sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

A VELHA TATUAGEM DE UM TOSQUIADO...


Sabe aquela tatuagem tosca de marinheiro antigo, ou então de velho estivador de beira-de-cais, tatuagem já oxidada pelo tempo, com aquela cor de zinabre azul-esverdeado que dá em bronze ou latão, e a figura já amarfanhada em meio à pele enrugada? Uma raridade hoje, não é?

Pois bem. E não é que eu arrumei uma briga numa festa de confraternização no final do ano passado, simplesmente porque vi uma dessas no braço de um sujeito ─ sujeito mais tosco que a própria tatuagem ! 

Tudo aconteceu porque apontei a tatuagem discretamente para um amigo ao meu lado na fila do chopps, e disse: "Essa é das antigas, hein!" Mas, acontece que alguém viu e ouviu, e foi lá e contou para o infeliz! E, depois, o idiota veio tirar satisfação comigo, falou, falou, me expliquei, disse que não foi ironia , mas o panaca insistiu, me encheu o saco, atazanou, no que perdi a cabeça e, num empurra-empurra, partimos para a porrada! 

Ele levou a pior, com um murro bem aplicado no meio da fuça que o jogou de costas no chão, e, de modo humilhante e hilário, caiu com as pernas para cima feito um frango assado, no que eu aproveitei e dei uma bela bica bem no meio do fiofó dele, que a hemorroida do cara deve ter virado no avesso e, pior, deve estar doendo até hoje!  

Resumindo: foi buscar lá e saiu tosquiado!...


quinta-feira, 12 de novembro de 2020

SAIBA DE ONDE VIERAM ALGUMAS CARAS E BOCAS DO SEU MADRUGA!

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O Seu Madruga, nas suas caras e bocas, muito certamente deve ter se inspirado num célebre personagem de Cinema Mudo, o hoje tão esquecido James Finlayson (1887-1953), um ator escocês-americano que trabalhou como coadjuvante junto da dupla “O Gordo e o Magro”.
 

James era careca e usava bigode falso, e tinha muitos maneirismos e mímicas faciais cômicas ─ marcas registradas sua ─ como, por exemplo, aquela conhecida reação de, quando bravo ou assustado, olhar para a câmera com cara de indignado, franzindo o cenho e arregalando um dos olhos.




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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

COCÔ DE CÃES PELAS RUAS: A POLÊMICA!

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Existem pessoas presumidas que acho que imaginam ser seres superiores e de Primeiro Mundo só porque recolhem o cocô de seus cães pelas ruas. Será que eles também recolhem o cocô dos cavalos, dos gatos, dos pássaros ou de um PET qualquer? Obviamente que não, pois é só os seus amados cães que contam.

E, tão irônico quanto contraditório nessas pessoas, é que elas têm horror de ver fezes de cães pelas ruas, mas são elas mesmas que permitem que estes mesmos cães deitem em seus sofás, e, pior, durmam consigo em suas camas, lugar onde seus eles se espojam à vontade, se livrando de suas secreções, bem como deixando ali seus pelos e parasitas - um absurdo da hipocrisia!

De minha parte, eu procuro evitar que meu cão faça cocô pelos passeios fazendo que ele defeque em casa logo após ser alimentado, mas se ele o fizer, eu não me importo e nem recolho as fezes, pois sou contra. Quem quer recolher, que recolha, mas não venha reclamar se me verem não fazendo isso. Oras, afinal os cães cagam pelas ruas  desde há mais de 3.000 anos atrás, quando surgiram as primeiras cidades na Mesopotâmia, e ninguém reclamou tanto como se reclama hoje - parece caso de polícia!

Mas uma coisa que muitos desses presumidos não fazem é recolher o lixo das ruas em frente às suas casas, aquelas porcarias todas que podiam muito bem jogar numa lixeira, como garrafas, latas, embalagens plásticas de todos os tipos, tocos de cigarro (altamente poluentes) etc. Eu recolho os inorgânicos das rua em frente minha casa, e, nem por isso sou um presumido, melhor que os outros. Oras, o inocente cocô dos cães não polui o ambiente - são naturais, e em um ou dois dias estão secos, inertes e não causam mais problema algum. Será que, nas ruas, a gente só pisa em cocô de cachorro e não há também um monte de porcarias que as pessoas jogam por todos os lados? Um exemplo: basta uma pessoa lavar seu quintal ou a calçada com um detergente ou solvente, a água ir para a sarjeta, e um pássaro qualquer (e um cão também) beber esta água, e no mesmo instante se envenenar podendo vir a óbito.

