar onde o urso abraça o tamanduá e a sucuri se enrola com a jiboia.
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ATINAÇÕES III
Dizem que não há nada de novo sob o Sol, mas há tantos segredos e coisas lindas sob o luar que a insensibilidade humana jamais irá descobrir.
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SUTIS DIFERENÇAS
A manhã é feminina: a aurora, a matina, a alvorada. O entardecer é masculino: o crepúsculo, o pôr do sol, o ocaso.
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ATINAÇÕES IV
Três coisas redimem a mania mimético-laudatória do brasileiro de tomar os EUA como parâmetro ideológico para tudo: o futebol, a natureza e a mulher.
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DESDITADO
Quem nasce para prego nunca chega à cabide.
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NEOLOGISMO II
Ótimo 
  otimismo →   otimizar
Péssimo
  →   pessimismo = pessimizar
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

PENSAMENTOS DE UMA TARDE DE QUARTA-FEIRA CALORENTA (by V-Newton)

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É melhor ser inteligente que  ser esperto, mas é melhor ser esperto que ser burro.
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Desgraça de bêbado é muro chapiscado.
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Soltar um pum dentro do elevador é como mergulhar: você tem que prender a respiração.
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Repare: a desordem alfabética do teclado.
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O estivador, ao contrário do brocha, anda com o saco em cima da cabeça.
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O orgão mais musculoso nas mulheres é a língua. Exercitá-la é a sua principal ginástica.
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Desgraça de minhoca é formiga assanhada.
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Se as flores carnívoras fossem vegetarianas, seriam canibais.
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Mulher falsa é aquela que nos largou para ficar com outro homem. Mulher verdadeira é aquela que largou outro homem para ficar conosco.
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CANÇÃO DIONÍSICA

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Esta poesia não é nova - tem mais de 20 anos, feita no final da década de 1980, quando eu ainda trabalhava em São José dos Campos. A inspiração para compô-la, veio do meu mestre maior na poesia, o poeta romântico fluminense Fagundes Varella (1841-1875), à qual ela é dedicada - a poesia em questão é "Amor e vinho", poesia esta que era declamada nas libações noturnas que o poeta fazia junto dos amigos boêmios.

O gênero da poesia - uma ode ao vinho repleta de citações - não é moderno: foi composta a moldes antigos, com estrofe do tipo oitava, versos em redondilha maior, rimas encadeadas tendo um estribilho que se repete em todos os finais das estrofes. Do mesmo modo que a poesia do Varella, ela é uma sátira, melhor, uma poesia humorística. Espero que gostem.


CANÇÃO DIONÍSICA
à Fagundes Varella

In vino veritas

Dissera o velho Pasteur
algo que ao vinho convida:
"O vinho é a mais higiênica
e saudável das bebidas"
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
"O vinho é mais higiênica
e saudável das bebidas"!

Assim como Baudelaire
louvava a alma do vinho,
eu louvo “As Flores do Mal”
ao pé de um copo de vinho.
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
Eu louvo “As Flores do Mal”
ao pé de um copo de vinho!

Foi Paul Claudel quem escreveu,
se não me falha a memória:
"Uma garrafa de vinho
guarda mil anos de história".
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
"Uma garrafa de vinho
guarda mil anos de história"!

Mas alguém pichou no Chile
bem melhor que estes franceses:
"Bem aventurados os bêbados,
verão à Deus duas vezes".
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
"Bem aventurados os bêbados,
verão à Deus duas vezes"!

Goethe falou de uma jovem,
de um copo de vinho do porto:
"O que não bebe e não beija
está pior do que morto"!
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
"O que não bebe e não beija
esta pior do que morto"!

O que falou Aristófanes
eu repito e lhes digo:
"Quando os homens bebem vinho
são ricos, felizes, amigos"
Brindemos: Tin tin, tin tin
Então nosso lema é assim:
"Quando os homens bebem vinho
são ricos, felizes, amigos"!

Saiba, são nossas amadas
Que nos levam a beber!
Que sorte, que alguns vão sozinhos
pelos bares a sofrer.
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
Saiba, são nossas amadas
que nos levam a beber!

