sábado, 5 de julho de 2008

AS REINAÇÕES DO ROCKEIRO LOBÃO NO MUNDO DAS DROGAS!...


Hoje, galera, insiro aqui mais algumas relíquias da ARCA DO COBRA: duas reportagens de revistas nacionais sobre a polêmica prisão do rockeiro Lobão, quando ele foi pego com drogas há vinte anos atrás. Atente para as fotos do fotogênico e sarrista Lobão.

“Drogado risonho - Às gargalhadas, Lobão vai para a prisão”


Na quarta-feira da semana passada, o juiz Paulo César Dias Panza, da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, condenou o cantor e compositor João Luiz Woerdenbag, o “Lobão”, a seguir uma nova carreira — a de presidiário. Julgado por ter sido flagrado com cocaína e maconha na alfândega do aeroporto do Galeão há três meses, um ano depois de outra prisão por porte das mesmas drogas, Lobão acabou condenado a um ano de prisão — e ainda tem pela frente o julgamento por outro flagrante, de maconha e haxixe, realizado em março. Caso crônico de consumo e apologia de drogas, o cantor entrou para o julgamento certo de que seria absolvido e fazendo gozações, riu diante do juiz enquanto ouvia sua sentença e saiu do tribunal com o mesmo bom humor. “A vida é uma brincadeira”, comentou Lobão numa conversa com seus advogados logo após o julgamento enquanto esperava o transporte para a prisão. “Eu nunca vi ninguém desse jeito depois de ser condenado a um ano de cadeia”, conta o detetive Bento Pereira, que ouviu o compositor cantarolando momentos depois da decisão do juiz.
“O juiz deve ter achado que eu não sou uma boa pessoa, diz Lobão sobre a condenação. Na sentença que assinou, Panza deixou evidente sua péssima impressão sobre o cantor. “Verifica-se, pois, que se vai tomando rotina ser o acusado preso por uso de entorpecentes”, escreveu o juiz. “O acusado, apesar de tecnicamente primário, já registra antecedentes, não tem boa personalidade nem conduta social.” Em sua decisão, o magistrado lembrou também as recentes entrevistas de Lobão sobre seu envolvimento com drogas. “Ao ser entrevistado pela revista Amiga afirmou que suas prisões são uma perseguição da sociedade, dizendo ainda que o uso de drogas é mais uma posição política do que existencial”, lembrou Panza. Lobão diz que foi mal interpretado, mas, em seguida, defende a idéia de o Brasil exportar cocaína para Estados Unidos, “ganhando dinheiro com isso”.

“COMO UMA FEIJOADA” Aos 29 anos, com quatro casamentos, o roqueiro Lobão é um tipo particularmente nocivo de viciado — pois gosta de fazer propaganda das drogas que consome. “Eu sou um expert no assunto”, diz. “Posso dizer que a nicotina, o álcool, a heroína e o ópio são as únicas drogas são as únicas que causam dependência física”, garante com a naturalidade de quem separa refrigerantes que engordam de produtos dietéticos. A maconha é sua “droga do coração”. Sobre a cocaína, ele afirma ter certeza de que não causa a menor dependência física. O perigo, segundo Lobão, está apenas na quantidade que se ingere. “E como uma feijoada”, compara. “Se você comer demais, vai fazer mal. Se cheirar cocaína demais, vai acabar alucinado.”
Músico de sucesso, Lobão funciona como uma espécie de guru para seus pares. “Como Sartre, ele é um novo filósofo francês no Terceiro Mundo”, arrisca o letrista Tavinho Paes, parceiro do compositor, num equívoco geográfico. Trata-se, segundo a descrição de Tavinho Paes, de um tipo original de filosofia movida a cocaína. “Quando compôs Decadence avec Elegance, ele cheirou, cheirou, cheirou e fez a música”, conta o amigo de Lobão. “Ele tem jogo de cintura para enfrentar o poder desenfreado da polícia”, anuncia Bernardo Vilhena, outro parceiro do cantor. Há um roqueiro, porém, que pensa diferente. “Ele é um criminoso pequeno diante da impunidade dos que praticam grandes crimes contra a nação”, sentencia o cantor Lulu Santos. com o cuidado de não elogiar o consumo de drogas.

