terça-feira, 10 de junho de 2008

O TERÇO, UMA BANDA DE ESTILO ÚNICO, E QUE DEIXOU MUITAS SAUDADES



Uma tremenda bandaça! Quem? O TERÇO! Aqui, uma pequena biografia da banda.

Alguém perguntará: - Mas porquê Terço? Esse nome pode soar estranho, uma vez que ele imediatamente remete ao rosário católico, mas não tem nada a ver: ele faz referência aos primórdios da banda quando eles eram um power trio...

"Considerada na década de 70 como a melhor banda de rock do Brasil, também era respeitada no cenário da MPB. Ganhou festivais como o de Juiz de Fora e Belo Horizonte. Classificou-se por duas vezes no Festival Internacional da Canção. Durante 15 anos fez de 150 a 200 shows por ano em grandes ginásios lotados pelo país afora. Também conseguiu o recorde de público (11.000 pessoas) no Luna Park em Buenos Aires, além de fazer shows no Miden em Cannes (França) e em outros lugares da Europa. Foram convidados especiais do festival de rock progressivo na UCLA em Los Angeles". A peça instrumental "1974", do disco "Criaturas da Noite", de 1975, é considerada o hino do rock progressivo nacional. Vale a pena ouvir pois é um puta trampo de composição e inspiradíssimo e complexo tema instrumental.

O Terço, ao lado dos Mutantes, era o grande nome do rock brasileiro, conseguindo soar como um conjunto de calibre internacional. Por onde passava arrastava multidões, lotando ginásios. O disco "Criaturas da Noite" ainda teve uma versão em inglês que foi lançada em 1975 somente na Europa. O tema "1974" foi coreografada em 1977 pelo argentino Oscar Araiz, para o Royal Balet do Canadá, e apresentada em turnê pelo Canadá e Estados Unidos. Outro destaque de Criaturas da Noite é a sua belíssima capa. O título da obra é "A Compreensão", de autoria de Antonio e André Peticov."

O grande destaque do Terço era o tecladista e vocalista Flávio Venturini, que levou para o conjunto elementos do movimento mineiro Clube da Esquina, o que tornou a banda respeitadíssima por sua brasilidade única no rock brasileiro, estilo depurado e consolidado no LP "Casa Encantada". Além das sonoridades do rock progressivo e da MPB, o grupo ainda tinha elementos de hard rock e de hard progressivo.

Veja mais:
www.oterco.com.br

TRIBUTO A LUIZ MORENO, BATERISTA DO TERÇO

É uma sempre uma grande e agradável supresa para os fãs, saber que o baterista de uma banda de rock compõe, e compõe bem.

Hoje, faço um tributo aqui a um desses grandes compositores, o baterista Luiz Moreno, da banda setentista O Terço, falecido de câncer em 27-7-2002, que nos discos "Criaturas da Noite" e "Casa Encantada" - discoteca básica de rock brasileiro -, deixou duas pérolas instrumentais: "Pano de Fundo" do primeiro, e "Solaris" do segundo.

Lembrando-se que a bateria é um instrumento relativamente "monocórdio" e que não permite criação de acordes, é uma grande surpresa que um baterista tenha a capacidade de compor músicas complexas assim, e ficamos a pensar que, no mínimo - como o Phil Collins do Genesis - o sujeito arranhava um teclado. Mas acontece que o Moreno estudou música em conservatório (harmonia, teoria, ritmo e violão; e ele chegou até a tocar Moog em uma gravação, certa vez, na música "Instrumental Original Orchestra MP3").

Além disso, o Moreno estudou bateria com o melhor professor da época, Sutti (baterista da orquestra do Maestro Cipó/ TV Tupy), que muito o elogiava. Infelizmente, nada se sabe de que maneira ele compôs estas músicas.

Convém esclarecer que o Moreno, assim como o Pedrão, baixista do Som Nosso de Cada Dia, integrou a banda do Cesar Mariano com a Elis Regina, num show em 1979 - do qual existe um disco ao vivo gravado -, o que não é pouco e atesta as respeitáveis credenciais do grande baterista.

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DEPOIMENTOS:

Lembrança (12/8/2005 07:37)

Como contei para a Irinéa, quando eu era garoto eu era fã de carteirinha do Terço. Onde eles iam tocar eu ia atrás. O que mais me surpreendeu em Moreno foi quando saiu o disco - que eu esperava como um doido - "Criaturas da Noite". Quando eu vi que "Ponto Final" era dele eu lembro direitinho que meu primeiro pensamento foi:

- Além de tocar bateria o cara ainda compõe?!

