Mostrando postagens com marcador Fagundes Varella. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fagundes Varella. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 30 de março de 2009

ANDANÇAS DO POETA FAGUNDES VARELLA E ACONTECIMENTOS MARCANTES EM SUA VIDA

.
Como venho escrevendo um romance biográfico sobre o poeta Fagundes Varella (1841-1875), para facilitar o meu trabalho, precisei fazer um roteiro que resumisse todos os acontecimentos marcantes em seu vida. Achei uma boa idéia disponibilizá-lo na Internet, para o usufruto de quem interessar possa. É provável que ele contenha erros, e se alguém descobrir algo, me avise.

Adianto que livro algum lançado sobre o Varella contém uma cronologia como essa, que vai a fundo em sua vida. A pesquisa foi feita em nove livros biográficos seus. Creio que ela será muito útil aos pesquisadores de sua vida, bem como fãs e curiosos.

À propósito, sobre o meu livro, ele se chama "O Romeiro da Maldição - As reinações do poeta Fagundes Varella", e pretendo, melhor, tenho que lançá-lo até o começo do ano que vem, no máximo até abril, para coincidir com o centenário do penúltimo e fenomenal aparecimento do cometa Halley, que é um dos assuntos do livro, que, à esta altura, já está ultrapassando 600 páginas.
.
-->
ANO
CRONOLOGIA BIOGRÁFICA DO POETA FAGUNDES VARELLA
1812
- Nascimento, à 27/11, do pai de Fagundes Varella, o doutor Emiliano Fagundes Varella.
1830
- 20-11, assassinato, em São Paulo, de Libero Badaró, que é socorrido pelo doutor Emiliano.
1841
- Rio Claro/RJ – Nascimento de Fagundes Varella em 17-8- 1841.
1851
- Viagem à Catalão-GO, com o pai, aos dez anos, onde conhece o escritor Bernardo Guimarães, então juiz municipal.
1853
- Em Angra dos Reis, Fagundes Varella inicia seus estudos primários com o professor Souza Lima.
1854
- O pai vai trabalhar Petrópolis/J, onde Fagundes estuda com Jacinto Augusto de Matos e José Cândido de Deus e Silva. Mora primeiro na baía de Ilha Grande, e depois na baía de Guanabara, onde, cita-se, residiu por dois anos.
- Em 30/4 é inaugurada a primeira estrada de ferro do Brasil que ia o porto de Mauá até Fragoso, perto de Raiz da Serra/RJ.
1855
- A família muda-se para Niterói/RJ.
- Fagundes prega uma peça em seu professor, o Dr. José Cândido – que lhe disse que nunca seria bom poeta –, quando se faz passar por Camões e o engana.
1859
- Desembarque em Santos-SP em 5/7 pelo vapor Piraí, de onde se dirige à São Paulo a fim de terminar os preparatórios para ingressar na Faculdade de Direito.
- Estréia como poeta no jornalzinho “Associação Recreio Instrutivo”, onde publica “O Vagalume” e “Vem!...,” esta endereçada à Ritinha Sorocabana.
- Falece o avô, Cel José Luís de Andrade, no 2º semestre.
1860
Em 27/5 publica seu primeiro artigo, “Drama Moderno”, na “Revista Dramática”, e artigos na “Revista da Associação Recreio Instrutivo”.
- Depois de um ano em São Paulo, visita o distrito de S. J. Príncipe, em Rio Claro, no Rio de Janeiro.
1861
Volta à São Paulo em janeiro.
- Publica em setembro uma ode à Independência denominada “7 de Setembro”.
- Neste mesmo mês publica “Palavras de um Louco” no “Associação Recreio Instrutivo”.
- Publicação dos folhetins “As Ruínas da Glória” e “A Guarida de Pedra”, e de poemas em homenagem aos atores Furtado Coelho, Eugênia Câmara e João Caetano, no jornal “Correio Paulistano”.
- Publica a poesia “Eugênia atriz Eugênia Câmara”, e, no dia 28, “Oração a Eugênia Infante Câmara.”
- Em outubro, o “Correio Paulistano” publica uma série de contos e poesias de Varella.
- Em 11/11 é anunciado em São Paulo a chegada do Circo Eqüestre e Ginástico Cia. Luande, do pai de Alice Luande, artista pela qual se apaixona.
- Em 12 /11 é lançado seu primeiro livro, “Noturnas”.
1862
- Matrícula na Faculdade de Direito de São Paulo.
- Vai para Rio Claro/RJ, para pedir permissão ao pai para se casar com Alice Luande.
- Em 15/4 desembarca em Santos com o vapor Pedro II na companhia de Alice.
- Vai para São Paulo e, passando por Cotia e São Roque, vai para Sorocaba, onde se apresentava o Circo Luande.
- Em 7 de maio o pai escreve a Varella advertindo-o dos perigos de um casamento precipitado.
- Em Sorocaba, em 28/6/1862, casa-se com Alice.
- As famosas feiras de muares de Sorocaba ocorriam de meados de abril até meados de junho, mas este ano fora um fiasco devido à peste dos cafezais que fez com que os mercadores não aparecessem à cidade.
- Varella segue com pelo interior de São Paulo como atração do circo do circo Luande, onde declamava suas poesias, se apresentando em Santa Rita, Itu, Porto Feliz, Tietê e Rio Claro.
- Em outubro o circo volta para São Paulo, onde, no dia 12, morre a mãe de Alice.
1863
- No começo do ano é processado por injúria.
- Em maio é despejado de sua casa numa chácara no Brás/SP, situada atrás da igreja Senhor Bom Jesus.
- Livro “Vozes da América” lançado em 13 de setembro.
- 4/9 nasce seu primeiro filho, Emiliano.