SUICÍDIO - O juiz Panza decidiu condenar Lobão também a uma multa de cinqüenta salários mínimos. Encerrado o julgamento, Lobão passou a residir na cela 12 da Polinter, de onde será transferido a um presídio comum, sem direito a cela especial — pois não dispõe de um diploma universitário, tendo abandonado os estudos no 2º grau. No passado, por duas vezes, Lobão tentou suicidar-se tomando doses reforçadas de Rivotril, o remédio que usa para controlar sua epilepsia. Carioca, músico que aprendeu a tocar bateria sozinho ainda na infância, antes do julgamento da semana passada. Lobão fazia planos de realizar uma turnê pelo país no começo de junho e lançar seu novo disco no Canecão, no Rio de Janeiro, no mês seguinte. “Vamos tocar normalmente o trabalho de divulgação do disco que não depende da presença dele”, diz a empresária Carmela Forsin. Vamos tentar também uma autorização especial para que ele possa gravar um programa de televisão que já estava marcado. Na quinta-feira, seus advogados anunciavam a disposição de entrar com recurso — para que o cantor possa cumprir a pena em liberdade. Na sexta- feira os amigos músicos de Lobão preparavam uma manifestação de solidariedade ao roqueiro para pedir sua libertação. A idéia era realizar um show com dúzias de artistas e mostrá-lo pela televisão na noite de domingo junto com o videoclipe que ele pretendia gravar na prisão.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

“LOBÃO, DE NOVO” NA SEGUNDA CONDENAÇÃO FALTOU CELA ESPECIAL



O roqueiro Lobão não faltou ao show em Volta Redonda, na semana passada, em lembrança aos três mortos no conflito entre o Exército e grevistas da CSN. Lobão tinha presença confirmada, mas corda o risco de não ir. Havia sido condenado, dias antes, a nove meses em regime de prisão semi-aberta (pernoitando na cela), por porte de drogas. No exato momento da homenagem, deveria estar cumprindo pena. Não estava. Lobão não ganhou sursis - que lhe permitiria livre movimento —, mas foi beneficiado por uma deformidade do sistema carcerário fluminense. No Rio não há prisão albergue para sentenças especiais como a sua.
Seu caso com a lei toma proporções inéditas. Lobão, em nenhum momento, esquivou-se da postura de confronto ao conjunto de regras que normatiza as drogas. Prega o direito à decisão de consumo como prova de liberdade. “Minha condenação é um sintoma do cerceamento da liberdade”, entende.
Rita Lee, assim como o ex-Mutante Arnaldo Antunes (sic!), Gilberto Gil, a apresentadora Scarlet Moon e vários outros, integram o séqüito de notáveis que sucumbiram frente à lei. dos com tóxicos, e foram punidos.
Exemplos do passado evidenciaram que a confirmação do uso de tóxicos não logrou tentos para os que arriscaram a admiti-lo. O senador Fernando Henrique Cardoso, em plena campanha pela Prefeitura de São Paulo, há três anos, teve abalada a sua candidatura por reconhecer que experimentou maconha e não gostou.
O escritor e fundador do Partido Verde, Fernando Gabeira, também viu-se como alvo. Adversários, em 86, lhe lançaram um rótulo: “Quem bebe, fuma e cheira vota no Gabeira.” Na imprensa re uma declaração sua deturpada, colocando-o como favorável à liberação das drogas. Gabeira é favorável à descriminalização da droga e a um tratamento mais complexo do tema, envolvendo comunidades terapêuticas para os viciados em entorpecentes pesados e campanhas conscientizadoras. A idéia está mais perto de ser viabilizada.do que se imagina. Uma comissão de estudo dá forma a um projeto de lei sobre tóxicos que reavalia as sanções dispensadas aos usuários. “O nosso anteprojeto em hipótese nenhuma deverá sugerir a prisão aos condenados por porte de drogas, mas sim alternativas como prestar serviços à comunidade ou freqüentar cursos de esclarecimentos”, garante o advogado Evaristo de Moraes Filho, que integra a comissão. A teoria que vigora entre os seus cinco membros é a de que “cadeia não resolve o problema”. O próprio jurista tem uma visão condescendente: “O uso”, diz ele, “deve ser abordado como comportamento anti-social, e não crime, com medidas sem caráter punitivo.” O tráfico mereceria punições mais rigorosas.