( Raul Branco- Comunidade Moreno Orkut)

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(...)"Moreno, com o violão, cantando Beatles! Fiquei admirado, achei muito bonito, pois um baterista tocando violão, me fez ver que ele na realidade era um cara dedicado a música . Ele estava cantando Blackbird...muito emocionante e lindo!"

(...)Trecho extraído do livro ''Eu e o Terço",de Irinéa Maria Ribeiro

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Ponto Final (23/9/2005 13:09)

O Moreno foi um dos melhores bateristas que tiveram neste país, era muito completo, tocava, cantava, era um ótimo compositor... Com certeza senti falta dele no concerto do Terço...

A Irinéa também é muito gente fina (e o livro quando sai??)...

( Rafael -Comunidade Moreno Orkut)

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O MORENO (por Cézar de Mercês)

"Não exagero quando digo que Moreno foi como um irmão para mim. Morei na sua casa por uns tempos, antes de voltar para a banda, fomos parceiros de algumas canções inéditas, frutos das longas conversas que tivemos. Moreno era o mais culto entre todos nós. Sua discoteca era a mais completa. Ouvia de tudo. Tudo de bom, claro. Conhecia e tocava jazz. Sua formação, quando garoto, foi no Clube de Jazz e Bossa, do Rio de Janeiro."( Mercês / 2005)

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Veja mais aqui sobre o Moreno:

http://siteluismoreno.tripod.com/

Ouça aqui "Ponto Final"

Ouça aqui "Solaris"

Ouça aqui "Instrumental Original Orchestra MP3"

Clique aqui para ver a partitura de "Ponto Final"

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domingo, 8 de junho de 2008

SINO DE OURO EM PESCOÇO DE JUMENTOS: A INUSITADA APARIÇÃO DE ARNALDO DIAS BAPTISTA EM ARARAS!...

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Na distante data de 25-11-1978, o célebre e polêmico cantor Arnaldo Dias Baptista - o "Loki" -, ex-integrante da lendária banda Os Mutantes, ineditamente, iria se apresentar em Araras, isto, num novo show montado após deixar a anda Patrulha do Espaço. Os responsáveis por sua inusitada aparição, na então cidade de Araras, era a faculdade Uniararas - na época, conhecida como FRESA (Fundação Regional de Ensino Superior que estava prestes a inaugurara a novas instalações.

Acontece que os infelizes alunos da faculdade fizeram uma divulgação pífia do show: imprimiram um folderzinho vagabundo em mimeógrafo, e colocaram alguns num ponto ou outro da cidade. E, para piorar a falta de respeito para com o grande astro, marcaram seu show no mesmo dia em que a Associação Atlética Ararense iria fazer um concurso de danças discoteca - a "onda disco" estava no auge.

Resultado: por pouco não houve mais pessoas no palco que fãs na platéia, no que compareceram cerca de 20 privilegiadas pessoas no raro show, enquanto que na A. A. A. a noite bombou. Eu era adolescente na época, e me recordo que colocamos 20 cadeiras em forma de meia-lua em frente ao palco, e, ali, nos desbundamos com um belo e especialíssimo show  à cargo do Loki acompanhado de uma grande banda e com um repertório incrível!

O Arnaldo fez o show sem ressentimentos, mas disseram, depois, que ele havia chorado nos bastidores, de tristeza e frustação. Mas a culpa não era dele, mas sim dos alunos da faculdade e deste povo alienado e ingrato desta cidade, bem como da então odiada onda disco, execrada com ódio mortal pelos rockeiros de todo o país na época.

Como eu - mesmo jovem e não tão culto -, estava ciente do "momento histórico" deste especialíssimo show em terras canavieiras, tive o cuidado de guardar para o meu precioso baú um exemplar deste raríssimo folder, que documenta esse malfadado dia em que Araras cometeu esta heresia contra um dos grandes astros do rock brasileiro!

É por isso que eu sempre digo, quando me recordo desse inesquecível dia: a aparição do Loki em Araras foi - para usar uma expressão minha - um sino de ouro em pescoço de jumentos (com todo o respeito aos autênticos jumentos). Mas os jumentos, obviamente, não foram os 20 privilegiados que curtiram o grande show, mas sim os maria-vai-com-as-outras que foram travoltear no embalo de sábado a noite na pista da A. A. A...

VEJA O SITE DO ARNALDO AQUI:

sábado, 7 de junho de 2008

AS MALUQUICES DO RAUL SEIXAS...



