quarta-feira, 8 de agosto de 2012

CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPUZ DO MITO SACI E O BARRETE USADO PELOS NEGROS ESCRAVOS DO BRASIL


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"Seu boné vermelho é mágico: aí reside o seu 'encanto', seu poder, sua capacidade excepcional para travessuras; apoderar-se do boné do 'capetinha' é dominá-lo. Pois bem: essa carapuça vermelha corresponde ao píleo usado, em Roma antiga, por escravos libertos, como símbolo de sua emancipação; e é irmão do barrete frígio vermelho usado pelos franceses após a queda da Bastilha, em 1879, simbolizando as recém-conquistadas liberdades democráticas. Mas o Saci não veio da Europa; deve ter surgido no Brasil (no sul-sudeste?) por volta do final do século XVIII, uma vez que não consta nenhuma citação a seu respeito, em escritos de sacerdotes, cronistas e viajantes dos dois primeiros séculos. Perece ter, na origem, alguma aproximação com o Curupira e com a ave chamada saci, também ligado às circunstâncias sociais da escravidão (como no caso do Negrinho do Pastoreio)"

Fonte: PELEGRINI FILHO, Américo. Literatura folclórica. Edit. Nova Stella - USP. São Paulo, 1986, págs. 43-44.

A pintura, de 1827, é do explorador Charles Landseer, um então jovem artista inglês em início de carreira, que foi enviado ao Brasil em 1825, integrando uma importante missão diplomática britânica. Notar o capuz vermelho do escravo junto ao pilar!

A associação da pintura ao texto do Pelegrini é minha, e quero insinuar que, realmente, a pintura pode validar a opinião do pesquisador, a de que o Saci é mito genuinamente nacional, e talvez surgido nesta mesma época!

terça-feira, 19 de junho de 2012

PRECOCES DEMONSTRAÇÕES DE UMA GRANDE AMIZADE!



O meu grande amiguinho Yan Matheus, por volta dos 2 anos de vida ou pouco mais, tinha a agradável mania de me contar tudo o que ele via ou aprendia na escola Dentinho de Leite. Todo final de tarde era a mesma coisa: mal ele me via, vinha todo feliz me falar das novidades daquele dia. Eram esses um dos momentos mais agradáveis do dia, que era um verdadeiro prazer ouvi-lo nestas horas contando todo empolgado as novidades trazidas da escolinha!

Um certo dia, estando eu, como sempre, com minha máquina fotográfica - e fotografar o Yan era a minha grande alegria -, ele fez questão de me mostrar um gesto que aprendera naquela tarde: ele pegou minha mão e me fez abaixar à altura dele. Depois, como se fosse me contar a coisa mais legal do mundo, se ajoelhou sobre uma só perna, inclinou sua cabecinha para o lado e se deixou fotografar! E eu fiquei ali, intrigado, tentando decifrar o que significava para ele aquela pose e o que ele queria me passar. Era um gesto inocente, mas incomum numa criança de sua idade, e isto mexeu comigo a tal ponto, que eu tentei, de alguma maneira, saber como ele havia aprendido aquilo, quem lhe havia ensinado, ou se ele viu alguém ajoelhar-se daquele modo, gostou da pose e o imitou, mas, por mais eu que tentasse, ele nada conseguiu me dizer. Era compreensível, pois, com a idade que tinha, o Yan ainda não sabia se expressar com clareza.

 O ajoelhar-se, desnecessário dizer, é um gesto corriqueiro entre os religiosos no mundo inteiro, mas não creio que o Yan aprendera o gesto quando, talvez, lhe ensinaram a orar na escolinha, pois não é comum neste ato alguém se ajoelhar sobre uma só perna, mas sim com as duas. E a expressão de seu rostinho não era de um tom de súplica, de alguém que, contrito, pede algo em silêncio, mas atitude de discreta alegria. Além disso, ele não juntou as mãos em prece e inclinou a cabeça para baixo, mas o fez todo satisfeito, dizendo: "Veja, tio, que legal!"