Ao findar o nosso trabalho
vamos ao bar do beco,
sair das roupas suadas
e entrar num bom vinho seco!
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
Sair das roupas suadas
e entrar num bom vinho seco!

E após o suado trampo,
a fome é quem nos governa,
e o que nos abre o apetite?
A chave de uma taberna...
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
O que nos abre o apetite?
A chave de uma taberna...

Compadre que hora voltamos
prá casa após a jornada?
Um pouco depois das dez ,
depois das dez talagadas...
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
Um pouco depois das dez,
depois das dez talagadas!...

Tal como Dorothy Parker
ou George Jean Nathan,
eu bebo para tornar
os outros interessantes.
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
Eu bebo para tornar
os outros interessantes!

E quando estamos travados
é bom ninguém nos fitar,
pensamos que é nosso amigo
e o vamos importunar.
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
Quando estamos travados
É bom ninguém nos fitar.

Foi Robert Benchley quem deu
um toque à quem bebe à bessa
"A bebida mata aos poucos,
mas quem é que está com pressa?".
Brindemos: Tin tin, tin tin!­
Então nosso lema é assim:
"A bebida mata aos poucos,
mas quem é que esta com pressa?"!

O médico diz - "Abandona
o que lhes seja mais reles"
- As mulheres ou o vinho?
- "Depende da idade deles"...
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
- As mulheres ou o vinho?
Depende da idade deles!...

O abuso não impede o uso.
Pois que venha a repressão,
sabemos que a lei seca ,
incita a contravenção.
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
Sabemos que a lei seca,
incita a contravenção!

Lembrei-me de Garibaldi ,
neste momento oportuno:
"O deus Baco já afogou
mais humanos que Netuno"
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
"O deus Baco já afogou
mais humanos que Netuno"!

Chamou Fernando Pessoa
o garçom e disse à esmo:
"Qualquer vinho, tanto faz
é prá vomitar mesmo"
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
"Qualquer vinho, tanto faz,
é prá vomitar mesmo"!

Apos um porre daqueles,
Quem não sonha a panacéia
proposta por Paracelso
prá curar sua cefaléia?
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
Após um porre daqueles
quem não sonha a panacéia?!

Vinícius via no uísque
um cachorro engarrafado;
eu vejo no vinho um gênio
numa garrafa encerrado.
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
Eu vejo no vinho um gênio
numa garrafa encerrado!

O uísque prá quem não sabe,
perto do vinho é novinho;
enquanto alguém ia co’o milho,
lá vinha a uva co’o vinho.
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
Enquanto alguém ia co’o milho,
lá vinha a uva co’o vinho.!

Foi Noé quem descobriu
por acaso o nobre vinho;
o vinho é santa bebida,
tava lá no pergaminho.
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
O vinho é santa bebida,
tava lá no pergaminho!

"Nenhum animal inventou
coisa pior do que o porre,
nem algo melhor que beber,"
assim Chesterton discorre.
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
"Nenhum animal inventou
coisa pior do que o porre"!

Baseio-me no Eclesiastes,
beber não é transgressão:
"O bom vinho e a boa música
alegram o coração"
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema e assim:
Baseio-o me no Eclesiastes,
beber não é transgressão!

Disse o profeta Isaias
este conselho supremo:
"Vamos comer e beber
pois amanhã morreremos"
Brindemos: Tin tin, tin tin!
Então nosso lema é assim:
"Vamos comer e beber
pois amanhã morreremos"

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

AS REINAÇÕES FUTEBOLÍSTICAS DO PAULINHO SUJEIRA

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Apesar de, atualmente, “saber de carteirinha” quem era este rapaz, não vou dar aqui dando o seu nome verdadeiro – não se faz necessário – mas vou recordar uma das reinações que ele aprontou, reinação esta que justificava o curioso apelido, muito apropriado por sinal: Paulinho Sujeira (foto). E tanto justificava que somente esta historiazinha que agora narrarei bastará para evidenciar o tipo de pessoa que ele encarnava, bem como uma das intenções incomuns que iam-lhe pela cabeça. Recordando o episódio novamente, sou capaz ainda hoje de imaginar a cara maquiavélica do Paulinho Sujeira, esfregando seus dedos enclavinhados, os ombros erguidos, e gargalhando como um perdido, todo orgulhoso de suas “façanhas”...