- Em 18/10 é processado, e refugia-se longe da mulher em repúblicas de amigos. É preso por dívidas comerciais em 21/10/1963 em São Paulo.
- 11/12 morre Emiliano, e Varella compõe a célebre poesia elegíaca “Cântico do Calvário” dedicada ao filho morto.
- Dezembro: mês em que se creditou a Varella o famoso acróstico “O bobo do Rei faz anos”, uma “homenagem” ao aniversário de Dom Pedro II. Parte com Alice para Rio Claro/RJ, em férias de verão.
1864
- Em 14/3 desembarca com Alice em Santos pelo vapor Santa Maria.
- Em 6/9 é lançado “Vozes da América” (com “Cântico do Calvário”), mesmo mês em que é apresentada sua desaparecida peça de teatro “39 Pontos”, pelo ator Lopes Cardoso no teatro São José.
- Serviços avulsos de escrevente de cartório.
- Em dezembro, não presta os exames da Faculdade e retorna com Alice para a fazenda Santa Rita em Rio Claro/RJ.
- Alice dá os primeiros sinais da doença, e Varella diz que vai estudar o 3º ano em Recife.
1865
- Parte no vapor Béarn do Rio de Janeiro para Recife em 24/2 para cursar o 3o ano em Olinda/Pernambuco.
- O navio encalha na Ponta dos Castelhanos em 27/2. Tripulantes chegam em Salvador em 3 de março, enquanto Varella fica em Valença,. Depois, parte a pé para Salvador, onde vem a conhecer o poeta Castro Alves, que era primeiroanista .
- Junto de Castro Alves, chega a Recife em 18 de março pelo vapor Oiapock.
- 30/6 morre sua avó e Alice Luande (dia ?).
- Em 18/8 e Castro Alves declamam no teatro Santa Isabel.
- Lança “Cantos e Fantasias” em 10/11.
- Em dezembro, no vapor Víper, parte da Bahia indo para o Rio de Janeiro na companhia de Castro Alves, onde chega no dia 24.
- Neste ano, Varella é considerado o maior poeta do país.
- Visita Rio Claro/ RJ.
1866
- Chega à Santos em 7/3 com o vapor São José, indo para São Paulo para cursar,em março, o 4° ano de Direito.
- Quando pode, viaja pelas cidades vizinhas em busca de novidades e entretenimentos.
- Em junho, perde o ano por faltas.
- Em 27/6 ainda se encontrava em São Paulo.
- Em 26 de agosto, dá início à uma coluna jornalística com as crônicas intituladas “Em falta de melhor”, depois “Folhetins”, no “Correio Paulistano”, sob o pseudônimo de Smarra.
- Parte para Rio Claro/RJ, onde volta a viver, e se desentende com seus conterrâneos, aos quais ataca com poesias ferinas.
- Vive uma período de grande ociosidade sem nada fazer, considerado um período de reintegração à natureza, fase que dura até 1870.
- Não conclui o 4 º ano.
1867
- Em 10/3 casa-se com Maria Belizária, sua prima, a mesma a quem, em sua juventude, dedicara a poesia “Iná”.
- Inicia sua fase nômade de andarilho, e caminha por Angra dos Reis, Mangaratiba, Parati, Bananal, Barra Mansa, Niterói, Santos e São Paulo, de onde parte em junho.
- Em 15/12, publica seus últimos artigos no “Correio Paulistano” sob o pseudônimo de Smarra.
1868
- Fevereiro: publica “Cantos do Ermos e da Cidade”. A atriz Eugênia Câmara desembarca no Rio de Janeiro na companhia de Castro Alves. Em 12/3, Castro Alves chega a São Paulo com Eugênia.
- Eugênia apresenta uma peça de Varella sem mencionar o autor.
- 11/11: Castro Alves se fere dando um tiro no próprio pé numa região do Brás, em São Paulo.
1869
- Publica “Cantos Meridionais”.
- Em 4/1 vai para Paraíba do Sul, onde, no jornal local, publica um artigo em louvor ao pintor e desenhista Vicente José Micolta.
- O pai de Varella vende a fazenda em Rio Claro/RJ.
- Em 7/9 compra a fazenda São Carlos em São João Príncipe, que tem aos fundos o ribeirão das Araras.
1870
- Varella caminha em pelo interior em Barra Mansa e Angra dos Reis, e também em Santos/SP. Em Angra dos Reis passa dois meses, onde publica artigos no “O Artista”. Em Santos escreve o poema “Canção”.
- Nasce sua filha Ruth em 21/5.
- Dá início à confecção de “Anchieta ou o Evangelho nas Selvas”, compondo-o na fazenda do primo Nuno Eulálio em Rio Claro, em Niterói e Paraíba do Sul e outros lugares por onde andou.
1871
- O pai vai morar em Niterói/RJ, onde reside até 1875.
- Varella e esposa moram de favores em casa de parentes.
- Recebe aí o apelido de “Bode”.
- Ajuda esporadicamente o pai em trabalhos jurídicos.
- 27/6: falece o poeta e amigo Paulo Eiró.
- 6/7: falece Castro Alves.
- Caminhadas pela Serra da Bocaina.
1872
- Nasce sua segunda filha, Lélia, em 18/6.
1874
- Nasce seu segundo filho, Emiliano, em Niterói em princípios de novembro, falecendo em 1/12.
1875
- Termina o livro “Anchieta ou o Evangelho nas Selvas”.
- Falece de um ataque de apoplexia, aos 33 anos, em Niterói, RJ, na manhã de 17/2/1875.
- Deixa inédito “Diário de Lázaro” e “Cantos Religiosos”.
1876
- A irmã mais velha, Maria Rita Andrade, falece em 16/4.
- Em 27/5 (ou 5/6?) falece sua mãe, D. Emília.
- O pai muda-se para Mangaratiba, onde reside com o filho Carlos Alberto.
1882
- Carlos Alberto falece.
1891
- O doutor Emiliano falece em 25/3, quando residia no Rio de Janeiro.
.