Na foto, Raul e Edit Wisner, no final da década de 60 - já era um Maluco Beleza!

Certa vez, dois amigos de Raul foram visitá-lo em sua casa em São Paulo. Na saída, Raul entregou um pacote a um deles e disse: ‘Toma pra você. São Paulo tá muito perigosa...’. Quando o amigo abriu o pacote, o que havia dentro?
R: Um salva-vidas.
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Um amigo próximo de Raul Seixas conta uma história curiosa. Certa vez, em Guabimirim, Rio de Janeiro, os dois ficaram bebendo a madrugada e depois foram dormir. O amigo acordou e achou estranho que Raul havia sumido. O que o Maluco Beleza estava fazendo?
R: Cantando e tocando músicas de Elvis para um monte de bêbados.
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Jerry Adriani, em sua lista de casamento, esqueceu de incluir o nome do convidado ilustre Raul Seixas. Quando o cara chegou na igreja, foi barrado pelo segurança. O que Raul fez para conseguir entrar na cerimônia?
R: Disse que era o padre que ia celebrar a união do casal.
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Os amigos de Raul dizem que, quando ele estava no Exterior, gostava de se portar como americano. Certa vez, em Nova York, Raul passou uma cantada em uma garota que passava na rua, em inglês. O que aconteceu em seguida?
R: A garota era Rita Lee, que disse que ia contar tudo para a mulher dele.
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Sylvio Passos tinha tido a idéia de fazer o primeiro fã-clube de Raul. Ele ligou para o cantor, que o convidou para jantar com ele. O fã, chegando lá, ficou cheio de dedos, sem saber como agir. Como Raul quebrou o gelo da situação?
R: Comeu macarrão da panela e com a mão.
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ALGUMAS CONFISSÕES DE RAUL SEIXAS

“Toda espécie de agrupamento na vida é uma tentativa de fortalecimento, necessidade de amparo. Medo de saber que é lindo ser diferente de todos os demais”

“Ah... eu sempre escrevia pelas paredes: ‘Quero ser normal’. Já tive esperança de um dia ser normal, onde tudo é como no dicionário; crer no dicionário, ser o que é dito para ser e crer nisso.”

“Que capacidade impiedosa essa minha de fingir o tempo todo ser normal.”


* A foto inserida é do Raul, no final da década de 1960, com sua primeira mulher, a Edtih Wisner. Considero a foto mais engraçada dele. Foto profética: o Maluco Beleza, tava tudo ali!... ói, ói o trem!...
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A "TORRE EIFELL" UMA NOVA CONSTELAÇÃO QUE, INFELIZMENTE, NÃO VINGOU


Em 1922, era lançado um livrinho (Elementos de Cosmografia e Geografia Geral) onde pela primeira vez venha estampado o desenho de uma nova constelação: a "Torre Eiffel".

Foi o Dr. Belfort de Mattos, diretor do Observatorio da Avenida Paulista, quem sugeriu a ao cientista e escritor Camile Flammarion a transformação destas estrelas em uma nova constelação, devido à sua sugestiva conformidade. A idéia, infelizmente, não vingou, mas quem olhar para o céu nesta época do ano, poderá localizá-la facilmente: ela se situa entre as constelações do Escorpião e do Cruzeiro-do-Sul, paralelas e à esquerda das estrelas alfa e beta do Centauro. A Torre Eiffel é formada por estrelas da constelação do Centauro e do Lobo. A ilustração ao lado foi extraída do livro do dr. Mattos.
O curioso desta história é que ela poderia ter se concretizado: em 1930, a União Internacional fixou o número de constelações em 88. Depois disso não havia mais possibilidades de serem batizados novos grupos de estrelas.

Localize mais facilmente a Toirre Eifell no moderno mapa abaixo:


FONTE:
Contatar autor.
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sexta-feira, 6 de junho de 2008

A CANTIGA DE CEGO, O ÚNICO ESTILO MUSICAL GENUINAMENTE BRASILEIRO

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Poucos sabem, mas existe no Brasil um estilo musical sem antecedente algum! Ao contrário do que se diz, o chorinho não é o mais brasileiro dos gêneros musicais. Quem pôs abaixo esse conceito equivocado foi o maestro José Siqueira, que, em 1950, divulgou em seu “Sistema Trimodal Brasileiro” que a música folclórica do Rio Grande do Norte apresentava “características próprias que a tornam a mais pura e bela do país”.