Foi no ano da graça de 1972. Desgraças também, como se verá... Local: estádio Joel Fachini, mais precisamente nas escadarias de sua belíssima arquibancada – aquela maravilha de rara arquitetura, que algum insensato mandou demolir ao invés de restaurar – a “picareta do progresso” do ararense não falha nunca!...


Nestes bons tempos, formávamos um grupo de crianças, todos com cerca de uma década de existência, e todos, sem distinção, completamente loucos por futebol. Éramos meninos puros e ingênuos, crianças que, até então, acreditavam piamente no chamado “leite da bondade humana”, e essa foi a nossa desgraça neste malfadado dia.


Todos os sábados de manhã, nos reuníamos no “Comercial” para treinar no então time infantil, o “Dente de Leite”. Nesta ocasião a que me refiro, um sábado, o desmiolado do técnico cometeu a imperdoável imprudência de esquecer a chave do vestiário alternativo que fazia fundos com as quadras da escola Cesário Coimbra (antes não esquecesse...). E para piorar, o uso do vestiário subterrâneo nos era vetado.


Mas, caramba, onde então iríamos nos trocar?! O técnico, após tentar abrir bestamente a porta do vestiário usando um canivete fornecido pelo juiz, sugeriu, pior, ordenou que usássemos as escadarias da arquibancada e, todos, puros e ingênuos, assim o fizemos...


Uma vez uniformizados, todos, sem exceção, orgulhosos de nossas camisas e chuteiras, descemos a escadaria e entramos finalmente no palco da peleja. Eu, todo feliz, estava estreando uma ultra-anatômica e macia chuteira Stadium de cravo-de-rosca que ganhei de meu pai. E estava orgulhoso, pois ia jogar como ponta direita e usando a camisa 9, camisa que eu fazia questão de usar pois era o mesmo número usado pelo meu ídolo do futebol na época, o não menos danado “Cezar Maluco” do Palmeiras (foto) – o timaço do grande “Divino” Ademir da Guia, a saudosa equipe do periquito verde – “porco” uma ova!


Uma lacuna aqui: a verdadeira peleja, como se verá, foi acontecer realmente – e em sua mais fiel tradução – lá nos recessos silenciosos da arquibancada, onde não havia um torcedor ou olheiro sequer, ou, pelo menos, se acreditava que não... Por esta altura, seria oportuno perguntar pelo tal do Paulinho Sujeira, e onde é que ele entra na história, mas já vou adiantando que dentre os pequenos desportistas, nenhum viu sequer a sombra dele por lá (antes o tivessem visto...)


A partida correu à mil maravilhas, acabando em empate, fato que se não alegrou ninguém, também não magoou. A mágoa mesmo os meninos só travariam contato com ela no retorno ao improvisado vestiário...


E o juiz soou o derradeiro apito. O sol já ia alto e muito quente e o melhor mesmo era deixar as intenções de um joguinho de “rêba” para outro dia e retornar à arquibancada, pegar a roupa e partir para uma ducha refrescante no vestiário, mas... caramba, o técnico havia esquecido a chave!


Pobres garotos, mal sabiam eles que este detalhe viria a ser um mal menor...


O que eu sei dizer é que quando os 22 futuros aspirantes ao juvenil, mais o infeliz do técnico, o juiz e um olheiro subiram a escadaria, não acreditaram com o que se depararam lá nos recessos da então silenciosa arquibancada - cena estarrecedora, a que se viu ali: dizer que aquele monte de roupas reunidas na arquibancada mais parecia uma banca de feirão em fim de expediente, seria fazer uma comparação mais que imperfeita.


