terça-feira, 10 de janeiro de 2023

A "ARTE DE COMPOR MÚSICAS

Compor músicas, inspirado por meus ídolos (e eu não escondo isto), poderia dizer que é uma forma de "demonstrar" erudição, diversidade e um profundo conhecimento do trabalho destes meus queridos mestres (e eles são muitos, e de diversos estilos). 

É também uma forma de deferência e veneração às suas obras, que tanto estimo e que inspiraram as canções que compus. 

Também, diria, que elas evidenciam a minha capacidade, como artista criador, de reaproveitar elementos positivos destes obras em um novo contexto, contexto este que são as minhas próprias músicas... rsrsrsrsrs... 

E nisto, a minha enorme gratidão vai para o infelizmente falecido Gonzaguinha - meu mestre-supremo nesta forma de arte -, que é o artista que sempre me inspirou na maioria das músicas que compuz! Ele é a minha maior referência!



* Na foto, eu, aos meus 20 anos, compondo minha segunda música, estilo MPB.

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

O FUNK CARIOCA E O USO ABUSIVO DO AUTO-TUNE...

 PRONTO, FALEI!!!.;..

Os músicos do Rock Progressivo, bem como os da Disco Music e da música Pop, fizeram um uso maravilhoso, bem dosado e de bom gosto com o recurso eletrônico para alterar voz chamado Vocoder. Já os imbecis do funk carioca, fazem UM uso abusivo e insuportável do Auto-Tune - na verdade, um aparelho para afinar a voz -, e não tem uma música que não gravem que não colocam este efeito horrível na voz, de modo que o que era para ser um meio, acabou se tornando um fim. Tem que ser muito amador e anti profissional para lidar com música desta maneira, sem critério e sem parcimônia, se é que se pode chamar este lixo de música…


O  velho e analógico Vocoder:


O onipresente digital Auto-tune:



Ouça aqui o uso do Vocoder neste grande sucesso da banda de Disco Music,
 a Earth, Wind & Fire em "Let's groove tonight" (1981)



Ouça agora "Autobahn" (1978), da banda de música eletrônica alemã Kraftwerk:



Exemplos de funk carioca usando a merda do Auto-Tune eu não vou colocar, e desnecessário dizer o porquê...
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domingo, 9 de outubro de 2022

REGIME MILITAR: TEMPO DE PAZ, AMOR E MASSAVILHAS…

Eu tenho inúmeras coleções de revistas de rock dos anos 70 e 80, e Ditadura era um assunto que raramente entrava nas pautas das reportagens e os músicos mal se referiam à ela, pelo contrário, só falavam maravilhas... Motivo: todo mundo tocou, compôs, fez shows, gravou, foi nas TVs, e curtiram adoidado a Contracultura. 

Aconteceram problemas? Certamente que sim, mas raros problemas graves, e se aconteceu, é porque o músico ou a banda se envolveu em subversão e comunismo, cutucando a onça com vara curta. O próprio Osvaldo Vecchione do Made in Brazil (o show do tanque) admitiu que erraram ao cutucar os militares com seu show “Massacre” e foram censurados! 

Oras, e o Alice Cooper - o inimigo público nº 1 dos EUA, o terror das famílias conservadoras e tradicionais norte-americanas, à violência explícita, cobras, espadas, guilhotina, camisa de força, etc. e os militares não deram um pio, inclusive, a banda teve de fazer um show especial para eles e, até o momento, nada consta de repressão ou censura! Aliás, crianças foram aos shows! E, então?! 

E, por outro lado, o que dizer das vigilâncias do Regime Militar contra os avanços do comunismo, que estimulou a criatividade dos músicos daqueles tempos, em especial os da MPB? Quantas obras primas não foram criadas e inspiradas por aquela situação? Pois é…

Na verdade, o grande problema da maioria das bandas de rock brasileiras eram as gravadoras, pois era muito difícil gravar e dar continuidade à vida e ao projeto da banda. A maioria das bandas acabou por isso, por não poderem registar expor suas obras (não comerciais = não vendáveis) ao País. Mesmo assim, havia shows a rodo e festivais ocasionais por todo o País, suprindo a galera ávida por rock. 

Agora, computando no geral, depois de tudo passado, alguns músicos daquela época querem inventar falsas narrativas falando horrores do Regime Militar, como se tivessem esmagados por uma máquina! Menos, menos!... Ponham a mão na consciência! Obviamente, houve delegados e militares preconceituosos com “cabeludos vagabundos e drogados” que agiram arbitrariamente e, sem o aval (e até conhecimento) dos superiores, agiram à sua maneira, fazendo muita gente ser presa por arruaças e drogas, bebedeiras, ter o cabelo cortado e banho forçado etc., mas eram casos isolados e não rotineiros. Uma grande verdade é que havia muita “neura” em relação aos “óme”... 

Vale lembrar de compositores inteligentes e letristas notáveis, como, p. ex., o Chico Buarque e o Gonzaguinha, que apesar de muito censurados, conseguiam driblar a Censura e falar de forma cifrada o que bem entendiam. Definitivamente, militarismo não era tema recorrente no rock setentista brasileiro, e quem protestava contra a guerra (Vietnan) bem sabemos de que pátria era. Nossos rockeiros tinham mais o que fazer, falando das massavilhas da Contracultura.

Que se fique claro: uma coisa era a temática “sexo, drogas & rock’n’roll” dos rockeiros; outra, bem diferente, as dos cantores de música de protesto, vide Vandré, Sérgio Ricardo, João do Vale etc., e geralmente eram este que arrumavam encrenca com o Regime, portanto, convém não misturar as coisas!