O tráfico mereceria punições mais rigorosas.
As propostas que porventura brotem da comissão, atravessem o crivo do Ministério da Justiça e em seguida do Congresso, para entrar em vigor, não contemplam, em todo caso, Lobão. Não há tempo. O roqueiro, exerce um papel alavancador das mudanças sobre o tema. Para o psiquiatra Manoel Faustino, do Núcleo de Drogas da UERJ, em que pese a tese de que lei não deve ser infringida, Lobão, ao reclamar de sua aplicação nos limites em que funciona, ajuda a derrubar tabus. “Acho que atitudes como a de Lobão estão contribuindo para o reinado de leis mais humanas e não para o reinado da falta de leis ou da anarquia”, avalia.

* * *

PS.: Em breve, prometo publicar o depoimento incrível que o Lobão fez para a revista BIZZ, no período em que ficou detido.

FONTE:
Contatar autor.
.


"JOÃO GORDO É O NOVO REI DE INTERLAGOS"


Aqui, galera, uma engraçada e antiga entrevista com o polêmico João Gordo, da banda Ratos do Porão, em que ele mostra seu humor escrachado e detona o Ayrton Senna! A reportagem é do ano de 1992, e foi um free-lancer do João para o não menos polêmico jornal, o extinto Notícias Populares. Senna morreria dois anos depois.


Comentarista do NP é ovacionado pela galera presente
no autódromo e retribui a gentileza com muita dignidade
João Gordo, especial para o NP



Ontem, eu fui a sensação do Autódromo Os quase mil desocupados que estavam nas arquibancados me chamavam de “rolha de poço”, “piloto de provas do Sadia” e “manequim da Ultragás”. Não agüentei a humilhação e mostrei a bunda pra galera.

Encontrei o Christian Fittipaldi no box da Minardi. Ele é um cara legal e não tem nada de fruta, como dizem por aí. Já o Ayrton Senna é um nojento de nariz empinado, que não quis falar comigo. Tomara que ele pare na última volta, sem gasolina.

O incrível é que o povão gosta desse panaca. Ele está milionário e vocês todos pobres. Quando morre, ninguém leva nada pro caixão Por isso, torço por gente simples e legal, como o time da Andrea Moda.

Fiquei contente quando o Giuseppe, mecânico da Ferrari, me falou que o carro da Andrea Moda é bom. Ontem os mecânicos ligaram o motor e deu pra sentir o ronco possante da máquina.

As gostosas começaram a aparecer por aqui. E olha que por enquanto só tem piloto vagabundo: um tal de Ayrton Senna, o simpático ex-fruta Christian e o famosíssimo J.J. Lehto (ou será J. J. Lento?).

Quando pintarem as feras, vai chover mulher! É bom mesmo, porque até agora só choveu segurança, polícia e pentelhos. (Notícias Populares, 6 de abril de 1992)

O João Gordo não estava errado em sua opinião sobre o Senna: curiosamente, no dia anterior – o sábado do Grand Prix – o Senna foi entrevistado pelo NP e se mostrou grosseiro. O NP escreveu: “Senna chegou mal-humorado pra entrevista coletiva que rolou no Hotel Transamérica. ‘Espera eu colocar o boné pra começar a filmar e bater fotos, senão derrubo todos os microfones dessa mesa’, foi dizendo logo de cara.”

DUAS FRASES DE AYRTON SENNA EM QUE ELE

COMENTA O RISCO DE MORRER DURANTE AS CORRIDAS:

“Nunca levo em conta a possibilidade de um acidente, mas o medo é uma coisa constante no meu dia-a-dia.”