Como os pregões e aboios, as cantigas de cegos são manifestações legítimas do povo, geralmente catalogadas como cantigas de trabalho. É assim que Oneyda Alvarenga (foto) as considera em seu livro Música Popular Brasileira (1945), pela sua “destinação utilitária definida”. Eis os versos que ele recolheu de uma audiçãemem Natal:


“Se eu pudesse trabalhar,
Trabalhava e não pedia;
Cidadão me dê uma esmola
Pelo amor da Virge Maria”.

Consideradas monótonas, muitas vezes, as cantigas de cegos conservam, entretanto, as características inconfundíveis próprias da música folclórica nordestina – música de originalidade e riqueza que não tem símile em nenhuma outra região do país. É evidente que suas raízes são européias de caráter, – lembrava Oneyda Alvarenga –, mas a solfa que as distingue é contribuição genuinamente nordestina.

Para o maestro José Siqueira (foto), tanto no folclore vocal quanto no instrumental, ele observou a constância de três modus diferentes de quantos existem no universo. Esses modus ordem de tons e semitons na escala diatônica usados sistematicamente dão à melodia uma cor própria, alterando por inteiro o sistema harmônico, base da tonalidade moderna, em que se apóia a música erudita, desde o século XVII. Depois de demonstrar que o I Modus corresponde, por eufonia, ao Hipodório grego ao Mixolídio Eclesiásti­co, da mesma maneira que o II Modus corresponde ao Hipomixolídio grego ou lídio eclesiástico, ele acentua que o III Modus não tem correspondência histórica, devendo ser considerado, por isso, o Modus nacional por excelência. Ele não tem similaridade em nenhuma região do país, e, tanto no folclore vocal quanto no instrumental, observou a constância de três modus diferentes de quantos existem no universo.

O maestro indica dois caminhos para explicação dessa aproximação entre os Modus Eclesiásticos e os nordestinos: a influência da música jesuítica e a acústica da região na parte referente às vibrações dos corpos sonoros.

Os interessados em se aprofundar no tema, devem estudar o trabalho do maestro, que que é amplamente ilustrado. Pesquisadores afirmam que esta parece ser a primeira vez que um especialista e compositor do nível de José Siqueira apontou as características da música folclórica nordestina.

Veríssimo de Mello (foto) afirmou que no mercado público de Natal, em 1964, ouviu várias cantigas do cego Pinheiro, tendo gravado a que o Prof. Oswaldo de Souza passou para a pauta musical e , segundo ele, parecia uma amostra bastante expressiva desse gênero da música popular nordestina.

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O jornal O Estado de São Paulo, em 1992, pediu ao cantor e compositor Tom Zé (foto) que comentasse artigo sobre o Tropicalismo que saíra no New York Times Magazine. O músico deu uma resposta à altura, e, se referindo à música nordestina, falou com muita propriedade sobre o assunto. Aqui, um trecho desta resposta. Nos EUA, disse Tom Zé:

“Eles falam como se Oswald de Souza, sua Antropofagia e o rock internacional já estivesse no âmago da tropicalidade, como a árvore na semente de Parmênides. Não estavam. Antes estava o Nordeste.

O Nordeste e os Gerais do Esta­do de Minas convivem com o efeito residual de oito séculos de dominação árabe na Península Ibérica, desde a Baixa Idade Média até a boca do Renascimento. Ou seja, enquanto os bisa­vós do Sr. Mazaropi eram educados pelos bárbaros cristãos, em todo o Velho Continente, a Península Ibérica (Portugal e Espanha) recebia uma sofisticada educação, com a cultura moçárabe. É que o povo árabe, naquele momento, era a sociedade mais culta do planeta.

E encontramos esses oito séculos de cultura no sertanejo analfabeto. Seus antepassados chegaram ao Brasil nos séculos 16 e 17. No Nordeste e nos Gerais, empobreceram, tornaram-se analfabetos, mas tanto amavam sua herança moçárabe dos avô que começa­ram a dançar cultura, cantar cultura, falar cultura. E a ler conceitos, metafísicos nos eventos do dia-a­dia; a fazer pentimento, sobrepondo à dura paisagem nordestina chaves de conhecimento esotérico; e uma humorada Weltanschauung que sobrevive à miséria, estabelecendo eixos filosóficos a sintaxe de uma língua têxtil.

Cultivaram musicalmente os mo­dos dórico e mixo­lídio, este, geral­mente, com a quarta aumentada (estudo de Heraldo do Monte), os mesmos mo­dos nos quais se compuseram as primeiras canções do pré e do Tropicalismo. Será que eu exagero quando digo ‘falar cultura’? Pois deixem hoje o capítulo da novela e leiam um capítulo de Guimarães Rosa. Valeu!”

