sábado, 28 de fevereiro de 2009

OS SÁBIOS, E SUAS SÁBIAS RESPOSTAS...

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Sempre gostei de colecionar fatos curiosos sobre as pessoas que admiro, imaginando que um dia eles tivessem alguma serventia. O advento dos blogs veio viabilizar essa minha idéia. Assim, trago hoje duas histórias interessantes e semelhantes que aconteceu com dois dos maiores gênios da humanidade.

Esta curiosa passagem, se deu com o compositor Beethoven (1770-1827). Nela, podemos notar que o gênio, sabiamente, se poupou de explicar inutilmente sua arte à uma pessoa leiga e inconveniente, por sinal, uma condessa...

Conta-se que, certa vez, quando ele executava uma de suas sonatas, uma condessa que o ouvia lhe perguntou:

- "Muito bem, mas o que quer dizer com isso?"
Ele tornou a sentar-se ao piano e repetiu a peça. Ao terminar, explicou:
- "Isto mesmo"


Com o pintor e escultor Michelangelo (1475-1563) se deu fato semelhante, e ele também se esquivou com maestria da pessoa importuna, desta vez um papa...

Quando o grande mestre renacentista começou a pintar a capela de Sistina, como trabalho fosse demorado e houve imprevistos no percurso, o papa Julio II começou a pressionar o artista para ver a pintura. Esse diálogo entre os dois que ficou célebre:

- "Quando vai terminar" perguntou o papa.
- "Quando tiver terminado" - respondeu ele.

Ambas as histórias nos ensinam que, muitas vezes, ao lidar com gênios, todo cuidado e semancol é pouco, ou, como o Paulo Henrique Amorim já disse sobre o Romário: "tolere o gênio"... Na verdade, gênio mesmo do futebol é só o Pelé. Aliás, nem o Maradona é gênio, que, enquanto o Pelé se promovia com Vitasai, o argentino ia de cocaina...
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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

HÁ QUASE 70 ANOS, O PARDAL CHEGAVA À ARARAS

Analisando as pessoas desse velhos tempos, há pouco mais de 60 anos atrás, é difícil acreditar que alguém pudesse ter sua atenção despertada por um simples e exótico animalzinho alado chegado pela primeira vez a cidade, a ponto de, anos depois, registrar o fato num jornal. Mas foi o que aconteceu, e, no mínimo, a pessoa devia ter uma relativa queda por pássaros.

Foi nesta época que, dando continuidade à sua ferrenha e vitoriosa bioinvasão, um novo pássaro originário do Oriente Médio começava a se espalhar pelas cidades do interior paulista. Como vinha ocorrendo desde 1903 à partir do Rio de Janeiro, onde fora introduzido, esse pássaro estrangeiro aportava em nossa cidade, e o fato não passara em branco para um atento articulista de um jornal local, que por uma feliz iniciativa, registrara o acontecimento numa breve crônica, apesar de o fazer mais de uma década após o acontecido. Explica-se: na época, o observador era um aluno de grupo escolar.

Antes de mais, nada, gostaria de informar que o que escrevi aqui, só foi possível devido ao fato de ter ganho um valioso presente, que me fora ofertado por um velho amigo das letras, o professor e escritor Alcyr Matthiesen, uma coleção completa de um extinto jornal ararense que, de cabo a rabo, eu já pesquisara anos atrás. O que não me conformo é que a citada crônica de onde retirei as informações para redigir este post, eu não descobrira durante estas pesquisas e passei batido por ela, logo eu que sou que sou tão meticuloso e atento...

Mas, afinal, de que pássaro estou falando?

No distante 1941, o popular e cosmopolita pássaro conhecido como pardal (Passer domesticus), chegava à cidade para ficar, e o já citado articulista, cujo nome era João das Neves, em sua coluna no Jornal de Araras denominada Bilhete de Araras, rememorava o “feito”, registrando a histórica data numa singela e simples crônica. No entanto, eram passados 13 anos do fato, mas mesmo assim, João das Neves, em 11 de março de 1954, registrava para a posteridade o curioso acontecimento.

Não se sabe se o pardal viera sozinho, ou em bandos, como era de se esperar – se é que alguém esperasse... O que João das Neves vira fora apenas um discreto casal que timidamente aportava na cidade... Mas qual fora o lugar que ambos buscaram para estabelecer domicílio na pacata cidadela de então? Seria um arbusto, uma árvore ou um buraco num barranco, como era de se esperar de um pássaro? Nenhuma das alternativas – não fugindo às suas natas tendências sinantrópicas, o casal forasteiro escolhera uma boca de jacaré – uma dessas tubulações que escoam a água das chuvas, nos altos do telhado daquela que é a primeira, e única de então, escola pública de Araras, o “Grupo Justiniano”. Será que ali, num estabelecimento de ensino, os pardais obteriam melhores informações sobre a pequena cidade que escolheram para se fixar?


