Mostrando postagens com marcador literatura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador literatura. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

CURIOSA COINCIDÊNCIACOM O DISCO "NURSERY CRYME" DA BANDA GENESIS

Encontrei esta ilustração à bico de pena relativa a um jogo de "croquet" (com "o" mesmo), história que se passa na primeira década do século passado em Montevideu. Ela me remeteu à capa do disco "Nursery Cryme", do Genesis, lançado em 1971, em que se vê uma cena de jogo de criquet (com "i"). 

* Detalhe: a ilustração é do livro "O menino que eu era", de Generoso Ponce Filho, lançado em 1967.






sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

A TÉCNICA DE APERFEIÇOAMENTO LITERÁRIO PELO MÉTODO DA PARÁFRASE, OU SEJA, A RECRIAÇÃO DE UM TEXTO ALHEIO, MANTENDO-SE A MESMA IDEIA CENTRAL, MAS PROCURANDO,SE POSSÍVEL, "MELHORAR" (OU SUPERAR...) O ORIGINAL.



TEXTO UTILIZADO:

“Sempre em contato com a natureza, os protagonistas têm na paisagem bucólica os pontos de referência que se vão constituindo focos evocativos dos acontecimentos fundamentais de sua existência. As árvores, as montanhas, as fontes, as ermidas operam como forças vivas sobre as personagens, exatamente pela comunicação afetiva, dos fatos aos elementos da natureza onde se processa."

FONTE: Biblioteca do Estudante. Obras Imortais de Nossa Literatura. Júlio Diniz. Vol. 7.


TEXTO RECRIADO POR MIM:

Ali, numa íntima e constante relação com a natureza circundante, naquele panorama bucólico e convidativo, amealhava eu, precocemente, um espólio sentimental que, vida afora, foi se tornando uma fonte de gatilhos evocativos das inúmeras e marcantes experiências de minha saudosa meninice. Reservas de matas e capões de cerrado, campos naturais ou plantações, morros e planuras, córregos e rios, grandes fazendas ou pequenos sítios, todos, que, por seu apelo irresistível, atuavam como forças telúricas em meu psiquismo em formação nos palcos e cenários onde eu me aventurava.

.

sábado, 27 de agosto de 2022

NADA DE NOVO NO FRONT…


Lendo a crônica "Ao correr da Pena", do romancista autor dos best-sellers “Iracema” e “O Guarani”, o grande José de Alencar, escrita no distante 27-5-1855, onde a certa altura ele diz:

"Entretanto no nosso país se diz que a imprensa é venal e corrompida, e se trata de desacreditarem essa força civilizadora da sociedade."

.

domingo, 31 de maio de 2020

EXPRESSÕES POETICAMENTE VIOLENTAS...

.
Li, anos atrás, esta incrível expressão de autoria do irmão do ex-Presidente Figueiredo, o genial dramaturgo Guilherme Figueiredo (1915-1997), extraída do livro "Despropósitos (1983), mas, antes que os leitores  interpretem mal, ele não se referia ao irmão (como pode parecer), embora se tratasse de um político... 

"Quando falava, parecia destruir um roseiral a chicotadas".

Mas lendo o Monteiro Lobato (1882-1948) recentemente, cheguei à conclusão que ele foi mais longe - olha esta pérola dele, do livro "Na Antevéspera (1933), na qual ele se referia a uma nova poeta estreante: 

"Gilka Machado dá a sensação nobre de criatura afeita a partir cristais com martelo de ouro ."


* Notem que, porém, o Machado escreveu sua frase 50 anos antes do Figueiredo.


.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

LER NO BANHEIRO...

.
O grande cartunista Ziraldo, em uma entrevista para a Folha de São Paulo em 21-5-2012, revelou:

"O melhor lugar para ler é o vaso sanitário, tenho uma estante de livros na minha frente. Leio muito no banheiro. Não tem prazer maior do que ler. Quer dizer, tem... [risos]. Mas um dos maiores prazeres do mundo é ler."