“Convivo com o medo de morrer e ele me fascina.”

sexta-feira, 4 de julho de 2008

OLAVO BILAC E AS ESTRELAS




Fazendo coro à postagem anterior, "A NATUREZA E A SENSIBILIDADE HUMANA", e cumprindo minha promessa de dar continuidade ao assunto, disponibilizo aqui uma jóia poética do sensibilíssimo poeta Olavo Bilac, "As estrelas", extraída do livro "Poesias Infantis", lançado no distante 1904.

Infelizmente, este livro está esgotado e jamais foi relançado relançado (pobres crianças...). Repare que o poema faz parte de um livro de poemas dedicado exclusivamente à meninada [coisa meio rara hoje em dia, em se falando de qualidade (e sucesso...)], mas, pareando-o com o célebre poema "Ouvir estrelas", ele não deve nada e é tão sensível quanto.



As estrelas

Quando a noite cair, fica à janela!
E contempla o infinito firmamento.
Vê que planície fulgurante e bela!
Vê que deslumbramento!

Olha a primeira estrela que aparece
Além, daquele ponto do horizonte...
Brilha, trêmula e vívida... Parece
Um farol sobre o píncaro do monte.

Com o crescer da treva
Quantas estrelas vão aparecendo!
De momento em momento uma se eleva,
E outras, em torno dela, vão nascendo.

Quantas agora!... Vê! Noite fechada...
Quem poderá contar tantas estrelas?
Toda a abóbada está iluminada:
E o olhar se perde e cansa-se de vê-las.

Surgem novas estrelas imprevistas...
Inda outras mais despontam...
Mais acima das últimas que avistas,
Há milhões e milhões que não se contam...

Baixa a fronte e medita:
- Como, sendo tão grande na vaidade,
Diante desta abóbada infinita,
É pequenina e fraca a humanidade!

Belíssimo poema! Que vivíssimos déjà vu ele evoca! Basta lê-lo para... o Bilac que o diga: como não recordar aqui do belo quarteto do canto XXIX da série de poemas Via Láctea do Bilac:

Por tanto tempo, desvairado e aflito,
Fitei naquela noite o firmamento,
Que ainda hoje mesmo, quando acaso o fito,
Tudo aquilo me vem ao pensamento.

.

"CASO COM O OCASO" ou A NATUREZA E A SENSIBILIDADE HUMANA


Não são poucos os que acham que sabem curtir a natureza e tem sensibilidade suficiente para tal. No meu entender, a pessoa que mantém estreitas ligações com a natureza, é aquela que é capaz de sentir o seu chamado, e, pelo menos, uma vez por semana vai ao seu encontro, ou melhor, tem verdadeira necessidade de ir ao seu encontro. Modéstia à parte, sou um destes –  sujeito totalmente telúrico, e que semanalmente tem que “recarregar suas baterias” no reencontro com a terra, e é capaz de desfrutar o raro sentimento de que faz parte de um ecossistema, e sem ele não vive.

Me recordo que desde os 11 anos de idade, quando ganhei o meu melhor presente de Natal: uma luneta, eu tenho um "caso com o ocaso": sempre quando a tarde começa a cair, principalmente se for um final de tarde belíssimo, eu fico impaciente e sinto algo aqui dentro de mim, uma força danada que me chama para um lugar qualquer, distante e desabitado, e eu, religiosamente, atendo à esse pedido, e ali, solitário, nessas "horas magas do ocaso" (como diria o poeta), sinto e vivencio tudo aquilo que me é difícil descrever e expressar em palavras. Já quiz sim escrever sobre isto, até que, um dia, descobri um antigo poema que me demoveu desta idéia, que ninguém faria melhor que seu autor. Me refiro ao poeta e escritor Paulo Setúbal, autor de inúmeros romances históricos de sucesso na primeira metade do século 20.