Já li depoimento memoriais e bibliográficos da maioria das bandas e artistas de rock setentistas, e quase todas passam ao largo do assunto ditadura, provando que nada ou pouco sofreram.

Oras, a maioria dos brasileiros conterrâneos daqueles criativos e fecundos tempos de paz & amor tem uma admiração e saudade danada de tudo o que viveram, e, tenham a certeza, que se houvesse uma máquina do tempo, podem crer que os rockeiros brasileiros eram os primeiros da fila para retornar àquelas massavilhas!




















quarta-feira, 21 de setembro de 2022

CIGARRAS TEMPORONAS...

Já tinha visto esse fenômeno em Araras-SP lá pelos meados da década de 80: uma cigarra da espécie Fidicina mannifera surgir totalmente fora de época, no Inverno, em julho, quando o normal é do final de outubro, por todo novembro e início de dezembro! Deu até dó dela, pois ela estava só no mundo, e cantou, cantou, cantou e nenhuma respondeu!... 



Aqui em Rio Claro venho registrando este fenômeno há três anos, mas com a espécie Quesada gygas (na foto e no vídeo), a cigarra-gigante ou cigarra-dos-cafezais. No dia 16 de setembro último, no final de tarde, um exemplar solitário cantou três vezes e nenhuma outra respondeu. O mesmo se deu em 12 de setembro de 2021 e 11 de setembro de 2020. 

É muito azar para uma cigarra vir à luz sozinha, enquanto todas as outras ainda estão embaixo da terra!...






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domingo, 18 de setembro de 2022

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR!...


Costumo perguntar a mim mesmo se irão aparecer outros reis e rainhas do Rock como, e ao nível de, Raul Seixas e Rita Lee. É muito provável, mas creio que só quando surgir outro movimento em pé de igualdade e criatividade como foi a Contracultura - movimento que não foi só Rock, mas envolveu diversos outros estilos musicais, bem como englobou as artes plásticas, a literatura, o teatro, o futebol, a dramaturgia etc.  Enxergo a Contracultura como um Renascimento da modernidade - uma época mágica e abençoada - e convenhamos, é muito difícil superar isso. 

Convém não esquecer que houve antes outro rei e outra rainha do rock: me refiro ao Sérgio Murilo e à Celly Campello, mas a coisa foi meio embrionária e pouco durou. Agora, é evidente que a Paula Toller e a Pitty não conseguiriam ser outra Rita Lee, tampouco os finados Cazuza e Renato Russo poderiam ser outro Raul Seixas. São bons compositores, cantores e letristas, mas não vão além disso. A Rita e Raul eram outro patamar: além também de bons cantores, compositores e letristas, eram, naturalmente, atores, fotogênicos, carismáticos, humorados, sarcásticos,  irreverentes, contestadores, polêmicos, etc., aliás, como convém a todo grande artista de Rock. 

O Lobão, até que tinha uma boa porção destes quesitos, mas é um compositor mediano, e contam-se nos dedos seus sucessos, que, aliás, nada têm de superlativos. Diria até, guardadas as devidas proporções - e põe proporções nisto! -, que a Cassia Ellen está para a Rita Lee, assim como o Lobão está para o Raul, mas ambos precisariam comer muito feijão, mas muito mesmo, mas acontece que os gênios nascem prontos... 

Mas, enfim, repito: é muito difícil superar a Rita e o Raul, que, para mim, é coisa de gente predestinada, que não é normal a biografia de ambos. Brasileiros, conformai-vos e… até o próximo Renascimento (ou Contracultura)!...




quinta-feira, 15 de setembro de 2022

É, E O HOMEM VIROU SUCO REALMENTE!...


Fui fã do José Dumont desde que assisti este premiado filme, "O Homem que Virou Suco" - isto, em minha adolescência -, filme que virou referência e o levou ao estrelato. Depois, o revi em outros filmes, séries e novelas de TV. Grande ator! 

Mas, o que dizer deste episódio, em que ele foi flagrado como pedófilo! Inacreditável, justo ele que sempre sempre primou por fazer papéis másculos e viris como cangaceiro, jagunço, bandido, retirante etc. - aquele tipo de ator a que se dá o nome de "telúrico". 

Muita insensatez da parte dele, justamente nestes tempos tão "rastreáveis", em que ninguém escapa da justiça digital em casos assim - dar esta vacilada, se assim posso dizer, na verdade foi uma tremenda burrice, tremenda!  Mais ainda por talvez julgar que nunca seria pego!... Mas...

Mas, porque não foi se tratar, porque não buscou ajuda especializada, e, bestamente, se deixou levar instintivamente por este desvio doentio, pior, uma perversão sexual que é criminosa? 

Estive pensando no Dumont poucos dias atrás, em seu sumiço, isto, após ver a minissérie "Cine Holliúdy", e constatando como estes atores modernos - se comparados a ele -, são chatos,  insossos e não chegam ao seu chinelo... 

Mas, ah, meu bom José, agora é tarde, e acredito que você acabou de uma vez com sua vitoriosa carreira  de ator, infelizmente! 

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sábado, 27 de agosto de 2022

NADA DE NOVO NO FRONT…


Lendo a crônica "Ao correr da Pena", do romancista autor dos best-sellers “Iracema” e “O Guarani”, o grande José de Alencar, escrita no distante 27-5-1855, onde a certa altura ele diz:

"Entretanto no nosso país se diz que a imprensa é venal e corrompida, e se trata de desacreditarem essa força civilizadora da sociedade."

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