O caseiro – o homem que cuidava do estádio –, que por aquelas horas havia se aproximado após ouvir o rebuliço que se instalou entre a molecada, disse que viu por entre a balaustrada da arquibancada um sujeito em atitude suspeita. Disse ainda saber de quem se tratava e bem conhecia sua fama, mas não lhe passou pela cabeça que ele estivesse sozinho ali (antes lhe passasse...)


Quando ele pronunciou o nome do tal sujeito, houve uma comoção entre os adultos, que se entreolharam com cara de desconsolo: era nada mais, nada menos que o terrível Paulinho Sujeira!...

A arquibanca do Comercial Futebol Clube em 1948


Não houve dúvida de que era ele mesmo o responsável por aquilo. E, vale dizer, o homem estava inspirado este dia... O danado teve a manha de reunir todas as roupas e outros objetos diversos, e, peça à peça, fazer uma maçaroca gigantesca com tudo! Nem mesmo os calçados, cintos e bonés escaparam de suas “urdiduras”. Deu nós-cegos nas pernas de calças, tomou fivelas de sapatos e tramou-as com alças de chinelos. Passou cadarços de tênis e botas por ilhoses de bonés e furos de cintos, e depois amarrou uma dezena de vezes – fez o diabo! Fez mais: aproveitou os pequenos rasgos de algumas calças e camisas, ou o furo de alguns tênis, tomou o laço da gola de uma camiseta, mais correntinhas, colares e penduricalhos, e improvisou cerzimentos sem conta. Fez mais ainda: pegou algumas daquelas velhas mochilas de napa e, de suas alças de cordonê, completou a urdidura reamarrando tudo o que já estava amarrado! O que eu sei dizer, caro leitores, é que não se vê com tanta freqüência emaranhados assim nem mesmo naquelas tranqueiras de galhos e cipós que se reúnem nas árvores baixas de curva de rio após as grandes enchentes do rio Mogi...


E quem disse que menino de 10 anos não chora por besteira? O berreiro que se abriu ali pelas escadarias causava pena, e a coisa só não pareceu um verdadeiro velório, por que dentre as lamúrias e choramingas soluçantes da meninada, se distinguia claramente uma enxurrada de palavrões da pior espécie, todo invariavelmente proferidos em memória do danado do Paulinho Sujeira. Suas orelhas devem ter queimado a valer neste dia.


Desenredar as infinitas tramas que ele urdiu é que foi elas – um imbróglio que cristão algum neste planeta seria capaz de desvencilhar. O canivete que o juiz trazia consigo teve
enfim alguma serventia, e acabou entrando em cena (ao menos isto...) Quanto ao esquecido, digo, o felizardo do técnico, o espertão, para variar, viera ao treino de carro já trajando sua roupa esporte... E se você prestasse bem atenção na fisionomia do “fiadamãe”, iria sugerir aos meninos que lhe destinassem um pouco de palavrões que praguejavam, por que, por dentro, o disgramado parecia rir a valer. Que ele merecia isso, ah, isso ele merecia! Quando vi muitas das peças de roupa e calçados destruídos em sem remédio, tive mesmo vontade de dizer: Molecada, manda a conta lá para a casa do fiadamãe desse técnico!


A propósito, um escritor ararense, o mestre Emílio Wolff, escreveu que, por volta dos anos 40, era comum entre as crianças que nadavam nos poços que existiam nas margens do Ribeirão das Furnas, “um deles sair das águas e, às escondidas, dar nós-cegos em todas as peças de roupa – o tradicional biscoito.” Este texto veio explicar que, em questões de tradições, o danado do Paulinho estava em dia e levava a bandeira adiante... Na foto, uma tarde de domingo no estádio Joel Fachini na década de 1950.


Caros leitores, este que vos escreve, falando assim parece que não foi vítima do Paulinho, não é? Eu não fui mesmo, e vocês vão ver o por quê.


Pois bem: justamente neste dia mais em que o Paulinho tramou uma das suas, por insistência de minha sábia avó materna, saí da casa dela trajado com o próprio uniforme de jogo e não levei uma muda de roupa...