Fiquei por anos à fio com essa imagem na cabeça, sem saber o que o meu amiguinho quis me passar com esse gesto aquele dia, mas, depois que vi na TV essa mesma pose feito por um ator, é que fui me dar conta daquilo o pequeno Yan talvez houvesse visto e imitado: era um gesto teatral, o típico gesto de reverência, comum nos filmes antigos, em que um cavaleiro se ajoelha diante de um súdito, retira seu chapéu colocando-o no peito, e o reverencia. Muito provavelmente, o Yan deve ter visto um vídeo ou uma encenação teatral na escolinha e achou interessante o gesto de agachar-se sobre uma só perna.


No começo deste ano, um jogador da NFL, a liga profissional de futebol americano, o quarterback Tim Tebow foi considerado a grande sensação da temporada por seu gesto de ajoelhar-se desse mesmo modo após cada jogo, embora o fizesse como se estivesse orando. O ato virou mania nos meios esportivos e, desde então, tem sido repetido em diferentes circunstâncias. E o ibope foi tanto que surgiu um blog no portal Tumblr, o Tebowing, que coleciona imagens feitas pelos internautas. Em menos de uma semana, após o gesto de Tim na quadra de esportes, o site tinha recebido mais de 120 mil vistas. Surpreendentemente, o "tebowing", como passou a ser chamado seu gesto, tem influenciado religiosos e ateus no mundo inteiro, e já foi um dos assuntos mais populares no twitter dos EUA na ocasião.

Quanto ao gesto do pequeno Yan, vou atravessar a existência com essa doce imagem gravada em meu coração, mesmo sem saber ao certo o que aquilo significou para ele e o que ele queria me passar. Para mim, mesmo sem saber do que se tratava realmente, o gesto significou muito, e eu já vou dizer o porquê. Obviamente, não era uma repetição do tebowing, embora o Yan saíra da escola aquele dia com uma satisfação igual à de um jogador que vencera uma grande partida; aliás, o tebowing aconteceu anos depois de o Yan me mostrar esse gesto. Tampouco, repito, se tratava do tradicional gesto religioso. Vale dizer que, hoje, embora há tempos eu não o veja, eu considero o Yan o meu melhor amigo, e desconfio que a recíproca é verdadeira. Nem quero comentar da imensa saudade que sinto dele, de sua companhia cativante. Enfim, como se diz, sonhar não custa nada, e, às vezes, eu me ponho a imaginar que se aquele dia o Yan, estando com seu bonezinho na cabeça (que ele aprendeu a usar comigo), que lindo seria ele me mostrando esse gesto secular, se ajoelhando diante de mim e levando o boné ao peito, reverenciando aquele que talvez seja o seu melhor amigo, e que tanto gostava de brincar com ele e fotografá-lo em todas as ocasiões!...
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terça-feira, 19 de julho de 2011

TOM JOBIM E A FÓRMULA DE SUA MÚSICA: MULHER + NATUREZA...

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Existiam duas coisas na vida do telúrico e inspirado mestre Tom Jobim que se tornaram os ingredientes principais de sua música: a natureza e a mulher brasileira.
As frases abaixo, foram compiladas por mim, extraídas de meu arquivo particular, com centenas matérias e reportagens que venho colecionando ao longo dos anos sobre o Tom. Nelas, podemos nos certificar do que mdigo, bem como notar o seu indefectível bom humor, além da grande falta que ele nos faz.
Em se falando de música, poucas inteligências e talentos criativos puderam ombrear à altura com ele neste país, terra ingrata em que alguns críticos insensatos o trataram de maneira injusta e impiedosa.
Para os que não sabem, Tom Jobim começou a gostar de natureza a partir de férias passadas nas cidades paulistas de Rio Claro e Guaratinguetá, e finalmente no Rio de Janeiro, mais especificamemente numa casa no Jardim Botânico. Sobre os recantos naturais que edificaram o sensível amante da natureza, ele lamentou: "Os lugares em que me inspirei estão sendo destruídos sistematicamente por essa raiva que o homem tem do planeta."
Aqui, suas frases e pensamentos:

"Quando uma árvore é cortada ela renasce em outro lugar. Quando eu morrer quero ir para esse lugar, onde as árvores vivem em paz."

“Eu tava no interior do Estado do Rio, lugar de mato, beira de rio... ‘mato’, maneira de dizer, porque mato no Brasil hoje tá difícil. Quase todo brasileiro tem uma caixa de fósforo, né... A gente devia ter licença pra porte de caixa de fósforo. Se parar de chover três dias, um fósforo pode matar muito mais que uma arma. Um tiro pode matar no máximo uma árvore. Sabe que tiro mata árvore também? Se pegar na medula, no cerne. Pergunta no interior que vão confirmar isso. Pois é, mas um fósforo pode matar uma floresta inteira.”

