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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O VOCALISTA PERCY E O MADE IN BRASIL: ARQUIVOS

CLUB ROCK: - (...) como entrou para o Made in Brazil? PERCY: - Em 1975 Cornelius saiu do Made e o percussionista Fenilli, que estudava com meu irmão, sugeriu o meu nome...

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PERCY NO MADE, PRESTES A GRAVAR O SEGUNDO LP

Geração POP. Vem aí o 2º LP do Made. Hit Pop. Editora Abril. Nº 39. São Paulo, jan. 1976, pág. 3.

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O CÉLEBRE DISCO, COM O DEBOUT DE PERCY, E A PRIMEIRA CRÍTICA NA REVISTA POP, NO LANÇAMENTO, EM JULHO DE 1976

Jack, o Estripador – Made In Brazil (RCA) O Made In Brazil, como todo bom grupo de rock, faz tudo para não complicar muito as coisas — e consegue. Sabe que o rock foi feito para dançar e despender energia. Desse modo, numa época em que os grupos brasileiros andam com mania de imitar o Yes, o Made lança um LP que é pura alegria e descontração: rock básico e direto, pra ninguém ficar sentado. Este é o segundo LP do Made onde eles eliminam todos os grilos de produção que existiam no primeiro.

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O ALEGRE MASSACRE DO MADE IN BRAZIL

por Angela Dust

Made In Brazil é um daqueles grupos de rock que não podem ser julgados pelos padrões normais da critica musical. Eles não são grandes músicos, não produzem grandes obras e não têm a menor pretensão de passar à história ou figurar em enciclopédias.

A grande vantagem do Made sobre as demais bandas de rock nativo, no entanto, é a sua cristalina consciência de que o rock é um gênero musical de consumo imediato, a esbaldante despretensão com que realizam sua fissão de clichês pop. Em Massacre, o novo espetáculo de Oswaldo Vecchione & Cia., mais uma vez fica provado que o Made, apesar da aparente inabilidade instrumental, esta dez mil anos à frente de qualquer Mutantes da vida. O Made tem um público específico, um público que não se contenta em ficar sentado nas poltronas e assistir passivamente à verdadeira explosão sonora detonada por eles. O Made não consegue ver ninguém para­do. A registrar ainda, em Massacre, a extraordinária performance do vocalista Percy Weiss, que a cada dia melhora sua expressão corporal. Massacre, com o Made in Brazil, melhor grupo brasileiro de punk rock, está prestes a excursionar por várias capitais brasileiras. Fique de olho, quando eles passarem por sua cidade, e não deixe de assistir a um espetáculo típico do tempo em que vivemos.

* Foto: Ary Brand.

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MADE IN BRAZIL - TEATRO BANDEIRANTES, ABRIL DE 1977

Durante os três dias em que o som aconteceu, no Teatro Bandeirantes, pude­mos constatar uma coisa: quem gosta de fazer música, seja qual for seu gênero, sempre vai encontrar público. Estes jovens que andam pelas ruas vestindo jeans e camisetas coloridas, gostam de reunir-se, em festivos happenings, e comemorar ruidosamente a desbotada e pálida Era de Aquarius.

O Bandeirantes já se consagrou co­mo Palácio do Rock, com seus inúmeros concertos pop passados; agora, com a primeira data natalícia de seu programa Balanço’, reuniu 19 grupos para duas apresentações, em evidente sinal de que o rock está dando lucros. Tanto para a Bandeirantes como para a Globo e a Cultura, que também mantêm programas com filmes enlatados de superstars anglo-americanos.

Nomes estranhos, como bem convém, não faltaram: Casa das Máquinas, Flying Banana, Baggas Guru, Joelho de Porco, Made in Brazil, Bendegó, Som Nosso de Cada Dia, etc. Vários intérpretes, no entanto, tiveram oportunidade de mostrar trabalho, alguns, inclusive, incursionando pela primeira vez nos campos do underground: Edu Viola, Jorge Mello, Tony Osanah, Eduardo Araújo e Silvinha, Jorge Mautner, Grupo de Marilene Silva, etc. Dessa forma, foram servidos todos os gêneros musicais aos convidados, que não foram poucos. Mas, diga-se a bem da verdade, a alegria sempre reinou.

Os grupos Humauaca, Flying Banana, Bendegó, Papa Poluição e mais os intérpretes Edu Viola, Jorge Mello, Tony Osanah e Jorge Mautner, encarregaram-se de dar ao espetáculo as cores da nossa América Latina. Desde baião até acordes melodiosos de índios bolivianos eles fizeram, com muita maestria em alguns casos. Tony Osanah foi, como sempre, um dos melhores; cônscio dos nossos problemas e anseios, soube extrair de sua guitarra e gaita sons multicolores, em belíssimos arranjos, premiados, muito a propósito, com aplausos durante vários mi­nutos. As músicas do Piauí e Maranhão foram representadas pelo grupo Cavaleiros do Apocalipse e Jorge Mello, devida­mente vestidos, todos eles, de sacerdotes da Idade Média.

Tudo isto regado a repetitivos clichês de parafernálias visuais. Confetes vindos do teto, gelo seco, spots coloridos, explosões e muita agitação capilar são as tônicas encontradas em grupos de rock patropi desde a vinda de Alice Cooper (espero que o Gênesis apresente-se com novos e diversificados efeitos, incluindo uma ‘mise-en-scêne’ nova e diversificada, para dar novo alento às jovens mentes nativas. Espera-se até, com a curiosidade de cientista, a apresentação de raios laser em efeitos visuais).

