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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

O FUNK CARIOCA E O USO ABUSIVO DO AUTO-TUNE...

 PRONTO, FALEI!!!.;..

Os músicos do Rock Progressivo, bem como os da Disco Music e da música Pop, fizeram um uso maravilhoso, bem dosado e de bom gosto com o recurso eletrônico para alterar voz chamado Vocoder. Já os imbecis do funk carioca, fazem UM uso abusivo e insuportável do Auto-Tune - na verdade, um aparelho para afinar a voz -, e não tem uma música que não gravem que não colocam este efeito horrível na voz, de modo que o que era para ser um meio, acabou se tornando um fim. Tem que ser muito amador e anti profissional para lidar com música desta maneira, sem critério e sem parcimônia, se é que se pode chamar este lixo de música…


O  velho e analógico Vocoder:


O onipresente digital Auto-tune:



Ouça aqui o uso do Vocoder neste grande sucesso da banda de Disco Music,
 a Earth, Wind & Fire em "Let's groove tonight" (1981)



Ouça agora "Autobahn" (1978), da banda de música eletrônica alemã Kraftwerk:



Exemplos de funk carioca usando a merda do Auto-Tune eu não vou colocar, e desnecessário dizer o porquê...
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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

PHILL COLLINS E OS CONCERT TOMS - SUA MARCA REGISTRADA

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Mais precisa-mente a partir do disco "Wind & Wuthering" (1976), o Phill Collins assumiu de vez o uso dos chamados "Concert toms", ou seja, dos tambores tom-tons sem a pele de resposta ou pele de baixo (tons bimembranofones). A canção mais famosa do Genesis em que Phill usa esses tom-tons é a estranha "Mama", sucesso em 1983. A propósito, não sei até hoje como uma música sombria como essa fez sucesso comercial - coisas do gênio que é o Phill, ao que parece, caso único em se tratando de bateristas que se tornaram vocalistas e fizeram sucesso à nivel mundial não só como músico de rock progressivo (Genesis) e jazz rock (Brand X), como também como cantor pop de primeiro escalão!

A principal característica deste tipo de tambor é o som mais encorpado, ressonante e mais solto em relação aos tons com pele de resposta. O timbre obtido com esse tom é bem caracterítisco e inconfundível. Como ex-baterista, não concordo em seu uso como um fim, mas sim como um meio, como mais uma peça da bateria usada para criar determinados efeitos em arranjos que pedem grandiosidade ou agressividade. Assim, pessoalmente, não gosto muito de seu timbre ao ser usado normalmente como os tons com pele de resposta, mas funcionam otimamente bem quando usados como determinados efeitos especiais. 

Popularizado no final da década de 1960 pelo baterista Hal Blaine, se difundiram entre as bandas de rock setentistas e oitentistas, naquele fase tão marcante do rock em que se via acima dos bumbos-de-pé uma fileira enorme deles, como podemos checar na famosa "I love it loud" do Kiss, música em que mal se ouve o ritmo da bateria e imediatamente se sabe de que canção se trata. 

Hoje, sabe que o grande Phill Collins, o "baterista dos bateristas", faz uso exclusivo deles.

Outros rocks e canções pop famosos onde os concert toms se destacam:

- Rick Wakeman - "Myths and Legends of King Arthur and Knights of The RounD Table" (1975), na música "Arthur";

- Triunvirat - "Spartacus" (1975), nas músicas "The Capital of Power" e "The Burning Sord of Capua";

- Elton John - na canção "Goodbye Yellow Brick Road" (1973);

- Secos & Molhados - na canção "Flores Astrais" (1974);

- Guilherme Arantes - na canção "14 anos" (1978)

- James Taylor - "Fire and Rain" (1970).
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quarta-feira, 26 de julho de 2017