"Cada mulher que não tenho é uma música que eu faço."

"Te espero no chão macio da floresta, com amor, com carinho, com floresta e passarinho."

"Não vejo esperança nem para o bicho e nem para as plantas."

"Estou pensando muito em bicho, porque estou achando o homem uma bobagem, uma chatice."

"Toda a minha obra é inspirada na Mata Atlântica."

"Tenho falado de serra, mato e passarinho. Mas o brasileiro se interessa só por carro e apartamento."

"Sem mato, ar e bicho não há música."

"Outro dia fui no mato piar inhambu e o que saiu detrás da moita foi um Volkswagen."

"O paraíso terrestre fica no Brasil."

"E o amor pela natureza se confunde com o amor pela mulher."

"Digo que minha música vem da natureza, agora mais do que nunca. Amo as árvores, as pedras, os passarinhos. Acho medonho que a gente esteja contribuindo para destruir as coisas." (Gente de Sucesso. A vida de Tom Jobim. Editora Rio Cultura, 1982)



BIBLIOGRAFIA: consultar o autor
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quinta-feira, 14 de julho de 2011

TONICO RIGUIDÃO, O MAIS ESPERTO DOS TIPOS POPULARES DA ARARAS ANTIGA *

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“Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia, um pobre coitado, de pouca inteligência que vivia de pequenos bicos e esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 réis e outra menor, de 2.000 réis.
Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
Eu sei - respondeu o tolo assim: – Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda.

A história acima é antiga, e não se sabe quem é seu autor. Porém, quem foi contemporâneo do tipo popular ararense conhecido como Tonico Riguidão, que vivera em meados do século passado, poderia ao lê-la pensar que se tratasse de mais uma das cômicas histórias que ele estrelara. 

Este curioso sujeito, assim como o Preto Salomé, também costumava carregar um porrete de madeira consigo, mas, ao contrário deste, usava-o como um instrumento musical - para ser mais preciso, como um violão!... Nisto, lembrava o tipo popular Adão Soares citado no livro História de Uberaba (1974) de José Mendonça, que possuía instrumento igual e de igual finalidade. Na ilustração, o Tonico Riguidão em pintura de Juca Quintaes, ano 1972.

Era comum vê-lo encostado num poste de uma esquina qualquer, com seu instrumento nas mãos do qual nunca se separava. E ali, entretido consigo mesmo, dedilhava maquinalmente as cordas imaginárias de seu rústico instrumento. O escritor Emílio Wolff, que teve a oportunidade de presenciá-lo numa destas horas, escreveu: “(...) na posição de viola, como quem afina: Dim, dliii, dliii, para depois fingir que toca e canta: Reguidão, dão, dão...”. Era um tipo louco, mas não louco à ponto de não saber o que fazia – o Tonico Riguidão era espertíssimo, como se verá.

 Era um tipo louco, mas não louco à ponto de não saber o que fazia — o Tonico Riguidão era espertíssimo, como se verá. Chapéu velho quebrado à esquerda, rosto vincado pelos anos, os olhos empapuçados, bigode e cavanhaque à moda caipira, lábios porém com inapagável expressão irônica, jamais era encontrado sem seu estimado “violão”. Sua voz estranha, deturpada pela vida incerta que levava, era coro dissonante em meio as famosos seresteiros que alegravam as ruas daquele tempo. Não precisava ser instado para cantar, pois cantava sem qualquer cerimônia – seja para afugentar alguma tristeza, seja para festejar a alegria em que se encontrava. Na verdade, tudo era motivo para cantorias para o Tonico Riguidão, e o dedilhar vago e abstrato de seu cajado era o que tudo o que lhe bastava para se realizar em seus anseios boêmios, ainda que cantarolasse sozinho.