Então, amigo, leia a poesia abaixo, e você poderá entender o que eu quero (ou queria...) expressar. Ela foi extraída do livro “Alma Cabocla”, lançado no distante 1920. Se você se identificar com o seu conteúdo, e conseguir “medir o alcance de seus sentimentos” (como diria o Bilac), parabéns, você é um dos nossos!
A SOMBRA DAS ARVORESA Alfredo Egídio de S. Aranha.

Aqui, na solidão destes pinheiros graves,
Eu venho, muita vez, a sós, pela noitinha,
Ouvir a natureza incompreendida, a minha
Amada, a minha amiga, a minha confidente!

Ouvir a natureza! Esse gemer plangente,
Essa apagada voz de surdinas estranhas,
Que vem dos ribeirões, que sobe das montanhas,
E acorda, dentro dalma, em nossa soledade,
Um místico pungir de mágoa e de saudade.

Ah! cada árvore tem uma intima linguagem!
Ah! cada árvore tem, fremindo na ramagem,
Uma alma como nós, que nós não vislumbramos,
Mas que vibra no ar e palpita nos ramos...

Já repararam quando as brisas vespertinas
Sopram, como, a gemer, sofrem as casuarinas?
E choram os chorões? soluçam os pinheiros?
Murmuram os ipês e cantam os coqueiros
Quando o vento, a passar balouça-os palma a palma?
- Homens, reparai bem que as árvores têm alma!
Reparai que à noitinha, à luz do lusco-fusco,
O ruído, os sons, a vida, estacam-se de brusco,
E cada árvore fica imersa num cismar
De quem compreende e sente a dor crepuscular.

Oh! vós que respirais a poeira da cidade,
Vós nunca entendereis a doce suavidade,
A música dorida, a estranha nostalgia,
Que vem da solidão quando desmaia o dia!

Vós nunca entendereis essa rude grandeza,
Essa infinita paz, essa imensa tristeza,
Que sai do coração da mata bruta, quando
Resplandecem no céu os astros palpitando.
É preciso viver longe da turba humana,

Longe do mundo vão, longe da vida insana,
para sentir, amar, ouvir essa tristeza,
Que exala, ao pôr-do-sol, a maga natureza!

Ai! Quanta vez eu fico a sós pela noitinha
Ouvindo a natureza, a inspiradora minha!
Ouvindo o pinheiral com seu gemer infindo,
Ouvindo a noite, ouvindo as árvores, ouvindo
Os ventos, e na volta exígua duma curva,
Ouvindo o ribeirão de correnteza turva,

Que vai, soturno, ouvindo o estrépito das águas,
Consigo rebramando incompreendidas mágoas...

E assim, no ermo da tarde, escutando, enlevado,
Esse vago murmúrio, esse rumor sagrado,
Eu quedo-me a cismar num êxtase de crente,
Conto se eu estivesse a ouvir, confusamente,
A própria voz de Deus ecoar na solidão.
Povoar a natureza e encher meu coração...


Dicas: se vocês quiserem conhecer outros escritores que tem sensibilidade semelhante, e também escreveram belos romances e poemas, leiam, por exemplo, as obras completas do poeta Fagundes Varella, do qual estou escrevendo um romance biográfico; leiam "Inocência" e "Céus e Terras do Brasil" do Visconde de Taunay; as poesias de Olavo Bilac; o livro "O Feijão e o Sonho", do Orígenes Lessa, e vocês irão conhecer o notável Campos Lara, um sujeito hiper-sensível e telúrico, talqualzinho o do poema do Paulo Setúbal.

Prometo que, em breve, irei inserir neste blog algumas produções destes grandes escritores.
SEIOS: USE E ABUSE!


Olha aí, galera, o V-Newton chegando na área para cabecear a teta da mulherada! rsrsrs... Mas, cá entre nós, desnecessário dizer que os seios femininos são um dos mais importantes "acessórios" na relação sexual, e devem ser manipulados tanto pelo homem como pela própria mulher.

Segundo o dr. Nipple Breast, sexólogo da TEAT University, qualquer relação que não inclua o seio estará fadada ao fracasso.