Adorei saber isso, pois (sem comparações pretensiosas) sou, como o Ziraldo, um inveterado leitor de banheiro... E, penso eu, que todo grande leitor nunca deixa de ler nas "horas perdidas" no banheiro. Costumo dizer que já li no banheiro muito mais do que a maioria já leu nas escolas e universidades. Aliás, calculo que 70% de minhas leituras são feitas no vaso sanitário... Não sei ir para o banheiro sem algo para ler, seja em casa, seja no serviço, aliás, tenho (como o Ziraldo) uma pequena biblioteca de revistas em meu banheiro, material que vou lendo aos poucos no dia-a-dia. Está certo: o vaso sanitário não é um lugar muito indicado para se praticar algo tão nobre como a leitura, mas porque não aproveitar esse "tempo desperdiçado" em que a gente fica perdido em pensamentos para se informar, instruir, e até mesmo pesquisar? Quando em casa, cada vez que vou ao banheiro, fico pelo menos uns 15 minutos lendo, e calculo que vou no banheiro pelo menos umas 15 vezes por dia, de modo que leio no vaso quase 4 horas por dia!

O Ziraldo disse mais na entrevista:

"Estudar é importante para poder escolher o seu destino, mas ler é muito mais. (...) Sabia conversar sobre tudo, porque lia tudo. (...) Quem vai abrir sua cabeça para sacar suas escolhas é o livro. Se pudesse ler todos os livros do mundo, você seria Deus porque entenderia tudo. (...) Tudo de que você precisa está dentro de um livro. Seu filho não pode chegar à internet sem passar pelo livro. Se não for capaz de escrever o que pensa e de entender o que lê, vai pra internet pra virar um idiota."

Inspirado por mais essas falas do Ziraldo, aproveito para dizer que não é só no banheiro que leio ― p. ex., não sei ficar parado num lugar qualquer, sem ter o que fazer, se não tiver algo em mãos para ler ― sim, já deu para notar que sou viciado em leituras, hábito que me acompanha efetivamente desde os 11 anos. Se vou enfrentar uma fila qualquer, previamente, já levo algo para ler, de modo que não sou o tipo de pessoa que fica conversando com os outros nessa situação ― fico na minha, lendo... Se vou viajar de ônibus, também levo livros e revistas para ler (e pesquisar); até mesmo num ônibus circular, numa viagem rápida, leio, e sou o tipo de leitor que se desliga do mundo e perde o ponto onde deveria descer... Em meu primeiro livro lançado, As Aventuras do Civilico Um Mentiroso na Terra dos Canaviais (1999), um amigo escreveu algo pertinente sobre mim na Introdução: 

"Viciado irremediavelmente em leitura, já se flagrou lendo quando subia uma escada! Ufa!, não era uma escada de pintor de paredes... uma rolante vá lá, o que também não era o caso..." 

Porém, ainda falando do Ziraldo, não vou dizer como ele que sei conversar sobre tudo porque leio de tudo, mesmo porque me acho um péssimo conversador, pessoa que tem dificuldades de se expressar e tem má dicção, de modo que se eu falasse como escrevo, seria feliz, mas reconheço que ler muito me ajudou a ser um conversador melhor, sem a timidez e os "brancos" diante das meninas na época da adolescência. Mas, como o mestre Ziraldo, gosto de ler de tudo ― sou autodidata ―, aliás, como s grandes leitores costumam dizer, leio até bula de remédio... à propósito, a leitura é um ótimo remédio, uma panaceia até, que combate todos os males da humanidade, que só com cultura se constrói um mundo melhor!

Para fechar esta postagem, vou transcrever um trecho de um notável leitor de banhiero: nada mais nada menos que o grande filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que em suas "As Confissões" escreveu:



"La Tribu, famosa alugadora de livros,  fornecia-mos de toda qualidade. Bons e maus tudo servia; eu não escolhia: lia tudo com avidez igual. Lia na mesa de trabalho, lia quando saía a recados, lia na privada e ali ficava esquecido horas inteiras; ficava de cabeça virada com a leitura e nada mais fazia senão ler"
.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

OS 20 PRINCIPAIS LIVROS DE MINHA VIDA



01- "Poesias Completas" - Fagundes Varella, 1965 - minha bíblia da natureza.

02- "Português para o Ginásio" (série) - José Cretella Jr. , 1953 - a literatura brasileira nascia para mim e me cativava para sempre (eram três livros que herdei de meu pai, do seu tempo de estudos de Contabilidade. Ainda tenho dois deles, e guardo-os como um tesouro).

03- “Os Mistérios do Firmamento” - Domingos Grachet, 1949 - o livro que foi meu cicerone do céu.

