quinta-feira, 16 de março de 2023

ANUM NA FRANÇA?!...

Ler mais um de um livro simultaneamente - o que é o meu caso - pode trazer confusões. No momento, estou lendo quatro livros alternadamente: um no banheiro, um no sofá, um em frente ao computador e outro quando vou para a cidade. 

E por que eu disse que pode trazer confusões? Pois bem: em certa passagem de um deles, reparei que o escritor se referiu ao pássaro anum, e aí eu perguntei:” Caracas, anum na França?!" 

Mas acontece que eu havia confundido dois livros: um escrito no Brasil (A Bagaceira), e outro na Europa (A Masmorra), e o anum era citado no livro brasileiro…



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sábado, 4 de março de 2023

CEMITÉRIOS-ZOOLÓGICOS: A INSANIDADE!...

...mas acontece que a chamada Geração Nutella já está querendo enterrar cães e gatos em cemitérios humanos! 

Convém lembrar que a doção de pts não se resume a cães & gatos, que há outras variedades de pets, como porco, iguana, furão, jibóia e outras cobras, rato twister, gambá, chinchila, urubu, peixes, galos e galinhas, tarântula, cavalos, tartarugas, capivara, lhama, tigre, teiú, sagui e outros macacos, pato-carolino, cisne, ferret, coelhos, porquinho-da-índia, araras, papagaios, periquitos, corujas, calopsitas, cacatuas, vira-bosta e outros pássaros, e agora o bode! ...


E então, como vai ficar esta insanidade da geração tetéia, lembrando que há seres humanos que não tem onde cair mortos, não tem um simples jazigo! Resumo: em breve, a geração “do amor” transformará nossos sagrados cemitérios em cemitérios-zoológicos!... 

Fico imaginando um tetéia levando flores para seu urubu, sua jibóia, seu  porco, seu gambá, sua querida e insubstituível  tarântula falecida, chorando aos pé do túmulo!... Convenhamos!

Numa palavra: nada que uma boa camisa-de-força não resolva!...

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

A MORTE INESPERADA DE UM GÊNIO DA GUITARRA!

Faleceu dia 10 passado um dos maiores e mais inovadores guitarristas da História do Rock, Jeff Beck, aos 78 anos, morte lamentadíssima na mídia, e que pegou todos de surpresa! 

Mesmo que você não goste de rock, te peço, amigos (as), que ouça esta música, que é de um estilo que eu curto muito, a Space Music, música de um estilo viajantíssimo, espacial, meditativo e flutuante! 

Então, amigos (as), aqui vai "Where Were You" (Onde Você Estava), que é a que eu mais gosto dele neste estilo. 

Vale a pena a audição, pois é belíssima, e sugiro ouvir à noite, deitado (a) e com a luz apagada, ou melçhor, sozinho no meio do mato com noite estrelada. 

E, boa viagem às esferas!




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A TÉCNICA DE APERFEIÇOAMENTO LITERÁRIO PELO MÉTODO DA PARÁFRASE, OU SEJA, A RECRIAÇÃO DE UM TEXTO ALHEIO, MANTENDO-SE A MESMA IDEIA CENTRAL, MAS PROCURANDO,SE POSSÍVEL, "MELHORAR" (OU SUPERAR...) O ORIGINAL.



TEXTO UTILIZADO:

“Sempre em contato com a natureza, os protagonistas têm na paisagem bucólica os pontos de referência que se vão constituindo focos evocativos dos acontecimentos fundamentais de sua existência. As árvores, as montanhas, as fontes, as ermidas operam como forças vivas sobre as personagens, exatamente pela comunicação afetiva, dos fatos aos elementos da natureza onde se processa."

FONTE: Biblioteca do Estudante. Obras Imortais de Nossa Literatura. Júlio Diniz. Vol. 7.


TEXTO RECRIADO POR MIM:

Ali, numa íntima e constante relação com a natureza circundante, naquele panorama bucólico e convidativo, amealhava eu, precocemente, um espólio sentimental que, vida afora, foi se tornando uma fonte de gatilhos evocativos das inúmeras e marcantes experiências de minha saudosa meninice. Reservas de matas e capões de cerrado, campos naturais ou plantações, morros e planuras, córregos e rios, grandes fazendas ou pequenos sítios, todos, que, por seu apelo irresistível, atuavam como forças telúricas em meu psiquismo em formação nos palcos e cenários onde eu me aventurava.

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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

A "ARTE DE COMPOR MÚSICAS

Compor músicas, inspirado por meus ídolos (e eu não escondo isto), poderia dizer que é uma forma de "demonstrar" erudição, diversidade e um profundo conhecimento do trabalho destes meus queridos mestres (e eles são muitos, e de diversos estilos). 

É também uma forma de deferência e veneração às suas obras, que tanto estimo e que inspiraram as canções que compus. 

Também, diria, que elas evidenciam a minha capacidade, como artista criador, de reaproveitar elementos positivos destes obras em um novo contexto, contexto este que são as minhas próprias músicas... rsrsrsrsrs... 

E nisto, a minha enorme gratidão vai para o infelizmente falecido Gonzaguinha - meu mestre-supremo nesta forma de arte -, que é o artista que sempre me inspirou na maioria das músicas que compuz! Ele é a minha maior referência!