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Sobre esses estudos do violeiro e guitarrista Heraldo do Monte, citado na entrevista por Tom Zé, transcrevo aqui um trecho extraído de uma entrevista de Heraldo e o guitarrista Olmir Stocker, extraída da revista Cover Guitarra, em que Heraldo (foto) comenta o que estava ocorrendo com a música nordestina naquela época, no carnaval de 2000, quando uma “molecada” estava usando escalas hungaras e, por isso, descaracterizando a original música nordestina:

(...) Só existem três escalas sacramentadas na cultura nordestina: o mixolídio (Do/Fá/Mi/Fa/Sol/La/Si bemol), o mixolídio com a quarta aumentada (Do/Re/Mi/Fa#/La/Si Bemol) e o dórico (Do/Re/Mi bemol/Fa/Sol/La/ Si bemol), que seria a escala menor. O que esses caras estão usando é a escala húngara básica - Do/Re/Mi bemol/Fa#/Sol/La bemol/Si. Isso está se descaracterizando muito, sabe? Mas não são muitos...”

Clique aqui e saiba mais sobre este estilo musical:

http://www.jangadabrasil.com.br/dezembro52/of52120a.htm

http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/cantosdecegos.htm

www.sac.org.br/ 60_anos_123.htm



FONTE:

4 fontes de textos; 5 fontes de imagens - consultar autor.
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O GUITARRISTA JOHN MC LAUGHLIN EM MAUS LENÇÓIS NUM IMPROVISO COM O BRUXO HERMETO PASCHOAL.

c Quem assistiu na época, ou em reapresentações na TV, do Festival de jazz de São Paulo, ocorrido há trinta anos atrás (1978), se recorda da célebre noite em que o gênio da guitarra jazz rock John Mc Laughlin se viu em maus lençóis num improviso com o bruxo Hermeto Paschoal.

É que na hora em que Hermeto se concentrava para iniciar sua apresentação, disseram que o Mc Laughlin “começou a fazer barulho com o amplificador colocado no palco”. Hermeto não gostou nada do que ouviu, e quando chegou a vez do guitarrista tocar, mandou avisar que ia entrar no palco. Mc Laughlin ficou transtornado, principalmente quando o bruxo disse que ia tocar sintetizador, instrumento que jamais havia tocado antes...

Hermeto entrou e arrasou, deixando Mc Laughlin em apuros: este se machucou um pouco na hora de improvisar pois o bruxo inventou de tocar música nordestina... Essa estilo musical costuma explorar escalas não muito convencionais na música ocidental. E o improviso feito por Hermeto explorava o uso do intervalo de quarta aumentada, “acidente” que derruba mesmo – é a dominante da dominante que aparece em momento inesperado.

Veja na ilustração um exemplo de uma melodia que usa este intervalo.











FONTE:

Contatar autor.
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quarta-feira, 4 de junho de 2008

DO ALÉM - trechos de um livro meu em construção

Aqui vão algumas frases e pensamentos criadas por mim, extraídas de um livro que venho fazendo aos poucos. Neste livro, fui ou recriando frases ou inventando pensamentos seguindo a linha de raciocínio ou estilo de cada personagem inserido nele, como se eu fosse um médium espírita que os tivesse psicografado.

"O mais é onanismo sem esperança de filhos." (Carlos Drummond de Andrade, poeta)
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"Pesadelo que se sonha só, é um pesadelo que se sonha só, mas pesadelo que se sonha junto é despertar com a sogra em nossa cama." (Raul Seixas, cantor)
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"Uma artista com uma grande carreira pelas costas".
(Constance Bennet, atriz, sobre a Mulher Melancia)
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"E que seja infinito enquanto duro." (Vinícius de Moraes, poeta)
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"A Astronomia está para a Astrologia assim como a Química está para a Alquimia." (Pierre Janet, psicólogo e neurologista)
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"O Ernesto alguém enterrou
Num canto qualquer de La Paz
Nós fomos não encontremos o Tchê
Nóis fiquêmo cuma baita de uma réiva
A outra vez, nóis não vai mais."
(Adoniram Barbosa)
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"Quando eu andava armado, costumava dizer: 'Antes de o ladrão
me mandar para o sétimo céu, eu mando ele para o quinto dos infernos.'" (Dante Alighieri, escritor)
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"A ruína do sábio: ter conhecimento mas humilhar à quem não conhece; ter didática e não praticá-la; desconhecer algo, não admitir que desconhece e se recusar a conhecê-lo". (São Beda)
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"O matar muitos é heroísmo, o matar poucos é crime: o matar como
militar faz os condecorados, o matar como civil os condenados." (Padre Antonio Vieira)
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"O mundo divide-se entre os que raciocinam por si próprios e o que raciocinam com a coletividade." (Nelson Rodrigues, dramaturgo)
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"- Cavalheiro, esta é a primeira vez que vejo uma barata se salvar de um afogamento, nadando para uma bosta que flutua..." (Wiston Churchill, político e estadista)
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* A ilustração deste POST é de minha autoria e se chama "O Caixão do Ilusionista"