04- "Discos Voadores" - Desmond Leslie e George Adamski, 1952 - o livro que me fez gostar de discos voadores e do cheiro dos livros antigos.

05- "Os Devaneios do Caminhante Solitário" - Jean Jacques Rousseau - o amor pela solidão em meio à natureza.

06- “Atlas de Astronomia” do Ignácio Puig, 1965 - livro argentino fantástico e cativante sobre Astronomia.

07- "Céus e Terras do Brasil" - Visconde de Taunay, 1882 - o primeiro mestre na arte de escrever sobre a natureza.

08- "Caçando e Pescando por Todo o Brasil" (série à partir da década de 1930) - Francisco Barros Jr. - o segundo mestre na arte de escrever sobre a natureza.

09- “História Natural das Aves do Brasil”  - J. Th. Descourtilz, tradução: Eurico Santos, 1944 - o terceiro mestre na arte de escrever sobre a natureza.

10- “A Lua - Satélite Natural da Terra” - Franklin M. Branley, 1966 - a Lua palmo a palmo.

11- "Revista Combate" - Edit. Taika, déc. 1969-70 - os aviões da II Guerra entram na minha vida.

12- “Não estamos sós” - Walter Sullivan, 1971 - a primeira porta do céu aberta para mim.

13- “O Feijão e o Sonho” - Orígenes Lessa, 1938 - o entender  os artistas excêntricos.

14- "Geração POP - 1972-1979" - Edit. Abril - a minha bíblia do rock.

15- "Inocência" - Visconde de Taunay, 1875 - o mais tocante romance.

16- "Coleção Vovô Felício" - 6 vol. - Vicente de Paulo Guimarães, 1965 - meu primeiro contato com a literatura infantil.

18- "Manual do Escoteiro Mirim" - Walt Disney, 1971 - o primeiro guia da natureza.

19- "Os Bichos" - 6 vol. - Edit. Abril, 1974 - a biofilia entra na minha vida definitivamente.

20- "Os Meus Balões" - Santos Dumont, 1938 - o amor pela aeronáutica.

.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

DO ALÉM - trechos de um livro meu em construção

Aqui vão algumas frases e pensamentos criadas por mim, extraídas de um livro que venho fazendo aos poucos. Neste livro, fui ou recriando frases ou inventando pensamentos seguindo a linha de raciocínio ou estilo de cada personagem inserido nele, como se eu fosse um médium espírita que os tivesse psicografado.

"O mais é onanismo sem esperança de filhos." (Carlos Drummond de Andrade, poeta)
#
"Pesadelo que se sonha só, é um pesadelo que se sonha só, mas pesadelo que se sonha junto é despertar com a sogra em nossa cama." (Raul Seixas, cantor)
#
"Uma artista com uma grande carreira pelas costas".
(Constance Bennet, atriz, sobre a Mulher Melancia)
#
"E que seja infinito enquanto duro." (Vinícius de Moraes, poeta)
#
"A Astronomia está para a Astrologia assim como a Química está para a Alquimia." (Pierre Janet, psicólogo e neurologista)
#
"O Ernesto alguém enterrou
Num canto qualquer de La Paz
Nós fomos não encontremos o Tchê
Nóis fiquêmo cuma baita de uma réiva
A outra vez, nóis não vai mais."
(Adoniram Barbosa)
#
"Quando eu andava armado, costumava dizer: 'Antes de o ladrão
me mandar para o sétimo céu, eu mando ele para o quinto dos infernos.'" (Dante Alighieri, escritor)
#
"A ruína do sábio: ter conhecimento mas humilhar à quem não conhece; ter didática e não praticá-la; desconhecer algo, não admitir que desconhece e se recusar a conhecê-lo". (São Beda)
#
"O matar muitos é heroísmo, o matar poucos é crime: o matar como
militar faz os condecorados, o matar como civil os condenados." (Padre Antonio Vieira)
#
"O mundo divide-se entre os que raciocinam por si próprios e o que raciocinam com a coletividade." (Nelson Rodrigues, dramaturgo)
#
"- Cavalheiro, esta é a primeira vez que vejo uma barata se salvar de um afogamento, nadando para uma bosta que flutua..." (Wiston Churchill, político e estadista)
#

* A ilustração deste POST é de minha autoria e se chama "O Caixão do Ilusionista"