Enfim, o que restou destes episódios futebolísticos foram as lembranças daquela saudosa década: o Paulinho Sujeira reinando nas arquibancadas e o César Maluco no palco dos gramados. E eu, por minha vez, após voltar a morar na cidade, me desiludi ao tentar integrar o time da A. A. A., e pendurei as chuteiras de vez me jogando de cabeça no mundo da música, porém,
infelizmente, não rezei pela sábia cartilha dos Novos Baianos, músicos que pregavam a união da música e do futebol.


Ah, antes que eu me esqueça: A benção, vó Ana!

.Negrito

sábado, 22 de agosto de 2009

DOIS VELHOS CASOS HUMORÍSTICOS: GENERAL ELETRIC E GENERAL MOTORS "EM PESSOA"!...

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Memória boa que tenho, achei interessante disponibilizar aqui duas humoradas histórias muito parecidas no enredo, mas distantes entre si cerca de quatro décadas. Há poucos meses, vindo a conhecer a história mais recente, é que fui me recordar da primeira, devido à sua relativa semelhança.

A primeira, li-a no início dos anos 80 num livro do emérito caçador e pescador a que muito admiro – o grande Francisco Barros Júnior (1883-1969). Ela faz parte de um dos seus incríveis livros da série “Caçando e Pescando por Todo o Brasil” – o da 3ª série, de 1949 –, um dos relatos das inúmeras viagens que ele fez pelo País na primeira metade do século XX, num tempo em que ainda não se falava em ecologia e as leis de proteção à fauna ainda engatinhavam.

Conhecido e afamado no país, ele praticava intensamente tais atividades. Apesar de suas viagens nada terem de expedições científicas, foi nelas que ele reuniu informações para publicação de seus livros, bem como deixou relatos que seriam de grande utilidade para o levantamento e catalogação de dados sobre a fauna brasileira.

Antes de irmos para as histórias, gostaria de dizer que Barros Jr., além de também ser jornalista e escritor, possuía também qualidades de botânico, zoólogo, geógrafo, geologista, historiador, automobilista, poeta e pensador”, o que tornava os seus livros de uma riqueza impressionante e de leitura agradabilíssima à quem gosta de narrativas da vida ao ar livre e história natural. Por isso mesmo, recomendo sua obra, pois constituem elas verdadeiras e fascinantes viagens por esse Brasil interiorano e diversificado, num tempo em que ainda não grassava essa destruição que vemos hoje. No entanto, temos de reconhecer que Barros Jr. foi não só um caçador e pescador voraz, como também matou animais desnecessariamente, como cobras, gaviões e jacarés, mas ainda que isto pese negativamente em seu currículo, os tempos eram outros e a prática da caça era comum entre a maioria dos brasileiros. Tanto o é que estas viagens tinham como objetivo divulgar e comercializar munições para armas de fogo. Assim sendo, temos de “dar um desconto” ao homem e procurar levar em conta o preciosismo de seus registros e observações que podem ser considerados como verdadeiros documentos das diversas áreas que citei anteriormente.

Em sua história, Barros Jr. fala de uma passagem engraçada ocorrida com ele quando passava pela capital da Bahia, numa ocasião em que tratava com um tenente do porto local. Em dado momento, estando com hemorragia nasal e precisando se retirar, pediu ao tenente que enviasse depois seu passaporte ao navio. Porém, antes de sair, colocou seu cartão de visitas sobre a mesa dele e foi perguntando rapidamente se havia livre trânsito pelo território baiano ou se ele ainda estava em estado de sítio (essa era a situação política na época). O tenente, ante tão enérgica atitude, pensou que o Barros Jr. fosse um outro senador, pois já havia se desentendido com um anteriormente. Agora, caro leitor, deixo ao Barros Jr. a narração do resto da história:

“Foi tão insólito o meu proceder, comparado com a respeitosa atitude dos outros, que por certo se julgou às voltas com outro iracundo senador. Olhou disfarçadamente para o cartão e com presteza se pôs em pé na posição de sen­tido, declarando que a providência era para con­trolar a fuga de criminosos ou membros do bando de Lampeão, mas que para pessoas, ‘no­tóriamente conhecidas’ como eu, era dispensa­da. Num relance compreendi o seu equívoco e apoiando-me à mesa, empalmei o abençoado cartão, para que mais tarde, verificando o seu engano, não mandasse buscar-me sob escolta...