O PUNK E A CONTRACULTURA


Há quem o faça, mas não me agrada incluir o Punk na Contracultura. Penso que o Punk, tentando decretar a morte dos "dinossauros do rock" - do Rock Progressivo em especial - e até mesmo dos hippies - , não passou de um mero hiato entre a Contracultura e a Disco Music... Sua "filososfia" depunha contra discurso flower & power da Contracultura. Acredito que, na verdade, o Progressivo acabou por si mesmo - nenhum outro movimento o matou propositalmente. Por outro lado, é curioso que nem o Punk nem a Disco Music deram cabo do indestrutível Heavy Metal - e lá estavam o Sabbath, Led, Purple, Uriah Heep, Iron Maiden, Judas Priest, ScorpionS, Ufo, Van Hallen, e tantos outros, a todo vapor levando o movimento adiante. 

Os hippies (passados exatos 50 anos) parecem eternos; idem o Heavy Metal. Sim, sim, os punks sobrevivem, não como os hippies (um meio de vida), e o Punk, como movimento musical, está aquém do Heavy Metal, se assemelhando mais à "sobrevida" da Disco Music. 

Pretendiam eles, nos primórdios, retornar à raízes e resgatar a simplicidade do rock, num estilo de música de quem - diziam - não sabe tocar muito bem e não é escolado. O Pete Towshend, do The Who, na época deu 3 ou 4 anos de vida para o Punk - bateu na trave, pois a principal fase do movimento não durou mais que isso... Oras, se os punks queriam mesmo retornar às raízes, à simplicidade, porque não retornaram ao Blues, a raiz de tudo?!... Aliás, o Blues vem se mostrando imortal desde que surgiu entre os escravos plantadores de algodão nos EUA.... Já o Punk!...  - é o Green Day e mais quem mesmo?!...

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

DUAS BANDAS TÃO DISTINTAS: O GENESIS PROGRESSIVO E O GENESIS POP!!!...



Estive pensando: o Genesis é uma banda que sofre um fenômeno curioso, fenômeno talvez único no universo do Rock. Não é todo mundo que, à esta altura, sabe que existiram dois Genesis, e bandas bem distintas: a progressiva e a pop.

Por exemplo, as modernas gerações pensam que o Genesis sempre foi o “power trio pop" à cargo de Phill Collins, Mike Rutherford e Tony Banks, e é de se admirar que não são poucos que ignoram que o verdadeiro Genesis tinha também em seu quadro outros dois gigantes: Peter Gabriel e Steve Hackett. Daí que você fala bem do Genesis “oficial” para um jovem rockeiro mal-informado, ele torce o nariz e imagina que você está falando do trio, que ele não gosta, mas nem por isso procurou ouvir o da fase progressiva...

Antes de mais nada, apesar de ser o período da banda que eu não curto, tenho o maior respeito pela fase pop e pelo gênio do gênero que é Phill Collins, que vendeu tanto quanto Michael Jackson, Elton John e Stevie Wonder. Em momento algum quero afirmar que a fase pop do Genesis é de gosto duvidoso, muito pelo contrário, pois, sem sombra de duvida, é um pop de responsa e da maior qualidade, mas o problema, repito, é que há por aí muito neguinho que pensa que o Genesis que conhecem sempre foi o das músicas “mela cueca”!...  Porém, estou ciente de que quem conheceu o Genesis já na fase pop e gostou, pode muito bem não gostar do progressivo.

Por isso mesmo imagino que o Genesis pop faz muito mal para a reputação do Genesis progressivo. Tenho, inclusive, amigos que, por mais que eu fale bem do Genesis da primeira fase, eles se negam a ouvi-lo, pois o parâmetro e o conceito (equivocados) que tem sobre a banda é o da fase pop. Aqui o caso é outro: conhecem o Genesis progressivo mas nunca se dignaram a ouvi-lo, de modo que pensam que o estilo da banda é o da fase pop!... Outro dia mesmo falei para um amigo do tremendo baterista que é o Phill Collins — considerado hoje “o baterista dos bateristas” —, e ele se surpreendeu, e até duvidou, e notei claramente que ele só conhecia o Phill Pop!...