Cardoso Silva, que também o conheceu, traçou umas rápidas linhas, destacando as proezas burlescas do esperto “malandro”:

“(..) era malandro. Nunca mais tive noticias dele. Tapeava meio mundo pra conseguir prato de comida e dinheiro pra cachaça. Era andarilho. Amanhecia em Leme e entardecia em Araras. Não era bem negro. Creio que de tanto sol que tomara, ficou vermelho. Um vermelho indígena. O apelido era uma delícia: ‘Tonico Riguidão’. Por quê? Tinha a mania de estender aos braços o cajado tosco, a imitar um violão, e, cantarolava, gesticulando com as mãos como se executasse o instrumento-alma do Brasil, a fazer: ‘Riguidão’, dão, dão... Riguidão, dão, dão!’ Tonico Riguidão’ tinha o delírio episódico das distâncias. Era uma espécie de embaixador de todas as caravanas possíveis. Como andava! Pra mim, há-de continuar andando por esse vasta mundo sem termo!”

Como numa versão humana da cigarra - a da parábola da cigarra e a formiga -, mas uma cigarra mais esperta, diziam que o homem não gostava de trabalhar, mas tão somente em levar vida de andarilho e cantar e dedilhar em seu tôsco instrumento, e era justamente nisto que residia a sua esperteza. No desenho ao lado, de autoria do Emílio Wolff, o Tonico com seu inseparável “violão”.

Já à primeira vista, lia-se na sua fisionomia o passaporte de andarilho, o selo de forasteiro que não para em lugar algum, os caçados surrados e a pele cozida de muitas insolações. Todos sabiam das suas condenáveis manias de enganar as pessoas, mas perdoavam-no uma vez que os meios que usava para conseguir o que queria sempre acabavam despertando o riso de todos. E assim vivia, seja pedindo um prato de comida aqui, seja implorando um trago de pinga ali, ou mesmo se oferecendo para um serviço braçal numa casa qualquer - era quando as pessoas começavam a desconfiar que ele estava prestes a aprontar alguma, afinal, o homem não era mesmo chegado num batente!... Não há registros de que freqüentasse ambientes baixos e era amigos de pagodes e serestas, mesmo porque não tocava instrumento algum. 

Além de dedilhar em seu porrete, gostava também de imitar trens fazendo manobras, manobras estas que passaram a ser sua marca registrada. Nestas horas, chamava deveras a atenção de quem quer que fosse ? paravam para ver; riam; apupavam; descriam; meneavam a cabeça em desaprovação... Entretido consigo mesmo, fazia todos os ruídos e papéis possíveis dos envolvidos com o cotidiano ferroviário: o chefe do trem, o foguista, o maquinista, o guarda freios etc. E lá ia ele em seu particular espetáculo: corria, diminuía a marcha, avançava um pouco, aumentava o ritmo, armava os braços e antebraços em cotovelo angulado, e movia-os girando para frente e para trás como as alavancas que impulsionam as rodas das locomotivas. Ao mesmo tempo, toda aquela “sonoplastia” de alguém que só pode ter ficado observando e mentalizando por horas a fio as manobras dos trens...  E a boca imitando os sons correspondentes de partida, o apito do chefe do trem, o resfolegar, o chiar entre lábios das descargas de vapor; freava... tchi-tchi, tchi-tchiii..., e em seguida crack da batida dos vagões engatados por ocasião da frenagem... E o show devia continuar... o ato de jogar a lenha na fornalha; puxava a corda do apito e novamente apitava, outra partida, tocava a máquina para a frente à toda brida, levantava o braço; mãos em punho puxava as alavancas... Tudo isto acompanhando os gestos e mais gestos e o escambau! Partia enfim, avançava e se ia, às vezes em ritmo frenético como um trem descendo serra; depois, a subida, o resfolegar lento... O ápice das manobras era quando o trem virava numa curva, uma surpresa... 

Contemporâneos seus ainda vivos (2013), mantém-se fiéis à tradição, não ocorrendo a menor discrepância entre seus relatos à respeito destas suas curiosas características. Os episódios que se narram sobre as coisas que aprontou não divergem absolutamente da personalidade que ele ostentava — armava peças dignas de um grande comediante. Por outro lado, algumas pessoas consultadas que o conheceram, e até viram cumprindo sua sina de desajustado, nada acrescentaram. 

