terça-feira, 10 de junho de 2008

O TERÇO, UMA BANDA DE ESTILO ÚNICO, E QUE DEIXOU MUITAS SAUDADES



Uma tremenda bandaça! Quem? O TERÇO! Aqui, uma pequena biografia da banda.

Alguém perguntará: - Mas porquê Terço? Esse nome pode soar estranho, uma vez que ele imediatamente remete ao rosário católico, mas não tem nada a ver: ele faz referência aos primórdios da banda quando eles eram um power trio...

"Considerada na década de 70 como a melhor banda de rock do Brasil, também era respeitada no cenário da MPB. Ganhou festivais como o de Juiz de Fora e Belo Horizonte. Classificou-se por duas vezes no Festival Internacional da Canção. Durante 15 anos fez de 150 a 200 shows por ano em grandes ginásios lotados pelo país afora. Também conseguiu o recorde de público (11.000 pessoas) no Luna Park em Buenos Aires, além de fazer shows no Miden em Cannes (França) e em outros lugares da Europa. Foram convidados especiais do festival de rock progressivo na UCLA em Los Angeles". A peça instrumental "1974", do disco "Criaturas da Noite", de 1975, é considerada o hino do rock progressivo nacional. Vale a pena ouvir pois é um puta trampo de composição e inspiradíssimo e complexo tema instrumental.

O Terço, ao lado dos Mutantes, era o grande nome do rock brasileiro, conseguindo soar como um conjunto de calibre internacional. Por onde passava arrastava multidões, lotando ginásios. O disco "Criaturas da Noite" ainda teve uma versão em inglês que foi lançada em 1975 somente na Europa. O tema "1974" foi coreografada em 1977 pelo argentino Oscar Araiz, para o Royal Balet do Canadá, e apresentada em turnê pelo Canadá e Estados Unidos. Outro destaque de Criaturas da Noite é a sua belíssima capa. O título da obra é "A Compreensão", de autoria de Antonio e André Peticov."

O grande destaque do Terço era o tecladista e vocalista Flávio Venturini, que levou para o conjunto elementos do movimento mineiro Clube da Esquina, o que tornou a banda respeitadíssima por sua brasilidade única no rock brasileiro, estilo depurado e consolidado no LP "Casa Encantada". Além das sonoridades do rock progressivo e da MPB, o grupo ainda tinha elementos de hard rock e de hard progressivo.

Veja mais:
www.oterco.com.br

TRIBUTO A LUIZ MORENO, BATERISTA DO TERÇO

É uma sempre uma grande e agradável supresa para os fãs, saber que o baterista de uma banda de rock compõe, e compõe bem.

Hoje, faço um tributo aqui a um desses grandes compositores, o baterista Luiz Moreno, da banda setentista O Terço, falecido de câncer em 27-7-2002, que nos discos "Criaturas da Noite" e "Casa Encantada" - discoteca básica de rock brasileiro -, deixou duas pérolas instrumentais: "Pano de Fundo" do primeiro, e "Solaris" do segundo.

Lembrando-se que a bateria é um instrumento relativamente "monocórdio" e que não permite criação de acordes, é uma grande surpresa que um baterista tenha a capacidade de compor músicas complexas assim, e ficamos a pensar que, no mínimo - como o Phil Collins do Genesis - o sujeito arranhava um teclado. Mas acontece que o Moreno estudou música em conservatório (harmonia, teoria, ritmo e violão; e ele chegou até a tocar Moog em uma gravação, certa vez, na música "Instrumental Original Orchestra MP3").

Além disso, o Moreno estudou bateria com o melhor professor da época, Sutti (baterista da orquestra do Maestro Cipó/ TV Tupy), que muito o elogiava. Infelizmente, nada se sabe de que maneira ele compôs estas músicas.

Convém esclarecer que o Moreno, assim como o Pedrão, baixista do Som Nosso de Cada Dia, integrou a banda do Cesar Mariano com a Elis Regina, num show em 1979 - do qual existe um disco ao vivo gravado -, o que não é pouco e atesta as respeitáveis credenciais do grande baterista.