Ilha de lixo no mar do Caribe

Sim, o lixo inorgânico que as pessoas jogam nas ruas geralmente são poluentes, nem sempre não biodegradáveis, e quando vem as chuvas, eles são carreados para os bueiros, de onde seguem para os rios, e, finalmente, vão desembocar no oceano. Precisamos ter mais gente recolhendo o lixo humano nas ruas do que os inocentes cocôs dos cães. Afinal, se hoje existe uma gigantesca ilha de lixo flutuante no mar do Caribe (e em outros lugares), é porque ele é feito geralmente de plásticos e outros materiais não biodegradáveis jogados nas ruas (e também diretamente nos rios e nos mares), e não é o cocô de cachorro que vai parar lá. 

As pessoas da moderna geração Nutella precisam aprender a amar mais não só o próprio Planeta, mas também respeitar as necessidades fisiológicas dos cães como algo natural, afinal, se elas gostam tanto assim de seus PETs, não devem tratar suas fezes como algo tão grave no seio da sociedade. Vamos nos preocupar mais com o destino dos lixos produzidos pelos humanos e deixar os cães cagar felizes e em paz. 

Enfim, gostaria que soubessem que o mesmo direito que esses presumidos tem de me obrigar a recolher as fezes de meu cão, é o mesmo que eu tenho de sugerir a eles que recolham o lixo jogado na rua em frente suas casas. E eu recolho sempre, mesmo que não tenha sido eu que os joguei ali. 

Em suma, a diferença entre a briga deles e a minha é que a minha é de bandeira ecológica, e não de meras etiquetas sociais de gente afetada e enojada. Sim, concordo que é louvável o recolhimento das fezes dos cães nas ruas, mas vamos recolher primeiro os lixos inorgânicos de origem humana .

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terça-feira, 20 de outubro de 2020

O PRIMEIRO FILME REALIZADO EM ARARAS: "LUAR DO SERTÃO", EM 1949

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"Luar do Sertão" é um drama rural do italiano Mário Civelli (1923-1993) e Tito Batini (?-?), lançado no final de abril de 1949, com duração de 85 minutos.  O filme foi rodado na fazenda Santo Antonio, e na Estação do Loreto, o que é citado no “Álbum de Araras 1862-1949”, livro, por sinal, lançado no mesmo ano. O título do filme se deve ao fato de a história ter sido inspirada na música "Luar do sertão", do poeta e compositor Catulo da Paixão Cearense. A fazenda, na época, era de propriedade da família Silva Telles, que poucas décadas antes foi ponto de encontro dos modernistas de 1922. Vale lembrar também que foi nela que a escritora Lygia Fagundes Telles escreveu seu famoso romance "Ciranda de Pedra", que depois virou novela pela Rede Globo em duas versões, 1981 e 2008. 


A fazenda Santo Antonio, em 1948

Foto feita no início das filmagens, em 1947

Isaura Garcia, no filme
O filme marca também a estreia da atriz negra Isaura Bruno, que depois ficou famosa  na TV ao interpretar Mamãe Dolores na  novela "Direito de nascer", exibida entre 1965 e 66, pela extinta  TV Tupi. Isaura teve um final de vida triste. Após diversos trabalhos na TV, ela foi morar com a filha adotiva Penha Maria em Campinas, e voltou a limpar casas para ajudar nas despesas. Trabalhou também como gari e vendendo doces na Praça da Sé. Em 02 de maio de 1977 faleceu na unidade para indigentes da Santa Casa de Campinas, com 60 anos de idade.

Lydda Sanders

Curiosos observam as filmagens


Do elenco constavam, o futuro galã de novelas Walter Foster (ator de rádio-novela na época), Lydda Sanders (muito elogiada por sua atuação), Fernando Baleroni, Machadinho, Nena Batista, Vicente de Paula Neto e Vicente Leporace.

Walter Foster
Certamente, o filme foi exibido pelo Cine-Teatro Santa Helena, inaugurado em 1930, mas os jornais da época, ao que parece, não documentaram o fato, ao contrário de "Sinhá Moça", que deu muito ibope não só nos locais bem como nos grandes jornais. 

Assim como "Sinhá Moça" (1953) - e este, por sua vez, ligado à estação do Elihu Root -, o valor de "Luar do sertão" para Araras reside do fato de as locações terem sido feitas na zona rural da cidade em duas importantes localidades, constituindo as filmagens, portanto, raras imagens de valor documental feitas há mais de 70 anos.

Abaixo, jornal carioca "A Noite" com propaganda do filme:


Outra edição do jorrnal elogiando a atuação da atriz Lydda Sanders.

Jornal "A Noite", 26-3-1949


FONTES:
Consultar autor

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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

“MANCADAS” DE GRANDES E SENSÍVEIS ESCRITORES...