* Na foto, eu, aos meus 20 anos, compondo minha segunda música, estilo MPB.

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

O FUNK CARIOCA E O USO ABUSIVO DO AUTO-TUNE...

 PRONTO, FALEI!!!.;..

Os músicos do Rock Progressivo, bem como os da Disco Music e da música Pop, fizeram um uso maravilhoso, bem dosado e de bom gosto com o recurso eletrônico para alterar voz chamado Vocoder. Já os imbecis do funk carioca, fazem UM uso abusivo e insuportável do Auto-Tune - na verdade, um aparelho para afinar a voz -, e não tem uma música que não gravem que não colocam este efeito horrível na voz, de modo que o que era para ser um meio, acabou se tornando um fim. Tem que ser muito amador e anti profissional para lidar com música desta maneira, sem critério e sem parcimônia, se é que se pode chamar este lixo de música…


O  velho e analógico Vocoder:


O onipresente digital Auto-tune:



Ouça aqui o uso do Vocoder neste grande sucesso da banda de Disco Music,
 a Earth, Wind & Fire em "Let's groove tonight" (1981)



Ouça agora "Autobahn" (1978), da banda de música eletrônica alemã Kraftwerk:



Exemplos de funk carioca usando a merda do Auto-Tune eu não vou colocar, e desnecessário dizer o porquê...
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domingo, 9 de outubro de 2022

REGIME MILITAR: TEMPO DE PAZ, AMOR E MASSAVILHAS…

Eu tenho inúmeras coleções de revistas de rock dos anos 70 e 80, e Ditadura era um assunto que raramente entrava nas pautas das reportagens e os músicos mal se referiam à ela, pelo contrário, só falavam maravilhas... Motivo: todo mundo tocou, compôs, fez shows, gravou, foi nas TVs, e curtiram adoidado a Contracultura. 

Aconteceram problemas? Certamente que sim, mas raros problemas graves, e se aconteceu, é porque o músico ou a banda se envolveu em subversão e comunismo, cutucando a onça com vara curta. O próprio Osvaldo Vecchione do Made in Brazil (o show do tanque) admitiu que erraram ao cutucar os militares com seu show “Massacre” e foram censurados! 

Oras, e o Alice Cooper - o inimigo público nº 1 dos EUA, o terror das famílias conservadoras e tradicionais norte-americanas, à violência explícita, cobras, espadas, guilhotina, camisa de força, etc. e os militares não deram um pio, inclusive, a banda teve de fazer um show especial para eles e, até o momento, nada consta de repressão ou censura! Aliás, crianças foram aos shows! E, então?! 

E, por outro lado, o que dizer das vigilâncias do Regime Militar contra os avanços do comunismo, que estimulou a criatividade dos músicos daqueles tempos, em especial os da MPB? Quantas obras primas não foram criadas e inspiradas por aquela situação? Pois é…

Na verdade, o grande problema da maioria das bandas de rock brasileiras eram as gravadoras, pois era muito difícil gravar e dar continuidade à vida e ao projeto da banda. A maioria das bandas acabou por isso, por não poderem registar expor suas obras (não comerciais = não vendáveis) ao País. Mesmo assim, havia shows a rodo e festivais ocasionais por todo o País, suprindo a galera ávida por rock. 

Agora, computando no geral, depois de tudo passado, alguns músicos daquela época querem inventar falsas narrativas falando horrores do Regime Militar, como se tivessem esmagados por uma máquina! Menos, menos!... Ponham a mão na consciência! Obviamente, houve delegados e militares preconceituosos com “cabeludos vagabundos e drogados” que agiram arbitrariamente e, sem o aval (e até conhecimento) dos superiores, agiram à sua maneira, fazendo muita gente ser presa por arruaças e drogas, bebedeiras, ter o cabelo cortado e banho forçado etc., mas eram casos isolados e não rotineiros. Uma grande verdade é que havia muita “neura” em relação aos “óme”... 

Vale lembrar de compositores inteligentes e letristas notáveis, como, p. ex., o Chico Buarque e o Gonzaguinha, que apesar de muito censurados, conseguiam driblar a Censura e falar de forma cifrada o que bem entendiam. Definitivamente, militarismo não era tema recorrente no rock setentista brasileiro, e quem protestava contra a guerra (Vietnan) bem sabemos de que pátria era. Nossos rockeiros tinham mais o que fazer, falando das massavilhas da Contracultura.

Que se fique claro: uma coisa era a temática “sexo, drogas & rock’n’roll” dos rockeiros; outra, bem diferente, as dos cantores de música de protesto, vide Vandré, Sérgio Ricardo, João do Vale etc., e geralmente eram este que arrumavam encrenca com o Regime, portanto, convém não misturar as coisas!

Já li depoimento memoriais e bibliográficos da maioria das bandas e artistas de rock setentistas, e quase todas passam ao largo do assunto ditadura, provando que nada ou pouco sofreram.

Oras, a maioria dos brasileiros conterrâneos daqueles criativos e fecundos tempos de paz & amor tem uma admiração e saudade danada de tudo o que viveram, e, tenham a certeza, que se houvesse uma máquina do tempo, podem crer que os rockeiros brasileiros eram os primeiros da fila para retornar àquelas massavilhas!