Mas acontece que o Tonico se viu envolvido em diversos causos engraçados na cidade, e chegou mesmo a armar situações dignas de um grande comediante, e nunca será demais relembrar uma delas, história clássica, recolhida pelo Emilio Wolff, que, por sinal, nada fica a dever à história da introdução deste capítulo, a do idiota esperto e as moedas:

“Certa ocasião, passando em frente da casa do Juiz de Direito, viu descarregarem a lenha de um carroção.
Aproximou-se e disse ao Juiz:
– Dotô, qué que eu recolho a lenha?
– Pois não, respondeu o Juiz.
– Mais, Dotô, eu ainda não comi e estou com fome. Saco vazio não para em pé.
O Juiz mandou-o entrar e dar comida.
Tonico saiu para rua, viu o montão de lenha e foi logo dizendo:
– Seu Dotô... Saco vazio não pára em pé, mas saco cheio não dobra. Dotô, enquanto o estango fais digestão, vô mostrá como o trem fais manobra.
– Como? perguntou o Juiz.
– Olha Dotô. É assim. E imitou um apito prolongado, movimentou o braço como pistão de máquina a soltar vapor por todos os lados, andou para frente e para trás diversas vezes, imitou manobra. E depois disse: Olha, Dotô, agora ele vai virar na curva. Dobrou a esquina e até hoje não apareceu para recolher a lenha.”

À esta altura, fica claro que o fato de agir assim, ludibriando inocentemente as pessoas, era uma estratégia sabiamente utilizada para obter dividendos. Uma coisa é certa: o Tonico Riguidão podia ser louco, mas de esperteza, ah, disso ele não carecia não!...

Como sói à estes tipos, ninguém sabia seu nome de batismo, de que família era e de onde era natural. Também nada se escreveu sobre o destino que teve, assim como nada se revelou sobre o que empreendera nas terras remotas - quiçá do vício e da perdição -, por onde errara em seus enigmáticos sumiços. Sim, é provável que se perdera mesmo, devido a essa vida errante de que falara Cardoso Silva, e, assim, a esperta cigarra humana se fora “andando por esse vasto mundo sem termo”, partindo em seu trem particular... e sumindo para nunca mais voltar ...


* Capítulo de um livro meu em andamento, "Tipos populares de rua da Araras antiga", onde disseco 36 tipos que viveram no século 20.

BIBLIOGRAFIA: 4 fontes. Consultar autor.

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domingo, 3 de julho de 2011

ABSURDOS SOBRE O MUNDO DO ROCK NA IMPRENSA BRASILEIRA

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Hoje, garimpado diretamente de meus alfarrábios e arquivos de matérias sobre o mundo do rock, vou postar aqui três preciosidades publicadas na imprensa brasileira, verdadeiros absurdos de gente que não sabia o que estava escrevendo.

Colunista do Notícias Populares mata o guitarrista Steve Vai!!!...


O colunista ouviu o galo cantar e não sabia onde: confundiu o Steve Vai com o Stevie Ray Vaughan!... Notar que a notícia é de 6/10/1990, e o Stevie faleceu em 27/08/1990, portanto, passados quase dois meses, e o sujeito ainda não sabia da verdade!... o "rock é bicho esperto", mas o colunista não...

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Judas Priest influenciou Black Sabbath e Led! ...


E não é que o sujeito conseguiu inverter o curso da História!!...

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"O guitarrista e roqueiro Led Zeppelin"...

Superinteressante esta notinha!... Aliás, é uma revista de "extremos"... Esta revista vai longe!...

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

JORNAL HIT POP, DE MARÇO DE 1973 PARA BAIXAR!

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Mai uma edição do Jornal HIT POP, esta de março de 1973:





























Principais matérias:

- Jackson Five;
- Billy Paul em São Paulo;
- Alice Cooper chega em abril;
- Cat Stevens

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Secos & Molhados no Maracãnazinho;
- Mick Taylor no Rio de Janeiro;
- Maria Alcina: 2º LP;
- e muito mais!


LINK para baixar:

http://uploaddearquivos.com.br/download/Jornal-HIT-POP.-Maro-1974.pdf

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domingo, 28 de novembro de 2010

AS FANTÁSTICAS "FILMAGENS" DO CÉU ESTRELADO NA TÉCNICA DE VÍDEOS TIME-LAPSE

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Vídeos em TIME-LAPSE

Time-lapse é uma técnica na qual se fotografa uma mesma cena em determinados intervalos, criando uma ilusão no tempo. Depois as fotos são montadas sequencialmente quadro a quadro para dar a ilusão de um filme.