O CHUTE MAIS BELO DE TODOS OS TEMPOS!



Veja aqui, aquele que pode não ter sido o gol mais bonito da história do futebol, mas, particularmente, considero o chute mais belo e animal dado por um ser humano numa bola. Me refiro ao capitão da Seleção Brasileira 1970, Carlos Alberto Torres, na final com a Itália, que foi o gol que deu a vitória da Copa ao Brasil.

Aliás, essa seleção foi escolhida como sendo o melhor time de todos os tempos, de acordo com uma enquete mundial conduzida pela revista World Soccer magazine, e divulgada nesta segunda-feira. De acordo com a revista, "o time brasileiro, que ganhou a Copa do Mundo de 1970 com grande estilo, tornou-se num mito, sendo o principal expoente do jogo bonito".

Esse, que foi o quarto gol do Brasil na final, foi um "momento de arte pura do futebol brasileiro em uma Copa do Mundo", e teve a participação de mais dois jogadores: os santistas Clodoaldo e Pelé, que deu o passe para Carlos Albertos. A propósito, o time que mais cedeu jogadores para as conquistas de 1958, 62 e 70 foi o Santos. O gol de Carlos alberto endossa o que eu digo. Confiram no link abaixo do You Tube, e vejam o corpo do grande capitão se desdobrando de uma maneira elástica inacreditável - o Rivelino que me perdoe, mas este chute foi uma verdadeira "patada atômica", como se dizia na época!

http://br.youtube.com/watch?v=_Vysv2hJqco&feature=related

NO TEMPO EM QUE OS PROFESSORES GANHAVAM BEM...

Com freqüência, ouvimos velhos professores dizendo: "Antigamente, os professores ganhavam bem". Cansei de ouvir isto, até que, um dia destes, tive uma surpresa ao ler uma entrevista na revista Língua Portuguesa (núm. 29), com o gramático, filólogo e professor Evanildo Cavalcante Bechara, 80 anos. Em minha opinião, acredito que a maioria de nós realmente não sabe o que é esse "ganhava bem". Então, prepare-se para ler o que o Evanildo escreveu sobre o salário de um professor há 50 anos atrás:

Língua Portuguêsa: "Qual a diferença entre ser professor naquela época e hoje?"
Evanildo: "Os professores tinham salário admiravelmente bom. Entrávamos como letra o no ensino público. Há até a música 'Maria Candelária é alta funcionário, caiu na letra o'. Nosso salário na época, era pouco menor do que o soldo de um coronel. Tanto que os professores do Colégio Militar entravam para o magistério militar na patente de coronel. Com o primeiro salário que recebi como professor da prefeitura do Distrito federal, comprei à vista um terreno na Ilha do Governador. Hoje, se um professor municipal juntar um ano de salário não daria para a entrada..."

Um terreno na Ilha do Governador com o primeiro salário!! Realmente, o salário era bom mesmo!
Este é mais um dos motivos que levam a me recusar a dar aulas.
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segunda-feira, 2 de junho de 2008

COLUNISTA DO NOTÍCIAS POPULARES MATA O GUITARRISTA STEVE VAI!!!...



Como a comunidade rockeira bem sabe, no distante 27-08-1990, o guitarrista norte-americano Stevie Ray Vaughan morria, aos 37 anos, em um acidente de helicóptero em Alpine Valley, Wisconsin, junto a três outros músicos que pertenciam à banda de Eric Clapton. Pois bem: daí que um certo colunista mal-informado do extinto jornal Notícias Populares (que Deus o tenha!...), o supra-sumo da imprensa marrom brasileira, publicou uma célebre reportagem cuja foto publico neste fotolog. Aliás, esta reportagem é uma raridade, qu eu fiz questão de guardar pois sabia que ia ter valor com o passar do tempo. Analise-a, e veja ao final da mesma, o infeliz do colunista mandando o Steve Vai para a terra dos pés-juntos!... Deixa o Vai saber disso...

domingo, 1 de junho de 2008

11 CONSIDERAÇÕES SOBRE ADELIR, O "PADRE VOADOR", DIGO, O "PADRE AVOADO"... by V-Newton



1- O Padre Avoado não saber usar o seu GPS vá lá, mas ir para o alto-mar sem âncora é imperdoável.