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DEPOIMENTOS:

Lembrança (12/8/2005 07:37)

Como contei para a Irinéa, quando eu era garoto eu era fã de carteirinha do Terço. Onde eles iam tocar eu ia atrás. O que mais me surpreendeu em Moreno foi quando saiu o disco - que eu esperava como um doido - "Criaturas da Noite". Quando eu vi que "Ponto Final" era dele eu lembro direitinho que meu primeiro pensamento foi:

- Além de tocar bateria o cara ainda compõe?!

( Raul Branco- Comunidade Moreno Orkut)

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(...)"Moreno, com o violão, cantando Beatles! Fiquei admirado, achei muito bonito, pois um baterista tocando violão, me fez ver que ele na realidade era um cara dedicado a música . Ele estava cantando Blackbird...muito emocionante e lindo!"

(...)Trecho extraído do livro ''Eu e o Terço",de Irinéa Maria Ribeiro

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Ponto Final (23/9/2005 13:09)

O Moreno foi um dos melhores bateristas que tiveram neste país, era muito completo, tocava, cantava, era um ótimo compositor... Com certeza senti falta dele no concerto do Terço...

A Irinéa também é muito gente fina (e o livro quando sai??)...

( Rafael -Comunidade Moreno Orkut)

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O MORENO (por Cézar de Mercês)

"Não exagero quando digo que Moreno foi como um irmão para mim. Morei na sua casa por uns tempos, antes de voltar para a banda, fomos parceiros de algumas canções inéditas, frutos das longas conversas que tivemos. Moreno era o mais culto entre todos nós. Sua discoteca era a mais completa. Ouvia de tudo. Tudo de bom, claro. Conhecia e tocava jazz. Sua formação, quando garoto, foi no Clube de Jazz e Bossa, do Rio de Janeiro."( Mercês / 2005)

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Veja mais aqui sobre o Moreno:

http://siteluismoreno.tripod.com/

Ouça aqui "Ponto Final"

Ouça aqui "Solaris"

Ouça aqui "Instrumental Original Orchestra MP3"

Clique aqui para ver a partitura de "Ponto Final"

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domingo, 8 de junho de 2008

SINO DE OURO EM PESCOÇO DE JUMENTOS: A INUSITADA APARIÇÃO DE ARNALDO DIAS BAPTISTA EM ARARAS!...

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Na distante data de 25-11-1978, o célebre e polêmico cantor Arnaldo Dias Baptista - o "Loki" -, ex-integrante da lendária banda Os Mutantes, ineditamente, iria se apresentar em Araras, isto, num novo show montado após deixar a anda Patrulha do Espaço. Os responsáveis por sua inusitada aparição, na então cidade de Araras, era a faculdade Uniararas - na época, conhecida como FRESA (Fundação Regional de Ensino Superior que estava prestes a inaugurara a novas instalações.

Acontece que os infelizes alunos da faculdade fizeram uma divulgação pífia do show: imprimiram um folderzinho vagabundo em mimeógrafo, e colocaram alguns num ponto ou outro da cidade. E, para piorar a falta de respeito para com o grande astro, marcaram seu show no mesmo dia em que a Associação Atlética Ararense iria fazer um concurso de danças discoteca - a "onda disco" estava no auge.

Resultado: por pouco não houve mais pessoas no palco que fãs na platéia, no que compareceram cerca de 20 privilegiadas pessoas no raro show, enquanto que na A. A. A. a noite bombou. Eu era adolescente na época, e me recordo que colocamos 20 cadeiras em forma de meia-lua em frente ao palco, e, ali, nos desbundamos com um belo e especialíssimo show  à cargo do Loki acompanhado de uma grande banda e com um repertório incrível!

O Arnaldo fez o show sem ressentimentos, mas disseram, depois, que ele havia chorado nos bastidores, de tristeza e frustação. Mas a culpa não era dele, mas sim dos alunos da faculdade e deste povo alienado e ingrato desta cidade, bem como da então odiada onda disco, execrada com ódio mortal pelos rockeiros de todo o país na época.

Como eu - mesmo jovem e não tão culto -, estava ciente do "momento histórico" deste especialíssimo show em terras canavieiras, tive o cuidado de guardar para o meu precioso baú um exemplar deste raríssimo folder, que documenta esse malfadado dia em que Araras cometeu esta heresia contra um dos grandes astros do rock brasileiro!