Eu era a esse tempo inspetor da General Motors do Brasil, e esses nomes vinham da América já gravados em alto relevo, sendo aqui impresso o do ins­petor. Os tipos eram góticos e no rápido re­lancear da vista, apenas pôde ler General e, pos­sivelmente, Brasil. A esse tempo, o nome do ge­neral Assis Brasil andava no cartaz e os meus cabelos grisalhos, olhos azuis e tez corada o induziram ao erro.

Fui, portanto, conduzido até à porta com todas as manifestações de respeito, recebendo à despedida, antes de me apertar a mão que magnânimamente lhe estendi, uma impecável con­tinência acompanhada pelo sonoro bater dos tacões no mais correto figurino prussiano...

O que lhes posso garantir é que é bem agra­dável ser tratado como general, mesmo como General Motors do Brasil...”

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A segunda história é mais recente, e foi extraída do livro “Nosso Folclore” (1984), de José Carlos Rossato, colhida pelo informante Marcelo Luís Marques.

“Um político, ex-dirigente da Votuporan­guense, famoso por suas gafes, certa vez rece­beu um amigo francês que residia na Capital do Estado. Depois do jantar, o francês começou a lembrar de sua Pátria, citando nomes célebres, totalmente desconhecidos do anfitrião. Perce­beu que o votuporanguense não estava enten­dendo nada. Mas para mudar de assunto, repen­tinamente seria pior. Resolveu fazer uma per­gunta ao seu interlocutor, achando que este responderia:

– Lembra-se quem foi o general mais fa­moso do meu País?

Suando frio, o anfitrião ainda recebeu uma dica de sua esposa, que apontou a geladeira onde pousava uma miniatura do busto de Napoleão Bonaparte, presente do visitante. O nosso conterrâneo sorriu aliviado e respondeu:

– Claro que sei. Foi o grandioso, magnífi­co e corajoso... General Eletric!

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Como se vê, ao contrário do presidente Lula que já chegou a confundir, por duas vezes, a General Motors com a Mercedes, a confusão aqui é outra: cargos militares confundidos com empresas!... A despeito dos longos anos que separam ambas as histórias, há sim uma certa semelhança entre elas. A história do Barros Jr. – apesar de ele ser caçador e pescador...–, deve mesmo ser verídica, mas a outra tem um enredo meio duvidoso, e deixa entrever que parece haver uma certa analogia entre as duas, ou melhor, a segunda é recriação da primeira. Digo isto baseado no fato de que historias antigas e célebres sempre vão e vem e são alteradas através dos tempos, tornando-se às vezes histórias populares, como os “causos”, lembrando-se que os livros do Barros eram uma coqueluche na época, e sua história deve ter corrido esse Brasil afora, permanecendo na memória dos mais antigos.

Resta-me dizer que é muita sorte que a história do Barros Jr. não tenha ocorrido recentemente, pois hoje, com a pujante General Motors e o fantasma da falência no seu encalço, acho que se correria menos risco exibindo um cartão da General Eletric...


FONTES

Duas fontes. Consultar autor.

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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

SEM PALAVRASl, by V-Newton

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* Em 15 de dezembro de 2008, no jornal Estadão, a empresa Enel - Green Power fez uma ilustração semelhante. Notar que a minha é de 2005.
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sábado, 7 de junho de 2008

AS MALUQUICES DO RAUL SEIXAS...



Na foto, Raul e Edit Wisner, no final da década de 60 - já era um Maluco Beleza!

