quinta-feira, 15 de setembro de 2022

É, E O HOMEM VIROU SUCO REALMENTE!...


Fui fã do José Dumont desde que assisti este premiado filme, "O Homem que Virou Suco" - isto, em minha adolescência -, filme que virou referência e o levou ao estrelato. Depois, o revi em outros filmes, séries e novelas de TV. Grande ator! 

Mas, o que dizer deste episódio, em que ele foi flagrado como pedófilo! Inacreditável, justo ele que sempre sempre primou por fazer papéis másculos e viris como cangaceiro, jagunço, bandido, retirante etc. - aquele tipo de ator a que se dá o nome de "telúrico". 

Muita insensatez da parte dele, justamente nestes tempos tão "rastreáveis", em que ninguém escapa da justiça digital em casos assim - dar esta vacilada, se assim posso dizer, na verdade foi uma tremenda burrice, tremenda!  Mais ainda por talvez julgar que nunca seria pego!... Mas...

Mas, porque não foi se tratar, porque não buscou ajuda especializada, e, bestamente, se deixou levar instintivamente por este desvio doentio, pior, uma perversão sexual que é criminosa? 

Estive pensando no Dumont poucos dias atrás, em seu sumiço, isto, após ver a minissérie "Cine Holliúdy", e constatando como estes atores modernos - se comparados a ele -, são chatos,  insossos e não chegam ao seu chinelo... 

Mas, ah, meu bom José, agora é tarde, e acredito que você acabou de uma vez com sua vitoriosa carreira  de ator, infelizmente! 

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sábado, 27 de agosto de 2022

NADA DE NOVO NO FRONT…


Lendo a crônica "Ao correr da Pena", do romancista autor dos best-sellers “Iracema” e “O Guarani”, o grande José de Alencar, escrita no distante 27-5-1855, onde a certa altura ele diz:

"Entretanto no nosso país se diz que a imprensa é venal e corrompida, e se trata de desacreditarem essa força civilizadora da sociedade."

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domingo, 21 de agosto de 2022

WENILTON POR ELE MESMO


Eu Sou:


- Mais cérebro direito que esquerdo;

- Mais Arthur Azevedo que Machado de Assis;

- Mais Fagundes Varella que Castro Alves;

- Mais Ramos de Azevedo que Oscar Neimeyer;

- Mais “Os Sobrinhos do Capitão” que “Beavies & Butt Head”;

- Mais carrinho de roleman que skate;

- Mais Cruzeiro-do-Sul que Ursa Maior;

- Mais campesino que citadino;

- Mais Angelino de Oliveira que Aloísio de Oliveira;

- Mais João Ricardo que Ney Matogrosso;

- Mais “A Porca e os Sete Leitões” que os “Três Porquinhos”;

- Mais Romãozinho do que Grenlins;

 Mais Jurubeba Leão do Norte que vinho do porto;

- Mais uirapuru que cotovia ou rouxinol;

- Mais Chacrinha que Faustão;

- Mais Rose de Primo que Gisele Bundchen;

- Mais Tesla que Edson;

- Mais Emerson Fittipaldi que Ayrton Senna;

- Mais Zero que Spittfire;

- Mais Harold Lloyd que Charlie Chaplin;

- Mais Giuliano Gema que Tom Cruise;

- Mais Padre Vieira que Camões;

- Mais J. Carlos que Walt Disney;

- Mais Clube da Esquina que Tropicália;

- Mais “Toca Raul” que “Elvis não morreu”;

- Mais “Faz o que tu queres pois é tudo da lei” que “É proibido proibir”;

- Mais Helmut Wenske do Nektar que Roger Dean do Yes;

- Mais Bee Gees que Beatles;

- Mais New York Dolls que Rolling Stones;

- Mais Alice Cooper que Ozzy Osbourne;

- Mais Genesis que Pink Floyd;

- Mais Gonzaguinha que Chico Buarque;

- Mais Steve Roach que Brian Eno;

- Mais Fat Fred que Fritz Cat;

- Mais Lua do que Sol;

- Mais serenata que seresta;

- Mais telescópio que microscópio;

- Mais bocha que boliche;

- Mais quintal que jardim;

- Mais pomar que horta;

- Mais EU que todos vocês que me lêem!...


terça-feira, 16 de agosto de 2022

DITADURA, EU QUERO UMA PRÁ VIVER! ou PARTO DE MONTANHA QUE DEU LUZ A UM RATO...