É por isso que eu sempre digo, quando me recordo desse inesquecível dia: a aparição do Loki em Araras foi - para usar uma expressão minha - um sino de ouro em pescoço de jumentos (com todo o respeito aos autênticos jumentos). Mas os jumentos, obviamente, não foram os 20 privilegiados que curtiram o grande show, mas sim os maria-vai-com-as-outras que foram travoltear no embalo de sábado a noite na pista da A. A. A...

VEJA O SITE DO ARNALDO AQUI:

sábado, 7 de junho de 2008

AS MALUQUICES DO RAUL SEIXAS...



Na foto, Raul e Edit Wisner, no final da década de 60 - já era um Maluco Beleza!

Certa vez, dois amigos de Raul foram visitá-lo em sua casa em São Paulo. Na saída, Raul entregou um pacote a um deles e disse: ‘Toma pra você. São Paulo tá muito perigosa...’. Quando o amigo abriu o pacote, o que havia dentro?
R: Um salva-vidas.
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Um amigo próximo de Raul Seixas conta uma história curiosa. Certa vez, em Guabimirim, Rio de Janeiro, os dois ficaram bebendo a madrugada e depois foram dormir. O amigo acordou e achou estranho que Raul havia sumido. O que o Maluco Beleza estava fazendo?
R: Cantando e tocando músicas de Elvis para um monte de bêbados.
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Jerry Adriani, em sua lista de casamento, esqueceu de incluir o nome do convidado ilustre Raul Seixas. Quando o cara chegou na igreja, foi barrado pelo segurança. O que Raul fez para conseguir entrar na cerimônia?
R: Disse que era o padre que ia celebrar a união do casal.
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Os amigos de Raul dizem que, quando ele estava no Exterior, gostava de se portar como americano. Certa vez, em Nova York, Raul passou uma cantada em uma garota que passava na rua, em inglês. O que aconteceu em seguida?
R: A garota era Rita Lee, que disse que ia contar tudo para a mulher dele.
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Sylvio Passos tinha tido a idéia de fazer o primeiro fã-clube de Raul. Ele ligou para o cantor, que o convidou para jantar com ele. O fã, chegando lá, ficou cheio de dedos, sem saber como agir. Como Raul quebrou o gelo da situação?
R: Comeu macarrão da panela e com a mão.
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ALGUMAS CONFISSÕES DE RAUL SEIXAS

“Toda espécie de agrupamento na vida é uma tentativa de fortalecimento, necessidade de amparo. Medo de saber que é lindo ser diferente de todos os demais”

“Ah... eu sempre escrevia pelas paredes: ‘Quero ser normal’. Já tive esperança de um dia ser normal, onde tudo é como no dicionário; crer no dicionário, ser o que é dito para ser e crer nisso.”

“Que capacidade impiedosa essa minha de fingir o tempo todo ser normal.”


* A foto inserida é do Raul, no final da década de 1960, com sua primeira mulher, a Edtih Wisner. Considero a foto mais engraçada dele. Foto profética: o Maluco Beleza, tava tudo ali!... ói, ói o trem!...
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A "TORRE EIFELL" UMA NOVA CONSTELAÇÃO QUE, INFELIZMENTE, NÃO VINGOU


Em 1922, era lançado um livrinho (Elementos de Cosmografia e Geografia Geral) onde pela primeira vez venha estampado o desenho de uma nova constelação: a "Torre Eiffel".

Foi o Dr. Belfort de Mattos, diretor do Observatorio da Avenida Paulista, quem sugeriu a ao cientista e escritor Camile Flammarion a transformação destas estrelas em uma nova constelação, devido à sua sugestiva conformidade. A idéia, infelizmente, não vingou, mas quem olhar para o céu nesta época do ano, poderá localizá-la facilmente: ela se situa entre as constelações do Escorpião e do Cruzeiro-do-Sul, paralelas e à esquerda das estrelas alfa e beta do Centauro. A Torre Eiffel é formada por estrelas da constelação do Centauro e do Lobo. A ilustração ao lado foi extraída do livro do dr. Mattos.
O curioso desta história é que ela poderia ter se concretizado: em 1930, a União Internacional fixou o número de constelações em 88. Depois disso não havia mais possibilidades de serem batizados novos grupos de estrelas.