Certa vez, dois amigos de Raul foram visitá-lo em sua casa em São Paulo. Na saída, Raul entregou um pacote a um deles e disse: ‘Toma pra você. São Paulo tá muito perigosa...’. Quando o amigo abriu o pacote, o que havia dentro?
R: Um salva-vidas.
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Um amigo próximo de Raul Seixas conta uma história curiosa. Certa vez, em Guabimirim, Rio de Janeiro, os dois ficaram bebendo a madrugada e depois foram dormir. O amigo acordou e achou estranho que Raul havia sumido. O que o Maluco Beleza estava fazendo?
R: Cantando e tocando músicas de Elvis para um monte de bêbados.
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Jerry Adriani, em sua lista de casamento, esqueceu de incluir o nome do convidado ilustre Raul Seixas. Quando o cara chegou na igreja, foi barrado pelo segurança. O que Raul fez para conseguir entrar na cerimônia?
R: Disse que era o padre que ia celebrar a união do casal.
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Os amigos de Raul dizem que, quando ele estava no Exterior, gostava de se portar como americano. Certa vez, em Nova York, Raul passou uma cantada em uma garota que passava na rua, em inglês. O que aconteceu em seguida?
R: A garota era Rita Lee, que disse que ia contar tudo para a mulher dele.
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Sylvio Passos tinha tido a idéia de fazer o primeiro fã-clube de Raul. Ele ligou para o cantor, que o convidou para jantar com ele. O fã, chegando lá, ficou cheio de dedos, sem saber como agir. Como Raul quebrou o gelo da situação?
R: Comeu macarrão da panela e com a mão.
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ALGUMAS CONFISSÕES DE RAUL SEIXAS

“Toda espécie de agrupamento na vida é uma tentativa de fortalecimento, necessidade de amparo. Medo de saber que é lindo ser diferente de todos os demais”

“Ah... eu sempre escrevia pelas paredes: ‘Quero ser normal’. Já tive esperança de um dia ser normal, onde tudo é como no dicionário; crer no dicionário, ser o que é dito para ser e crer nisso.”

“Que capacidade impiedosa essa minha de fingir o tempo todo ser normal.”


* A foto inserida é do Raul, no final da década de 1960, com sua primeira mulher, a Edtih Wisner. Considero a foto mais engraçada dele. Foto profética: o Maluco Beleza, tava tudo ali!... ói, ói o trem!...
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quarta-feira, 4 de junho de 2008

DO ALÉM - trechos de um livro meu em construção

Aqui vão algumas frases e pensamentos criadas por mim, extraídas de um livro que venho fazendo aos poucos. Neste livro, fui ou recriando frases ou inventando pensamentos seguindo a linha de raciocínio ou estilo de cada personagem inserido nele, como se eu fosse um médium espírita que os tivesse psicografado.

"O mais é onanismo sem esperança de filhos." (Carlos Drummond de Andrade, poeta)
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"Pesadelo que se sonha só, é um pesadelo que se sonha só, mas pesadelo que se sonha junto é despertar com a sogra em nossa cama." (Raul Seixas, cantor)
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"Uma artista com uma grande carreira pelas costas".
(Constance Bennet, atriz, sobre a Mulher Melancia)
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"E que seja infinito enquanto duro." (Vinícius de Moraes, poeta)
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"A Astronomia está para a Astrologia assim como a Química está para a Alquimia." (Pierre Janet, psicólogo e neurologista)
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"O Ernesto alguém enterrou
Num canto qualquer de La Paz
Nós fomos não encontremos o Tchê
Nóis fiquêmo cuma baita de uma réiva
A outra vez, nóis não vai mais."
(Adoniram Barbosa)
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"Quando eu andava armado, costumava dizer: 'Antes de o ladrão
me mandar para o sétimo céu, eu mando ele para o quinto dos infernos.'" (Dante Alighieri, escritor)
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"A ruína do sábio: ter conhecimento mas humilhar à quem não conhece; ter didática e não praticá-la; desconhecer algo, não admitir que desconhece e se recusar a conhecê-lo". (São Beda)
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"O matar muitos é heroísmo, o matar poucos é crime: o matar como
militar faz os condecorados, o matar como civil os condenados." (Padre Antonio Vieira)
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"O mundo divide-se entre os que raciocinam por si próprios e o que raciocinam com a coletividade." (Nelson Rodrigues, dramaturgo)
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"- Cavalheiro, esta é a primeira vez que vejo uma barata se salvar de um afogamento, nadando para uma bosta que flutua..." (Wiston Churchill, político e estadista)
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* A ilustração deste POST é de minha autoria e se chama "O Caixão do Ilusionista"