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Céu estrelado do lado Sul, em vídeo time-lapse feito num local próximo à Coonabarabr, Austrália, em março de 2008. A "mancha" negra ao centro da Via Láctea, é o chamado "Saco de Carvão", situado junto ao Cruzeiro-do-Sul.
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Criar vídeos em TIME-LAPSE
A técnica é simples, mas requer-se paciência. Para registrar as imagens você pode usar uma webcam com tripé e o programa Yet Another WebCAM Software, uma opção gratuita para gravar as fotos automaticamente. Pode-se usar também uma câmera digital ou programa para celular que faça registros sequênciais, que permitem fazer registros com maior qualidade artística.

O intervalo entre as fotos depende do tamanho do filme que você quer fazer. Pode-se fazer um vídeo, p. ex., com fotos em intervalos de 10 minutos entre cada quadro. Para registrar eventos mais rápidos, o intervalo de 1 segundo pode ser suficiente. Depois é só juntar tudo em um filme. O softwares a ser usado pode ser o da Adobe, Premiere CS 3. Alguns sites sugerem o uso do Quicktime Pro, mas até o Windows Movie Maker faz esse serviço. É só importar as fotos no programa e aumentar a velocidade de exibição.

Há câmeras fotográficas da Cannon, que têm um hack nelas que permite criar até scripts em BASIC para tirar fotos em determinados tempos. Outras Câmeras possuem modo Burst.

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Vídeo time-lapse feito na Austrália, mostrando a rotação do céu estrelado em torno do eixo celeste Sul. Notar à esquerda uma "mancha" clara, a Grande Nuvem de Magalhães. A "mancha" negra que desce do alto do lado direito do vídeo é o já citado "Saco de Carvão", situado junto ao Cruzeiro-do-Sul.
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Vídeo time-lapse mostrando o nascimento da Via Láctea sobre Gold Coast of Queen. Notar os relâmpagos junto ao horizonte direito
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Vídeo time-lapse mostrando céu estrelado sobre Fort Davis, Texas, usando uma lente olho-de-peixe 15mm.
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Vídeo time-lapse mostrando o céu estrelado em alta rotação. Acima da casa a aurora aparece por um curto período de tempo. A filmagem está em rotação acelerada, e as luzes que passam rápidas pelos céu são aviões, satélites e meteoritos. Alguns pontos luminosos imóveis no céu são manchas na lente ou reflexo em vidraça.
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Curioso vídeo-time-lapse mostrando a Via Láctea e a estrela Alpha Centauri. As fotos foram feitas com lente olho-de-peixe. As duas "manchas" brancas abaixo da Via Láctea são a Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães.
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Belíssimo vídeo em técnica time-lapse, mostrando uma noite de verão e Lua Nova, com o nascimento da Via Láctea, feita com o telescópio de 1.8 metros do Observatório Spacewatch.
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Montagem com três vídeos em técnica time-lapse mostrando o céu noturno sobre a Namíbia, África meridional. No segundo vídeo, vê-se a constelação de Escorpião se elevando no céu. Sobre o horizonte oeste, vê-se o clarão difuso da Luz Zodiacal (aos 10 segundos). A terceira vista mostra a rotação aparente de céu em torno do Polo Sul celeste. Não há nenhuma estrela brilhante do polo no hemisfério do sul, mas se pode ver as Nuvens de Magalhães e galáxias vizinhas escondendo atrás das árvores. A constelação que passa acima do horizonte do lado direito é a Ursa Maior.
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Vídeo time-lapse mostrando o centro da Via Láctea, em fotos feitas no observatório A.S.I.G.N. A constelação que desce sobre a cúpula do observatório é a de Escorpião.
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Belíssimos vídeos time-lapse mostrando a Via Láctea, em fotos feitas com o telescópio do observatório Paranal, Chile. No segundo vídeo, vê-ses a Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães à esquerda da cúpula do observatório.
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Vídeos em técnica time-lapse mostrando a passagem da Via Láctea.
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Via Láctea e Luz Zodiacal sobre os vulcões Parinacota and Pomerape, Cordilheira dos Andes, Lauca National Park, na fronteira entre Bolívia e Chile.
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Vídeo na técnica time-lapse feito no observatório chileno de Paranal.
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Eclipse Total da Lua - 27 de outubro de 2004.
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