Mas tem também aqueles que me dizem que não gostam da banda em fase alguma.  Para esses eu digo: "Quem você pensa que é para não gostar do Genesis?! O Genesis é que não gosta de você!"...

Aos mal-informados do gigante que fora o Genesis progressivo, só me resta uma coisa: lamentar as incríveis belezas que deixam de ouvir e dar meus pêsames por sua alienação...

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

MUTANTES AO VIVO, DISCO PIRATA DE 1975, TEATRO PHILADELFIA, LONDRINA

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De presente, para os rockeiros visitantes do APÓLOGO 11, um disco ao vivo pirata dos Mutantes, de um show realizado em 1975, em Londrina, no teatro Philadelfia. O repertório inclui uma música do LP "Tudo Foi Feito Pelo Sol", e outras 4 novas e inéditas, dentre elas uma que viria a integrar um compacto duplo lançado em 1976, "Cavaleiros Negros".

Esse registro não é de minha autoria - ele foi extraido do blog Rock Progressivo BR, mas como não existia uma capa adequada para ele, eu fiz uma e a disponibilizo aqui. Copie as capas pois elas não fazem parte do link da gravação.


* A foto utilizada na capa, é de autoria de Marcelo Paschoal, e de propriedade do amigo Fernando In, que gentilmente disponibilizou-a no Orkut.


Numa entrevista dada ao site WHIPLASH em 08/09/07, o ex-baixista da banda, Antonio Pedro Fortuna (foto) comenta essa gravação e as músicas:

"Vocês chegaram a fazer muitos shows com essa formação? Como era a química entre vocês ao vivo, rolava muito improviso?

Fizemos shows do Rio Grande do Sul até a Bahia. Os mais memoráveis foram as temporadas do Teatro Bandeirantes em SP e do Tereza Raquel no Rio. A química era ótima. O repertório estava em constante desenvolvimento. É só ouvir o disco de Londrina (pirata) para encontrar ali versões ótimas e desenvolvidas de músicas como “Cavaleiros Negros” e “Eu só penso em te ajudar”.

Há uma boa quantidade de músicas dos Mutantes dessa época que nunca foram oficialmente lançadas, mas que vocês tocavam em shows (algumas delas chegaram a aparecer em discos piratas). Entre elas: "Santo Graal", "Sempre Foi Assim", "Quero Escutar o Som" (essas 3 estão naquele pirata de Londrina), e mais "Preciso de Amor", "Você Aqui", mais uma outra sem título conhecido ("Todas as Manhãs"??). O que você poderia nos falar sobre cada uma delas?

Eram músicas que certamente entrariam num futuro disco, que acabou abortado. "Santo Graal" era do Túlio. Eu entrei com umas frases de baixo e umas modulações, e virei parceiro. "Sempre foi assim" é típica do Túlio. Uma música suave que ganhou um arranjo mais pesado e roqueiro. "Eu quero escutar o som" é bem legal. É do Sergio e tem uma intervenção de baixo com wah-wah e distorção. "Preciso de amor" é minha e do Sergio, ao estilo de "Tudo bem". Era uma música nova que estava em desenvolvimento. Eu a batizaria de "Tudo no ar". "Você aqui" (Sergio) e "Todas as manhãs" (Túlio) eram músicas suaves e melodiosas.

Existem registros pessoais, por exemplo, da temporada de shows no Teatro Tereza Rachel, no Rio. Qual a sua impressão do caminho que a banda vinha seguindo?
As gravações, como um todo, mostram que a banda mudava aos poucos de rumo, e que estava indo mais na direção de um rock com mais pegada de um Deep Purple (por exemplo), do que de um Yes. “Cavaleiros Negros” já apontava nessa direção e na gravação tem "Preciso de amor”, “Eu quero escutar o som”, e “Sempre foi assim", que confirmam a tendência.

Aqui, uma entrevista feita para a revista POP, na época dessa gravação, em outubro de 1975:


Link para download:

http://www.mediafire.com/?5memwtemjjy

Senha:
rockprogressivobr
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