2- Acreditava-se inicialmente que o Padre Avoado tivesse umas recaídas à la padre Bartolomeu de Gusmão (o do balão voador). Ledo engano: o infeliz tinha sim é recaídas à la Padre Vieira: foi pregar aos peixes.

3- O Padre Avoado queria em sua aventura chamar a atenção para o trabalho realizado em sua paróquia . Porém, os 500 e tantos mil reais que ele amealhou saíram de nossos bolsos, gastos nas infrutíferas buscas para localizar o infeliz!

4- Notícias que gostaríamos de ver: "Padre voador cai em alto-mar e explosão de balões causa terremoto no sul-sudeste do Brasil"

5- Outra: "Mergulhadores juram ter visto o padre voador passeando na companhia do Ulisses Guimarães!"

6- Padre Adelir queria, em seu vôo maluco, chamar a atenção para a causa nobre de sua "pastoral rodoviária". O tiro saiu pela culatra: acabou chamando a atenção de balonistas, bombeiros e a marinha.

7- Nem o padre Alexandre Gusmão e seu balão foi tão indisplicente quanto o Padre Avoado; ele sabia que, em pleno seculo 18, por pior que fizesse, estava colaborando com o avanço da astronáutica. Já o Padre Avoado não só errou na geografia como também errou de século. É... enfeites de festa de aniversário tem hora certa para usar...

8- Deu na Espanha: tubarão de 9 metros encontrando na costa morreu após ingerir um dos balões do Padre Avoado.

9- Padre Marcelo protesta: "Ir à Roma e não ver o Papa, vá lá, mas o padre AdeliR ir ao céu e não saber ler o GPS é um sacrilégio!"

10 - Rede Globo pretendia processar o padre por roubar idéias do programa Balão Mágico. Teve gente que ao saber disso protestou: o balão do padre era mágico mesmo - não foi à toa que o padre sumiu.

11- Finalmente acharam os restos mortais do padre Adelir. Acharam só as pernas... felizmente, ele teve com o que pousar. A cabeça, ao que parece, ficou nas nuvens.

EM 1989, RAUL FOI ENCARADO COMO A ENCARNAÇÃO DO DEMÔNIO EM SANTA BÁRBARA D'OESTE!!!...



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Me sinto orgulhoso por ter assistido este show, na noite de 11 de março de 1989 (poucos meses antes da morte do Raul!), em Santa Bárbara d'Oeste/SP, por dois motivos: um, porque quando acabei de tocar numa boite, no mesmo clube em que o Raul e o Marcelo Nova iam se apresentar com o show "A Panela do Diabo", eu pude ver o mestre em ação. Infelizmente, o Raul estava paradão e parecia incapaz de se  mover pelo palco - ele não dançava, não agitava nem tacava fogo na galera, como era o seu normal. Desconheci o Raul esta noite, e tanto que nem me aproximei do palco para ver ele de perto e, quem sabe, dar um aperto de mãos no grande ídolo. Eu não vou me perdoar nunca por isto...
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Outro, é que neste dia, uma seita - a Exército de Deus -, inundou a cidade com folhetos dizendo que Raul era o enviado do Diabo, e mesmo que era o diabo em pessoa!... E eu, por uma grande felicidade, e sorte também, peguei um destes folhetos e guardei. Tenho-o até hoje comigo é uma raridade e não há dinheiro neste mundo que o pague, folheto este que publico hoje neste post.
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Em outro post, eu coloquei uma foto de uma reportagem da Folha de São Paulo, meses depois (2-6-1989), comentando este folheto. Vejam a foto e babem!...
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Um vídeo feito nesta noite!
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Veja outra postagem sobre este incidente:
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http://apologo11.blogspot.com/2008/06/reportagem-que-comenta-o-show-em-que.html
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REPORTAGEM QUE COMENTA O SHOW EM QUE RAUL FOI VISTO COMO O ENVIADO DO DEMÔNIO!...