Esta história da “Carta pela Democracia” é pura nostalgia. Tempos atrás, falei dos “românticos da ditadura”, aquele pessoal da esquerda que não consegue viver sem coisas do tipo, sem um regime ditatorial (que os confronte em seus ideais comunistas), sem bodes expiatórios (vide Bolsonaro) e sem mártires (vide Marielle). A frustração deles é a ditadura não ter voltado com o Bolsonaro, como previam na época da eleição, de modo que se ela estivesse na ordem do dia, diria que eles seriam mais felizes e sua razão de ser e lutar seria mais instigante - numa palavra: eles simplesmente não conseguem viver e ter motivação sem uma ditadura os ameaçando, e ficam criando estas estratégias pífias para forjar a existência de uma. 

E vai dizer que o estopim disto tudo não foi uma mera reivindicação de voto impresso? Fizeram um ciclone num copo d'água por causa desse fato tão banal, aliás, uma reivindicação democrática que atenderia aos anseios do majoritário dos eleitores, eleitores estes que simplesmente não confiam a salvaguarda do processo eleitoral entregue às mãos sujas de políticos e juristas sabidamente corruptos. Não é à toa que compararam a atual carta à (inócua) “Carta aos Brasileiros” de 1977. Digo inócua, pois a democracia é um conceito abstrato - diria até um sentimento -, e não uma coisa palpável; o voto não não, o voto impresso é físico. 

Enfim, esses esquerdopatas alienados me remete àquela música do Cazuza, em que ele canta: “Ideologia, eu quero uma pra viver”, mas fazendo uma paródia, adaptando ao atual cenário político da esquerda, eu digo: “Ditadura, eu quero uma pra viver”... Mas, vou finalizar este texto com outra frase oportuna, desta vez do poeta satírico romano Horácio (65 a.C. - 8 a.C), que cunhou a célebre frase “Parto de montanha que deu a luz a um rato”, que, traduzindo em miúdos, se refere aos eventos cujo resultados são muito inferiores à expectativa - pois é exatamente isto o ato que lavrou a “Carta pela Democracia”: um parto de montanha que deu a luz a um rato!... Enfim, vale lembrar (e enfatizar) que a antiga “Carta aos Brasileiros” foi uma coisa tão pífia e inócua - diria uma perfumaria - que posso dizer com segurança que 99,9% dos brasileiros a desconheciam (inclusive este que vos escreve…), e ELA só foi retirada das catacumbas da história devido à sacada oportunista de seu nostálgico autor.

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quinta-feira, 7 de abril de 2022

IR PARA O CÉU ou A INSENSATEZ DO SER HUMANO

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O ser humano é engraçado: ele pensa que, quando for para o Céu, lá vai rever seus familiares, seus avós, seus pais etc. Mas acontece que os pais dele também pensaram o mesmo, de modo que, se assim for, ele encontrará por lá não só seus pais e avós, mas todos aqueles que seus antepassados já mortos também esperavam rever no além. Assim, filhos reencontrariam pais, avós, bisavós, e conheceriam trisavós, tataravós, e assim sucessivamente. 

Raciocinando deste modo, o Céu seria então um lugar de reencontro e conhecimento de todas as gerações que nos antecederam, de maneira que lá encontraríamos também, por exemplo, o célebre imperador Carlos Magno, morto em 814, pois, hoje, se sabe, por probabilidade matemática, que a maioria de nós (mais de 40 gerações atrás) é descendente dele. Isto, para não falar no encontro com Adão e Eva! Convenhamos: é improvável!...
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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

ROCK NORTE-AMERICANO x ROCK INGLES: A ETERNA DISCÓRDIA!

QUANDO VOCÊ FOR FALAR DA SUPERIORIDADE DA INGLATERRA EM MATÉRIA DE ROCK, É MELHOR DAR UMA ATENTA CHECADA NESTA LISTA QUE LEVANTEI: BANDAS E ARTISTAS DE ROCK NORTE-AMERICANOS DOS ANOS 50,60 E70 = MUITAS NASCENTES DO ROCK E DIVERSIDADE IMPAR!