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O escritor Gilberto Freyre (1900-1937) em seu livro memorial “Tempo Morto”, diz que chegou a ver o dirigível Zeppelin no Recife em 1930, mas infelizmente, não fez nenhuma descrição do aparelho em si nesta que foi sua sua primeira aparição no lugar e da visão que teve. Escritor ao inspirado e fecundo, limitou-se à informações relevantes e insossas e mais nada. Lamentável.


Outro, dentre outros, que cometeu "erro" semelhante foi Augusto Mayer (1902-1970), escritor sensibilíssimo, autor dos ótimos e conceituados “Segredos da Infância” (1949) e No Tempo da Flor” (1966), que no seu primeiro livro, obra muito poética, lírica e bem escrita podia ter perfeitamente feito um capítulo sobre o cometa Halley em 1910, que certamente deve tê-lo visto, isto, quando tinha 8 anos. Fica difícil acreditar - pelo ibope mundial que dera a aparição do gigantesco astro -, que ele não o tenha visto e sensibilizado com sua visão.


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quarta-feira, 22 de julho de 2020

SOB A TAL MODA DA MODA DA "MODIFICAÇÃO CORPORAL"...

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Um dos rapazes que contestou minha postagem e postura sobre esta primeira foto, disse que se trata da moda da "modificação corporal", nada a ver com a "body  modification" com fins puramente corretivos, portanto, de alçada da medicina.

Mas, convenhamos que não é nada saudável se extirpar partes do próprio corpo - ainda mais dando cabo de áreas vitais como bochecha -, justamente da boca, uma das portas de entrada de inúmeras doenças, e isto, com o insensato propósito de fazer sucesso social se exibindo numa espécie de "vitrine teratológica" humana...


Será que estamos voltando àquela época dos circos que exibiam pobres pessoas com defeitos congênitos? Não duvido, e penso que estas modificadores corporais e pessoas que cobrem o corpo totalmente com tatuagens, além dos silicones da vida, piercings e penduricalhos de toda sorte, terão esta "serventia" quando estiverem desempregados a partir dos 50 anos, coisa que se agravará e aumentará sobremaneira o impacto visual com o envelhecimento progressivo, as rugas, a gibose (corcunda),  a caquexia, a canície (cabelos grisalhos), o geno varo (as pernas arqueadas), o escambau...


Com o avançar da idade, e com as sérias ameaças à própria saúde (que com o tempo se fragiliza e deteriora), certamente virá o arrependimento e a pessoa terá que arcar com uma boa grana em operações plásticas para recompor o perdido, se é que, em casos como este, isto será possível... 

Em suma, há maneiras muito mais legais (mas é legal a extirpação?...) de exibir corpo e chocar as pessoas sem que se tenha de abrir mão de partes nobres dele com om intervenções carnais e que causam aflição só de ver. 


Meus caros e amados jovens, o corpo é sagrado demais para ser violado e submetido à auto-agressões com propósitos estúpidos, desnecessários e que não se justificam. Afinal, uma coisa é melhorar o corpo; outra, é comprometê-lo gravemente extirpando-lhe partes vitais, destruindo-o! 

E, enfim, convenhamos, galera da Geração Saúde: ninguém em sã consciência precisa disso. E viva o Saci-Pererê!
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O TAL DE ROCK ESTILO "AOR"...

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Journey, Kansas, Toto, Survivor, Foreigner, Styx, Boston, Asia e REO Speedwagon. Ouvi todas estas bandas quando surgiram, mas nunca gostei do estilo de som, e sempre achei que havia uma "semelhança" inexplicável entre elas. Achava-as bandas com um sabor pop que não me agradava, algo meio musak (música de elevador). 

Quando meu irmão apareceu em casa com o primeiro disco do Boston (ao que parece a primeira banda AOR), eu ouvi e pensei: "Tem alguma coisa aí de som comercial nisto".

Soube hoje, após décadas (imperdoável...), que são as tais bandas do gênero AOR. Hoje, constato que o meu conhecimento de rock, me levou, ainda que de maneira "inconsciente", a traçar um paralelo entre elas, ainda que eu não soubesse que era um estilo "intencional", um movimento  musical (será que foi?). 

AOR significa "Adult Oriented Rock" (rock direcionado para adultos), e trata-se de uma fusão entre rock, hard e progressivo surgida no final dos anos 1970 e início da década de 1980, caracterizada por uma sonoridade rica e cheia de camadas, produção cristalina e uma forte presença de melodia e refrões fortes.

Hoje, sei que, se for me referir à elas, não preciso ter o "inconveniente" de ficar listando banda por banda - que respeito e são bandas ótimas - mas apenas dizer a sigla que resume tudo: AOR.
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