Localize mais facilmente a Toirre Eifell no moderno mapa abaixo:


FONTE:
Contatar autor.
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sexta-feira, 6 de junho de 2008

A CANTIGA DE CEGO, O ÚNICO ESTILO MUSICAL GENUINAMENTE BRASILEIRO

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Poucos sabem, mas existe no Brasil um estilo musical sem antecedente algum! Ao contrário do que se diz, o chorinho não é o mais brasileiro dos gêneros musicais. Quem pôs abaixo esse conceito equivocado foi o maestro José Siqueira, que, em 1950, divulgou em seu “Sistema Trimodal Brasileiro” que a música folclórica do Rio Grande do Norte apresentava “características próprias que a tornam a mais pura e bela do país”.

Como os pregões e aboios, as cantigas de cegos são manifestações legítimas do povo, geralmente catalogadas como cantigas de trabalho. É assim que Oneyda Alvarenga (foto) as considera em seu livro Música Popular Brasileira (1945), pela sua “destinação utilitária definida”. Eis os versos que ele recolheu de uma audiçãemem Natal:


“Se eu pudesse trabalhar,
Trabalhava e não pedia;
Cidadão me dê uma esmola
Pelo amor da Virge Maria”.

Consideradas monótonas, muitas vezes, as cantigas de cegos conservam, entretanto, as características inconfundíveis próprias da música folclórica nordestina – música de originalidade e riqueza que não tem símile em nenhuma outra região do país. É evidente que suas raízes são européias de caráter, – lembrava Oneyda Alvarenga –, mas a solfa que as distingue é contribuição genuinamente nordestina.

Para o maestro José Siqueira (foto), tanto no folclore vocal quanto no instrumental, ele observou a constância de três modus diferentes de quantos existem no universo. Esses modus ordem de tons e semitons na escala diatônica usados sistematicamente dão à melodia uma cor própria, alterando por inteiro o sistema harmônico, base da tonalidade moderna, em que se apóia a música erudita, desde o século XVII. Depois de demonstrar que o I Modus corresponde, por eufonia, ao Hipodório grego ao Mixolídio Eclesiásti­co, da mesma maneira que o II Modus corresponde ao Hipomixolídio grego ou lídio eclesiástico, ele acentua que o III Modus não tem correspondência histórica, devendo ser considerado, por isso, o Modus nacional por excelência. Ele não tem similaridade em nenhuma região do país, e, tanto no folclore vocal quanto no instrumental, observou a constância de três modus diferentes de quantos existem no universo.

O maestro indica dois caminhos para explicação dessa aproximação entre os Modus Eclesiásticos e os nordestinos: a influência da música jesuítica e a acústica da região na parte referente às vibrações dos corpos sonoros.

Os interessados em se aprofundar no tema, devem estudar o trabalho do maestro, que que é amplamente ilustrado. Pesquisadores afirmam que esta parece ser a primeira vez que um especialista e compositor do nível de José Siqueira apontou as características da música folclórica nordestina.

Veríssimo de Mello (foto) afirmou que no mercado público de Natal, em 1964, ouviu várias cantigas do cego Pinheiro, tendo gravado a que o Prof. Oswaldo de Souza passou para a pauta musical e , segundo ele, parecia uma amostra bastante expressiva desse gênero da música popular nordestina.

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O jornal O Estado de São Paulo, em 1992, pediu ao cantor e compositor Tom Zé (foto) que comentasse artigo sobre o Tropicalismo que saíra no New York Times Magazine. O músico deu uma resposta à altura, e, se referindo à música nordestina, falou com muita propriedade sobre o assunto. Aqui, um trecho desta resposta. Nos EUA, disse Tom Zé:

“Eles falam como se Oswald de Souza, sua Antropofagia e o rock internacional já estivesse no âmago da tropicalidade, como a árvore na semente de Parmênides. Não estavam. Antes estava o Nordeste.