domingo, 1 de junho de 2008

11 CONSIDERAÇÕES SOBRE ADELIR, O "PADRE VOADOR", DIGO, O "PADRE AVOADO"... by V-Newton



1- O Padre Avoado não saber usar o seu GPS vá lá, mas ir para o alto-mar sem âncora é imperdoável.

2- Acreditava-se inicialmente que o Padre Avoado tivesse umas recaídas à la padre Bartolomeu de Gusmão (o do balão voador). Ledo engano: o infeliz tinha sim é recaídas à la Padre Vieira: foi pregar aos peixes.

3- O Padre Avoado queria em sua aventura chamar a atenção para o trabalho realizado em sua paróquia . Porém, os 500 e tantos mil reais que ele amealhou saíram de nossos bolsos, gastos nas infrutíferas buscas para localizar o infeliz!

4- Notícias que gostaríamos de ver: "Padre voador cai em alto-mar e explosão de balões causa terremoto no sul-sudeste do Brasil"

5- Outra: "Mergulhadores juram ter visto o padre voador passeando na companhia do Ulisses Guimarães!"

6- Padre Adelir queria, em seu vôo maluco, chamar a atenção para a causa nobre de sua "pastoral rodoviária". O tiro saiu pela culatra: acabou chamando a atenção de balonistas, bombeiros e a marinha.

7- Nem o padre Alexandre Gusmão e seu balão foi tão indisplicente quanto o Padre Avoado; ele sabia que, em pleno seculo 18, por pior que fizesse, estava colaborando com o avanço da astronáutica. Já o Padre Avoado não só errou na geografia como também errou de século. É... enfeites de festa de aniversário tem hora certa para usar...

8- Deu na Espanha: tubarão de 9 metros encontrando na costa morreu após ingerir um dos balões do Padre Avoado.

9- Padre Marcelo protesta: "Ir à Roma e não ver o Papa, vá lá, mas o padre AdeliR ir ao céu e não saber ler o GPS é um sacrilégio!"

10 - Rede Globo pretendia processar o padre por roubar idéias do programa Balão Mágico. Teve gente que ao saber disso protestou: o balão do padre era mágico mesmo - não foi à toa que o padre sumiu.

11- Finalmente acharam os restos mortais do padre Adelir. Acharam só as pernas... felizmente, ele teve com o que pousar. A cabeça, ao que parece, ficou nas nuvens.

O SUBTÍTULO QUE ALGUNS CDs DEVIAM TER... by V-Newton


SUBTÍTULOS DE CDS QUE VOCÊ LÊ NAS ENTRELINHAS...

1- SÓ PARA CONTRARIAR: "Seguindo em frente" - subtítulo: Contrariando sempre;

2-
ZECA PAGODINHO: "Raridades" - subtítulo: Músicas que eu não gravei embriagado;

3- RICKY MARTIN: "Unplugged" - subtítulo: Liguem esse microfone, porra!;

4- DANIEL: "Difícil não falar de amor" - subtítulo: Impossível não cantar cornomusic;

5- LATINO: "Sem noção" - subtítulo: Alguém me ensine a cantar;

6- CARLA PERES: "Todos iguais" - subtítulo: 12 temas para dançar com garrafinha;

7- CHITÃOZINHO E XORORÓ: "Aqui o sistema é bruto" - subtítulo: Aqui nóis pega na enxada;

8- MAURÍCIO MANIERI: "Quero ver quem vem" - subtítulo: Hoje o show é de graça;

9- CALCINHA PRETA: "Como vou deixar você?" - subtítulo: Lavagem cerebral através de músicas vagabundas;

10- ZÉLIA DUNCAN: "Eu me transformo em outras" - subtítulo: Virei Rita Lee na volta dos Mutantes.