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Acima, a foto da reportagem do Estadão comentando o folheto lançado pela seita Exército de Deus, pelas ruas de Santa Bárbara d'Oeste/SP, no dia em que o Raul Seixas e o Marcelo Nova foram apresentar o show "A Panela do Diabo".

Raul cita este incidente numa entrevista ao Jô Soares, no programa "Jô Onze e Meia", em de 12 de julho de 1989, considerada sua última entrevista para uma rede de televisão..

Jô Soares - Que situação hein, Raul?!? Agora sobre o novo disco... Vai ter a foto dos dois na capa, né?

Raul Seixas - Vai ter nós dois.

Jô Soares - E vai chamar A Panela do Diabo, e os dois demoninhos cozinhando naquela panela.

Marcelo Nova - É. Nós fomos tocar no interior de São Paulo, e o disco estava em andamento e não tinha nome ainda. Aí estávamos dentro do camarim esperando para subir no palco, veio uma pessoa com uns panfletos que estavam sendo distribuídos na entrada, alertando os jovens do perigo de assistir um show de Raul Seixas e Marcelo Nova porque nós éramos a encarnação do demônio. E fazia uma analogia com textos do Raul, Eu nasci há 10 mil anos atrás...

Raul Seixas - Que eu vi Cristo ser crucificado. Eu era o diabo que estava ali no meio.

Marcelo Nova - Pois é, e eu olhei para o Raul e disse: bicho, taí o nome do disco. Agora, mais do que nunca, vai se chamar A Panela do Diabo. São eles que querem.


Vejam essa relíquia de folheto, que foi inserido no outro post. Veja no link abaixo:

http://apologo11.blogspot.com/2008/06/em-1989-raul-foi-encarado-como-encarnao.html
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O SUBTÍTULO QUE ALGUNS CDs DEVIAM TER... by V-Newton


SUBTÍTULOS DE CDS QUE VOCÊ LÊ NAS ENTRELINHAS...

1- SÓ PARA CONTRARIAR: "Seguindo em frente" - subtítulo: Contrariando sempre;

2-
ZECA PAGODINHO: "Raridades" - subtítulo: Músicas que eu não gravei embriagado;

3- RICKY MARTIN: "Unplugged" - subtítulo: Liguem esse microfone, porra!;

4- DANIEL: "Difícil não falar de amor" - subtítulo: Impossível não cantar cornomusic;

5- LATINO: "Sem noção" - subtítulo: Alguém me ensine a cantar;

6- CARLA PERES: "Todos iguais" - subtítulo: 12 temas para dançar com garrafinha;

7- CHITÃOZINHO E XORORÓ: "Aqui o sistema é bruto" - subtítulo: Aqui nóis pega na enxada;

8- MAURÍCIO MANIERI: "Quero ver quem vem" - subtítulo: Hoje o show é de graça;

9- CALCINHA PRETA: "Como vou deixar você?" - subtítulo: Lavagem cerebral através de músicas vagabundas;

10- ZÉLIA DUNCAN: "Eu me transformo em outras" - subtítulo: Virei Rita Lee na volta dos Mutantes.

APÓLOGO 11 VAI PARA O CYBER-ESPAÇO!!!...


Galera, o V-NEWTON está finalmente estreando o seu sonhado e mais do que adiado blog; Já não era sem tempo... Ele foi batizado com o sugestivo nome de APÓLOGO 11, trocadilho com o qual eu pretendia batizar uma banda minha que não aconteceu.

Muitas das coisas que vou inserir aqui já foram publicadas nas páginas do meu Orkut, mas como este se mostrou uma ferramenta inadequada para tal, resolvi enfim partir para essa onda da Internet. Sou músico cantor, compositor e instrumentista; biólogo, desenhista, escritor (2 livros lançados) e fotógrafo amador.

O APÓLOGO 11 tratará de tudo o que diz respeito ao meu universo pessoal, seja divulgando minhas criações nas mais diversas áreas, ou mesmo as criações dos ídolos e personagens que admiro, e outras curiosidades. Uma vez que sou uma pessoa de gosto eclético, os assuntos tratados aqui serão bastante variados, como, p. ex., música, fotografia, astronomia, poesia, pintura, biografias, humor, folclore, desenho, botânica, ornitologia, religião, psicologia, ufologia, anomalística, etc. Não sou expert em nada, o que não me impede de escrever coisas interessantes, acredito...

Enfim, espere que gostem, e convida a participar quem tiver alguma coisa para dizer, ou para trocar figurinhas e fazer novas amizades!