terça-feira, 8 de julho de 2008

AS INSCRIÇÕES FEITAS NAS CASCAS DAS ÁRVORES VÃO PARA CIMA ENQUANTO ELAS CRESCEM?

.

“Lendo-os, a gente repassava um dos
mais interessantes capítulos da história
da fazenda. Quem não gosta de um lugar
não deixa espontaneamente nele,
como um pouco de si, o seu nome.”
(...e os Campos de Jordão foram Pindamo-
nhanguaba. Balthazar de Godoy Moreira. 1969)


“Ai! coqueiro do mato! Ai! Coqueiro do mato!
Em vão tentas os céus escalar na investida...”
(Juca Mulato. Menotti del Picchia. 1917)



Não são poucas as pessoas que acreditam que uma inscrição feita na casca de uma árvore vá aos poucos subindo para o alto, imaginando que o tronco cresça para cima. Nada mais equivocado, no entanto esta é uma lógica oriunda mais do universo infantil do que do de adultos, embora entre estes existam crentes nesta falácia. Eu próprio, nos meus tempos de adolescente, fiz uma poesia falando algo semelhante. O assunto dá ibope: em 1998 foi tema de uma questão no vestibular de Biologia da Unesp de Rio Claro, São Paulo.

A crença é antiga e oriunda da poesia bucólica latina. Virgílio (71-19aC) faz menção ao fato em sua obra Bucólicas (X, 52-54); Ovídio (43aC-17dC) cita-o em seu livro Heróides (23), bem como Petrônio (14aC-66aC), que escreveu sobre uma árvore que cresceu e um ramo encobriu as inscrições: Crescit arbor, gliscit ardor, ramus implet litteras. O engano passou da antiguidade à literatura moderna. Vou citar dois exemplos. O primeiro, do poeta brasileiro Fagundes Varella (1841-1875), na poesia "As Letras":

“Na tênue casca de verde arbusto
Gravei teu nome, depois parti;
Foram-se os anos, foram-se os meses,
Foram-se os dias, acho-me aqui.
Mas ai! o arbusto se fez tão alto,
Teu nome erguendo, que mais não vi!
E nessas letras que aos céus subiam
Meus belos sonhos de amor perdi”

O segundo, "Versos de circunstância", é de Jean Cocteau (1889-1963), poeta, dramaturgo, romancista e desenhista francês:

“Em vez de gravá-lo em mármore,
Guarde teu nome numa árvore,
Que ela crescendo, há de ver
Teu nome também crescer”

A título de curiosidade, transcrevo aqui a estrofe de minha infeliz poesia:


“Num gomo de velha palmeira
Gravei meu romance a punhal
No tronco que no céu mergulha
Lá onde não pisa o mortal.”