- Jimi Hendrix

- Alice Cooper

- New York Dolls

- Captain Beyond

- Grand Funk 

- Charlie Christian

- Kiss

- West, Bruce & Laing

- Aerosmith

- Van Halen

- Susi Quatro

- B. B. King

- Robert Johnson

- The Tubes

- Frank Zappa

- ZZ Top

- Albert King

- Allman Brothers Band

- The Doors

- Creedence Clearwater Revival

- Runaways

- Freddie King

- The Eagles

- MC5

- Otis Rush

- Eagles

- Black Oak Arkansas

- Blind Willie Johnson

- Raspberries

- Stooges

- Ramones

- Grateful Dead

- Jefferson Starship

- Dust

- Stix

- Frank Marino

- Howlin' Wolff

- Lonnie Brooks

- Steve Ray Vaughan

- James Gang

- Cactus

- Babe Ruth

- Mountain

- Johnny e Edgar Winter

- John Lee Hooker

- Thin Lizzy

- Blind Lemon Jefferson

- Kansas

- Bill Harley and His Comets

- Foghat

- Blue Öyster Cult

- The Amboy Duckes

- Montrose

- Chuck Berry

- Richie Havens

- George Thorogood and The Destroyers

- Magic Slim

- Blood, Sweat & Tears

- Muddy Waters

- Chicago

- Willie Dixon

- Mahavishnu Orchestra

- Steely Dan

- The Mama's and the Papa's

- The Byrds

- The Gary Moore Band

- Bob Dylan

- Weather Report

- Toto

- Return to Forever

- Santana

- Buddy Guy

- Albert Collins

- Canned Heat

- Janis Joplin & The Holding Company

- Country Joe and The Fish

- Spirit

- Iron Butterfly

- Simon & Garfunkel

- The Eletric Prunes

- Blue Cheer

- Steve Miller Band

- Beach Boys

- Sly Stone

- Ike & Tina Turner

- Bo Diddley

- Rufus Tomas

- Hurricane Smith

- Tommy Roe

- Thes Shangri-las

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quarta-feira, 23 de junho de 2021

JOÃO DO RIO, O "REPÓRTER MALDITO DA NOITE CARIOCA", QUE ESTEVE EM FAMOSO EVENTO NA CIDADE DE ARARAS EM 1902

Há exatos 100 anos atrás, falecia o famoso jornalista carioca João do Rio (1881-1920), aquele que foi considerado o maior cronista da então Capital Federal, ou seja, o Rio de Janeiro. Também era romancista, contista e teatrólogo. 

No que tange à ligação de João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, seu verdadeiro nome,  com a história antiga de Araras, há apenas um fato, o de sua participação na Primeira Festa das Árvores ocorrida em 7 de junho de 1902, mas, apesar de ele ser colunista de um jornal carioca, o Gazeta de Notícias, não se obteve informações de que ele tenha coberto a festa a serviço deste jornal. Nele,  passou a trabalhar a partir de 1900, época em que publicou as grandes reportagens que o consagraram como um dos maiores jornalistas do País, como "As religiões do Rio", série que fez dobrar as tiragens do jornal. Assim, se notabilizou como o primeiro profissional da imprensa brasileira a ter o senso da reportagem moderna; além disso, também foi o criador da crônica social moderna. E mais, cita-se que ele “popularizou entre nós as então novidades da entrevista e da reportagem in loco, possibilitando que os jornalistas saíssem das redações e fossem para a rua." 


Copacabana na década de 1920

Sua obra mais famosa, que lhe garantiu a imortalidade, foi "A Alma Encantadora das Ruas", um livro de crônicas lançado em 1908. Neste livro, o homem que desvendou a alma das ruas cariocas, escreveu: "A rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais niveladora das obras humanas".

A avenida Rio Branco na década de 1920

Se alguém tivesse dito há um século atrás algo como: "Se daqui a 100 anos adiante alguém pretender entender como era o Rio de Janeiro de hoje, essa pessoa vai ter que recorrer ao João do Rio". Assim amigos, recomendo sua obra, pois ela é muito rica e "trata da vida e da linguagem de diferentes grupos sociais do Rio de Janeiro do começo do século 20. Seu olhar atento fez de presidiários, trabalhadores braçais, prostitutas, barões, dândis, cocotes e outros seres urbanos tema de investigação. Os espaços sociais - terreiros de umbanda e candomblé, igrejas, cabarés, cortiços, favelas, minas, palácios, presídios - em que se movimentam essas criaturas são expostos com realismo e sensibilidade" 

Praia do Flamengo a noite e ainda sem o aterro em 1930

Enfim, amigos, a pergunta que fica é: teria João do Rio escrito alguma crônica sobre a nossa Primeira Festa das Árvores? Eu imagino que sim, e se ela existe, teremos que fazer buscas nas edições digitalizadas do citado jornal Gazeta de Notícias, que pode ser encontrado no acervo eletrônico da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Alguém se habilita? 

Praia de Copacabana à noite, década de 1920

Foi prosaica a causa mortis daquele que, adotando no sobrenome o nome sua querida cidade, também foi considerado "o repórter maldito da noite carioca”: um derrame cerebral, aos 39 anos, no auge da carreira, enquanto, ironia do destino, cruzava a cidade num táxi… Famoso que se tornara, cita-se que 100 mil pessoas participaram de seu enterro no cemitério São João Batista.

 Evoé, João do Rio, um século vos contempla!

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