O Nordeste e os Gerais do Esta­do de Minas convivem com o efeito residual de oito séculos de dominação árabe na Península Ibérica, desde a Baixa Idade Média até a boca do Renascimento. Ou seja, enquanto os bisa­vós do Sr. Mazaropi eram educados pelos bárbaros cristãos, em todo o Velho Continente, a Península Ibérica (Portugal e Espanha) recebia uma sofisticada educação, com a cultura moçárabe. É que o povo árabe, naquele momento, era a sociedade mais culta do planeta.

E encontramos esses oito séculos de cultura no sertanejo analfabeto. Seus antepassados chegaram ao Brasil nos séculos 16 e 17. No Nordeste e nos Gerais, empobreceram, tornaram-se analfabetos, mas tanto amavam sua herança moçárabe dos avô que começa­ram a dançar cultura, cantar cultura, falar cultura. E a ler conceitos, metafísicos nos eventos do dia-a­dia; a fazer pentimento, sobrepondo à dura paisagem nordestina chaves de conhecimento esotérico; e uma humorada Weltanschauung que sobrevive à miséria, estabelecendo eixos filosóficos a sintaxe de uma língua têxtil.

Cultivaram musicalmente os mo­dos dórico e mixo­lídio, este, geral­mente, com a quarta aumentada (estudo de Heraldo do Monte), os mesmos mo­dos nos quais se compuseram as primeiras canções do pré e do Tropicalismo. Será que eu exagero quando digo ‘falar cultura’? Pois deixem hoje o capítulo da novela e leiam um capítulo de Guimarães Rosa. Valeu!”

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Sobre esses estudos do violeiro e guitarrista Heraldo do Monte, citado na entrevista por Tom Zé, transcrevo aqui um trecho extraído de uma entrevista de Heraldo e o guitarrista Olmir Stocker, extraída da revista Cover Guitarra, em que Heraldo (foto) comenta o que estava ocorrendo com a música nordestina naquela época, no carnaval de 2000, quando uma “molecada” estava usando escalas hungaras e, por isso, descaracterizando a original música nordestina:

(...) Só existem três escalas sacramentadas na cultura nordestina: o mixolídio (Do/Fá/Mi/Fa/Sol/La/Si bemol), o mixolídio com a quarta aumentada (Do/Re/Mi/Fa#/La/Si Bemol) e o dórico (Do/Re/Mi bemol/Fa/Sol/La/ Si bemol), que seria a escala menor. O que esses caras estão usando é a escala húngara básica - Do/Re/Mi bemol/Fa#/Sol/La bemol/Si. Isso está se descaracterizando muito, sabe? Mas não são muitos...”

Clique aqui e saiba mais sobre este estilo musical:

http://www.jangadabrasil.com.br/dezembro52/of52120a.htm

http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/cantosdecegos.htm

www.sac.org.br/ 60_anos_123.htm



FONTE:

4 fontes de textos; 5 fontes de imagens - consultar autor.
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O GUITARRISTA JOHN MC LAUGHLIN EM MAUS LENÇÓIS NUM IMPROVISO COM O BRUXO HERMETO PASCHOAL.

c Quem assistiu na época, ou em reapresentações na TV, do Festival de jazz de São Paulo, ocorrido há trinta anos atrás (1978), se recorda da célebre noite em que o gênio da guitarra jazz rock John Mc Laughlin se viu em maus lençóis num improviso com o bruxo Hermeto Paschoal.

É que na hora em que Hermeto se concentrava para iniciar sua apresentação, disseram que o Mc Laughlin “começou a fazer barulho com o amplificador colocado no palco”. Hermeto não gostou nada do que ouviu, e quando chegou a vez do guitarrista tocar, mandou avisar que ia entrar no palco. Mc Laughlin ficou transtornado, principalmente quando o bruxo disse que ia tocar sintetizador, instrumento que jamais havia tocado antes...

Hermeto entrou e arrasou, deixando Mc Laughlin em apuros: este se machucou um pouco na hora de improvisar pois o bruxo inventou de tocar música nordestina... Essa estilo musical costuma explorar escalas não muito convencionais na música ocidental. E o improviso feito por Hermeto explorava o uso do intervalo de quarta aumentada, “acidente” que derruba mesmo – é a dominante da dominante que aparece em momento inesperado.

Veja na ilustração um exemplo de uma melodia que usa este intervalo.











FONTE:

Contatar autor.
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