Desde as primeiras expedições dos catalães e portugueses, tinham os navegantes o costume de gravar os seus nomes em árvores, destacando as espécies baobá (Adansônia digitata) e a dracena (Dracaena draco), que, obviamente, não é o conhecido arbusto ornamental. Nem sempre o faziam por veleidade ou vão desejo de glória; muitas vezes a inscrição era para eles uma espécie de marco, algo como um símbolo de posse, um meio de assegurar à sua pátria os direitos de primeiro colonizador. Os navegantes portugueses escolheram, com frequência, para este fim, a bela divisa do infante D. Henrique, duque de Vizeu: Talent de bien faire

Essas árvores, por seus troncos largos e robustos, era um prato cheio àqueles que gostavam de praticar tais hábitos. A descrição mais antiga de que se tem notícia do baobá data do ano de 1454; é a do veneziano Luís Cadamosto, cujo verdadeiro nome era Alviso ele Ca-da-Mosto. Encontrou ele, na desembocadura do Senegal, onde se juntou a António Usodimare, troncos cujo circuito avaliou em 17 toesas ou seja, aproximadamente, 33 metros. Pôde compará-los com as dracenas que de antes tinha visto. Perrottet, na sua Flora de Senegâmbia, diz ter achado baobás que mediam 10 metros de diâmetro por 23 ou 26 apenas de altura. O botânico Michel Adanson (1727-1806) indicou dimensões iguais na descrição de sua viagem feita em 1748. Os maiores troncos de baobás, que viu com os próprios olhos em 1749, uns nas ilhotas Madalenas, próximo de Cabo Verde, outros na desembocadura do Senegal, tinham de 8 a 9 metros de diâmetro e 23 de altura, com uma coroa de 55 de largura. Adanson acrescenta, porém, que outros viajantes encontraram troncos que chegavam a ter 10 metros de espessura. Navegantes holandeses e franceses tinham gravado os seus nomes nas cascas em letras de 16 centímetros de comprimento. Uma destas inscrições era do século XV, e não do XIV, como, por equívoco, Adanson afirma em sua obra Famílias das plantas, publicada em 1763. Outras não datavam de mais além do século XVI. Adanson calculou a idade das árvores, pela profundidade das incisões que tinham sido cobertas por novas camadas de madeira, e também comparando a sua espessura com a dos troncos das árvores da mesma espécie cuja idade era sabida. Para um diâmetro de 10 metros, Adanson achou uma idade de 5.150 anos.



Quanto ao fato de se crer que uma inscrição numa casa de árvore vá para o alto com o suposto crescimento do tronco e, por isso mesmo, não ser mais visível do chão, há certas espécies que possuem tal capacidade de regeneração que os talhos feitos em sua casca desaparecem por completo com o passar dos anos – uma explicação simples para o sumiço ou a “invisibilidade” de uma inscrição.

O viajante português Augusto Emílio Zaluar, em sua obra Peregrinação pela província de São Paulo – 1860-1861, cita um caso clássico envolvendo D. Pedro I: certa feita, o imperador passando por Guaratinguetá, deixou suas iniciais numa figueira monumental que se situava na entrada da cidade. Zaluar escreveu:

"Aí pernoitou esse dia, e foi por ocasião que entalhou a sua inicial no tronco da figueira. A árvore hoje tem crescido a ponto que as letras P. I., que então ficavam na altura do braço de um cavaleiro, agora tem a elevação de mais de três homens".

Agora, o biólogo e desenhista de botânica Wenilton vai falar: na verdade, o desenvolvimento de uma árvore ocorre de duas maneiras: a primeira pelas extremidades de todos os ramos, nos quais há um grupo de células que se dividem, fazendo-os alongar; a segunda, pelo câmbio, que é uma camada de células que recobre a parte do lenho da árvore. Quando as células do câmbio se dividem, o tronco, os galhos, os ramos e as raízes tornam-se mais grossos. (Na foto, inscrição minha em coqueiro em frente a casa onde eu morava na Usina Palmeiras; ela está na mesma altura de quando foi feita, quando tinha uns 10 anos. Saudades...)

Enfim, o fato de uma inscrição numa árvore ir para cima não passa de mera crendice popular – uma mentira pra lá de cabeluda! Verdade mesmo, só o daquele causo estrelado por um famoso contador de histórias ararense – o velho Civilico que, certa vez, esqueceu seu relógio dependurado numa pequena árvore quando foi pescar e, anos depois, retornando ao local, viu o mesmo lá em cima, num galho da árvore já crescida, e, pasmem, funcionando.. É que um raminho de cipó dava corda no bichinho enquanto crescia!... Êta fumico forte!


BIBLIOGRAFIA (9 fontes):
Contatar o autor.
.