O rock pesado ou pauleira, ficou a cargo dos grupos Made in Brazil, Joelho de Porco, Baggas Guru, Som Nosso, Casa das Máquinas, Sindicato e Raza lndia. Todos vestidos tipicamente e, cada uma seu modo levando o público a verdadeiros momentos de histeria e êxtase. Joelho de Porco provou ser um dos melhores grupos Tupiniquins de rock pesado, ou punk-rock. Vestidos como papa-defuntos deliciosos, fizeram a vez de anfitriões na festa. Letras bem-humoradas confundiram-se com inteligentes trocadilhos agitando os corpos ágeis da nossa geração. Made in Brazil, como sempre, preocupava-se exclusivamente em levar a fila da frente a uma frenética dança, para contagiar as demais e o fundão do teatro, O resto não merecia maiores destaques, pois eram promissores grupos que desprezam a imaginação e limitam-se, simplesmente, a continuar, muito mal, o trabalho de grupos como Pink Floyd, Yes, Led Zep e Who.

O público, contudo, era uma verdadeira festa. Ver todo aquele povo dançando, cantando, gritando, correndo, agitando, aplaudindo, refletia uma bem-vinda atitude.

Enfim, foi muito bem comemorado este aniversário do programa Balanço. Embora não contando com grupos consagrados – Mutantes, Novos Baianos, Rita Lee, Terço e Raul Seixas, a Bandeirantes fez uma festa digna para o rock patropi. Esperamos mais reuniões como esta para este ano, que foi e está sendo muito bem servido neste gênero musical. Votos de louvor aos promotores e organizadores. Esperamos vê-los de novo em ação, brevemente. (RVJ)

MÚSICA. Show. Editora Imprima Comunicação e Editoração. Nº 12. São Paulo, mai. 1978, pág. 11.

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MADE: GAROTOS-PROPAGANDA DA ELLUS JEANS, EM PLENA NA ONDA PUNK

O Made e a moda punk: a Ellus Jeans - a la Malcolm McLaren...

Charles Paulinho Boca de Cantor (Novos Baianos), Simbas (Casa das Máquinas), Percy e Oswaldo - festa da Ellus Jeans de lançamento de moda punk, out. 1977

Percy e o Made no show de lançamento da moda punk da Ellus Jeans

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MADE IN BRAZIL, ELEITA A MELHOR BANDA NACIONAL DE ROCK DE 1977

· Na foto, à esquerda, carregando o manequim, o grande Wander Taffo, recentemente falecido.

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A VOLTA DE PERCY AO MADE IN BRAZIL

* Clique na foto para ampliar

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APÓS A VOLTA DE PERCY AO MADE, DUAS BELAS VOCALISTAS SÃO CONTRATADAS LUCINHA DO VALLE, ESPOSA DE OSWALDO, E JUJU NOGUEIRA, FILHA DO VIOLONISTA PAULINHO NOGUEIRA.

A formação que gravou o LP Paulicéia Desvairada.

Paolito na bateria, Lucinha, Percy, Oswaldo, Juju e Nana na guitarra.

OUTROS LINKS INTERESSANTES SOBRE PERCY E O MADE

http://www.rocknheavybrasil.xpg.com.br/bandasderocknroll/historias/madeinbrazil.html

http://www.clubrock.com.br/news/percy.htm

http://www.dissonancia.com/2006/39-06.htm

http://www.percysband.hpgvip.com.br/

FONTE:

Contatar autor.

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terça-feira, 29 de julho de 2008

O DEBOUT DO MADE IN BRAZIL NA PRIMEIRA GRANDE REVISTA BRASILEIRA DE ROCK

Atenção, galera, diretamente da ARCA DO COBRA, outra entrevista inédita (na internet), sobre o debout da banda de rock Made in Brazil, publicada na revista POP, no distante abril de 1975!

MADE IN BRAZIL - A VIOLÊNCIA DO ROCK

No meio da enxurrada de grupos de rock que apareceram no ano passado,

o Made in Brazil voltou aos palcos, com muita androginia e violência.


É um grupo que não esconde suas intenções. Nos cartazes de shows, nos textos que manda para a imprensa, em tudo o que faz, o Made in Brazil deixa sempre clara sua marca: a violência do rock. Quando toca, o grupo promove um verdadeiro ritual de agressividade, usando clichês de androginia, decadência e deboche, onde a maior preocupação é chocar o público e levá-lo a dançar. É assim que os caras do Made garantem que chegarão à posição que pertencem há muito tempo – e de maior conjunto de rock do Brasil. De 1969 até agora, mais de trinta músicos já tocaram no grupo. A formação atual é: Osvaldo (baixo e vocal), Celso (guitarra), Maurício (teclados), Júnior (bateria) e Fenilli (percussão). À frente desses cinco, encarnando as curtições mais debochadas possíveis, aparece Cornelius Lúcifer, o vocalista andrógino, de voz grossa e agressiva, que usa uma crista de galo na testa.

No palco, Cornelius Lúcifer é a encarnação do demônio. Cospe no público, faz mirias com o microfone e corre de um lado para o outro como um doido. Rebola, pula, dança e grita: “Sou o rei do rock do Brasil”.


* A formação do MADE na foto é, da esquerda para a direita: Onisvaldo: teclado; Oswaldo Vecchione: baixo; Cornelius Lúcifer: vocal; Rolando Castelo Júnior: bateria; Celso Vecchione: guitarra-solo; e Fenili: percussão.

FONTE:
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