Abaixo, algumas fórmulas e estilos de manuseio peitoral. Não precisa práticá-los com uma
garota farta de seios como a Fergie (a cantora do grupo Black Eyed Peas) , mas se a mulher que você tiver disponível for uma "tábua", tal como a atriz Charlize Theron (que já perdeu diversos papéis por isso), melhor mandar ela colocar umas proteses de silicone...



  • Teddy Bear: Você, eterno adolescente de mais de 40, experimente besuntar fartamente os seios amados com mel. Muito calórico!
  • Pop & Bubbles: A rolha de um champanhe faz “pop” quando estoura. O resto você já sabe. Mas, de preferência, que seja Cristal.
  • Spremutta: Aperte firmemente os seios da mulher, girando-os, como se estivesse preparando um sumarento suco de laranja.
  • Hannibal Cannibal: Sempre que for possível, mordisque com força os mamilos. É infalível para empiná-los.
  • Sintonia fina: Gire os mamilos, nos sentidos horário e anti-horário, como se fossem um dial de rádio e sintonize a gata na sua. Ela vai “pegar” todas as estações.
  • À espanhola: Agarre com decisão a parte lateral dos seios e una-os, formando duas montanhas e um vale. Repita o movimento de acordo com o ritmo da penetração.
  • Ordenha: Acaricie os mamilos regiamente. puxando-os na vertical, quando estiver mantendo uma relação estilo animal. Muuuuu!
  • Edipiano: Não se envergonhe. Mame ternamente nos seios da mulher amada.
  • Milkway (Via Láctea): Normalmente, grávidas costumam ficar com o tesão à flor da pele. Sugue com força o leite de sua mulher. Faz crescer (no duplo sentido).
  • Hero’s awakening (o despertar do herói): Mergulhe seu rosto com vigor na região entre-seios, como se estivesse lavando-o ao acordar. É revigorante. Pode gritar como Tarzan, se quiser...
(LICINIO RIOS, escritor)

terça-feira, 10 de junho de 2008

O TERÇO, UMA BANDA DE ESTILO ÚNICO, E QUE DEIXOU MUITAS SAUDADES



Uma tremenda bandaça! Quem? O TERÇO! Aqui, uma pequena biografia da banda.

Alguém perguntará: - Mas porquê Terço? Esse nome pode soar estranho, uma vez que ele imediatamente remete ao rosário católico, mas não tem nada a ver: ele faz referência aos primórdios da banda quando eles eram um power trio...

"Considerada na década de 70 como a melhor banda de rock do Brasil, também era respeitada no cenário da MPB. Ganhou festivais como o de Juiz de Fora e Belo Horizonte. Classificou-se por duas vezes no Festival Internacional da Canção. Durante 15 anos fez de 150 a 200 shows por ano em grandes ginásios lotados pelo país afora. Também conseguiu o recorde de público (11.000 pessoas) no Luna Park em Buenos Aires, além de fazer shows no Miden em Cannes (França) e em outros lugares da Europa. Foram convidados especiais do festival de rock progressivo na UCLA em Los Angeles". A peça instrumental "1974", do disco "Criaturas da Noite", de 1975, é considerada o hino do rock progressivo nacional. Vale a pena ouvir pois é um puta trampo de composição e inspiradíssimo e complexo tema instrumental.

O Terço, ao lado dos Mutantes, era o grande nome do rock brasileiro, conseguindo soar como um conjunto de calibre internacional. Por onde passava arrastava multidões, lotando ginásios. O disco "Criaturas da Noite" ainda teve uma versão em inglês que foi lançada em 1975 somente na Europa. O tema "1974" foi coreografada em 1977 pelo argentino Oscar Araiz, para o Royal Balet do Canadá, e apresentada em turnê pelo Canadá e Estados Unidos. Outro destaque de Criaturas da Noite é a sua belíssima capa. O título da obra é "A Compreensão", de autoria de Antonio e André Peticov."

O grande destaque do Terço era o tecladista e vocalista Flávio Venturini, que levou para o conjunto elementos do movimento mineiro Clube da Esquina, o que tornou a banda respeitadíssima por sua brasilidade única no rock brasileiro, estilo depurado e consolidado no LP "Casa Encantada". Além das sonoridades do rock progressivo e da MPB, o grupo ainda tinha elementos de hard rock e de hard progressivo.

Veja mais:
www.oterco.com.br

TRIBUTO A LUIZ MORENO, BATERISTA DO TERÇO

É uma sempre uma grande e agradável supresa para os fãs, saber que o baterista de uma banda de rock compõe, e compõe bem.

Hoje, faço um tributo aqui a um desses grandes compositores, o baterista Luiz Moreno, da banda setentista O Terço, falecido de câncer em 27-7-2002, que nos discos "Criaturas da Noite" e "Casa Encantada" - discoteca básica de rock brasileiro -, deixou duas pérolas instrumentais: "Pano de Fundo" do primeiro, e "Solaris" do segundo.

Lembrando-se que a bateria é um instrumento relativamente "monocórdio" e que não permite criação de acordes, é uma grande surpresa que um baterista tenha a capacidade de compor músicas complexas assim, e ficamos a pensar que, no mínimo - como o Phil Collins do Genesis - o sujeito arranhava um teclado. Mas acontece que o Moreno estudou música em conservatório (harmonia, teoria, ritmo e violão; e ele chegou até a tocar Moog em uma gravação, certa vez, na música "Instrumental Original Orchestra MP3").

Além disso, o Moreno estudou bateria com o melhor professor da época, Sutti (baterista da orquestra do Maestro Cipó/ TV Tupy), que muito o elogiava. Infelizmente, nada se sabe de que maneira ele compôs estas músicas.

Convém esclarecer que o Moreno, assim como o Pedrão, baixista do Som Nosso de Cada Dia, integrou a banda do Cesar Mariano com a Elis Regina, num show em 1979 - do qual existe um disco ao vivo gravado -, o que não é pouco e atesta as respeitáveis credenciais do grande baterista.

********************************************************************

DEPOIMENTOS:

Lembrança (12/8/2005 07:37)

Como contei para a Irinéa, quando eu era garoto eu era fã de carteirinha do Terço. Onde eles iam tocar eu ia atrás. O que mais me surpreendeu em Moreno foi quando saiu o disco - que eu esperava como um doido - "Criaturas da Noite". Quando eu vi que "Ponto Final" era dele eu lembro direitinho que meu primeiro pensamento foi:

- Além de tocar bateria o cara ainda compõe?!

( Raul Branco- Comunidade Moreno Orkut)

********************************************************************

(...)"Moreno, com o violão, cantando Beatles! Fiquei admirado, achei muito bonito, pois um baterista tocando violão, me fez ver que ele na realidade era um cara dedicado a música . Ele estava cantando Blackbird...muito emocionante e lindo!"

(...)Trecho extraído do livro ''Eu e o Terço",de Irinéa Maria Ribeiro

********************************************************************

Ponto Final (23/9/2005 13:09)

O Moreno foi um dos melhores bateristas que tiveram neste país, era muito completo, tocava, cantava, era um ótimo compositor... Com certeza senti falta dele no concerto do Terço...

A Irinéa também é muito gente fina (e o livro quando sai??)...

( Rafael -Comunidade Moreno Orkut)

********************************************************************

O MORENO (por Cézar de Mercês)

"Não exagero quando digo que Moreno foi como um irmão para mim. Morei na sua casa por uns tempos, antes de voltar para a banda, fomos parceiros de algumas canções inéditas, frutos das longas conversas que tivemos. Moreno era o mais culto entre todos nós. Sua discoteca era a mais completa. Ouvia de tudo. Tudo de bom, claro. Conhecia e tocava jazz. Sua formação, quando garoto, foi no Clube de Jazz e Bossa, do Rio de Janeiro."( Mercês / 2005)

********************************************************************
Veja mais aqui sobre o Moreno:

http://siteluismoreno.tripod.com/

Ouça aqui "Ponto Final"

Ouça aqui "Solaris"

Ouça aqui "Instrumental Original Orchestra MP3"

Clique aqui para ver a partitura de "Ponto Final"

.