Na foto, uma reconstituição que fiz do casal na “boca de jacaré”, remetendo ao ano de 1941.


João das Neves, na época, era aluno desta escola, e as informações que recebera sobre o novo passarinho foram passadas a ele e para todos os alunos pelo célebre professor Vicente Padovani, docente que, por sinal, fora professor de meu pai e, décadas depois, já idoso e em fim de carreira, deste que vos escreve. Padovani, informado que era, já tinha ciência da diáspora promovida pelo novo pássaro introduzido no país décadas atrás, e, exceção à regra, estava a espera, mais dia menos dia, de sua chegada à cidade. Chegado, enfim, o dia aprazado, e instado sobre tal, fez questão de repassar a novidade a todos a escola. O que não se sabe é se ele ciceroneu o casal mostrando-lhes as vantagens de se fixar na modesta e promissora cidade em que se instalavam, mas convém reconhecer que ambos foram se instalar justamente na escola em que trabalhava um professor que bem conhecia a sua espécie, e seus hábitos...

Mas, enfim, aqui, o precioso texto histórico de João de Deus:

“Nossa atenção vinha sendo despertada alguns dias, por um casal de passarinhos que vinha habitando uma das bocas de jacaré por onde saem as águas das chuvas, lá do Grupo Escolar naquela época, mas hoje como outros surgiram, foi necessário a designação pelo nome, Grupo Escolar Cel. Justiniano W. de Oliveira.

Desde vários dias vinha­mos olhando para aqueles passarinhos, dos quais nenhum de nós havíamos vis­to e por isso ninguém sabia o nome. Eram desconhecidos para nós. Era aquela a primeira vez que víamos passarinhos como aqueles. E eles continuavam, dias após dias, a chilrear, com o corpo parece que estufado. Em um grupo escolar ou em qual­quer reunião de garotos, e comum aparecerem os 'entendidos', os quais davam nomes aos passarinhos. Nunca certos porém.

Certa manhã, logo ao entrarmos em classe, o prof. Vicente Padovan nos explicou alguma coisa sobre eles. Pouco eu me lembro. Só sei que eram passarinhos que alguém trouxera de Portugal, e que aqui encontrara ambiente para criação. Em São Paulo, Campinas, eles já eram conhecidos, e vinham agora se alastrando mais para o interior. Aqueles eram os primeiros a aparecerem em nossa cidade.

Estávamos no ano de 1941, e eram aqueles os primeiros pardais que por aqui arribavam.”

Sete anos depois, o pardal já era muito comum na cidade, e inclusive servia como personagem de crônicas nos jornais locais. Em 20 de junho de 1948, um tal de Zezinho publicava uma crônica no jornal Tribuna do Povo, denominada “Os pardais e os pobrezinhos”, onde, pela voz dos pardais, citou que na época, havia setenta engrates meninos trabalhando na praça Barão, e que o prefeito queria acabar com os bancos “do jardim, para acabar com os namoros”.

Em seu livro Contribuição à História Natural e Geral de Pirassununga (1974), o falecido professor Manoel Pereira de Godoy, ex-funcionário do CEPTA, de Pirassununga, registrou a chegada do pardal à esta cidade no ano de 1943, e sete anos depois em Cachoeira das Emas, portanto, o pardal atingiu Pirassununga dois anos após Araras e, ao que se pode depreender, Leme um ano depois.

Para quem quiser melhores e mais detalhadas informações sobre o pardal, como sua controversa introdução no país, bem como sua bem sucedida difusão, poderá obtê-las neste mesmo blog, cujo link é:

http://apologo11.blogspot.com/2008/07/pardal-100-anos-de-brasil.html

FONTES (4):
Consultar autor

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

MAIS FRASES DE HUMOR DO V-NEWTON...

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DÚVIDA

Dizem que a corda estoura sempre do lado mais fraco. Os violonistas ainda não descobriram se é do lado das tarrachas ou do tampo do violão.
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CAPACIDADE
O elevador panorâmico desceu vazio, e de dentro dele saiu o David Coperfield.
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SHOW BIZZ
Jimi Hendrix começou empunhando uma vassoura. O Ozzy Osbourne preferiu sair voando numa.
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GREENPEACE
A farra do boi em Santa Catarina deixa a vaca louca na Inglaterra.
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PRESIDENTES...
O Collor disse certa vez que, se comparado aos estrangeiros, os carros brasileiros são umas carroças. É o mesmo que dizer que, se comparado aos estrangeiros, os presidentes brasileiros são uns jumentos.
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!OÃÇNETA ATSERP, ORRUB Ô
.iuqa ivercse ue euq od adan rednetne ári oãn ,oirártnoc oa otsi rel oãn êcov eS
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CONVERSA DE MINEIROS
- Você sabe onde os cães Huskyes siberianos urinam, na falta de rodas nos trenós ?
- Não.
- Na calota polar, uai!
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SE ORIENTE...
Eu nissei de nada, nintendo disso, sansei que não sou japonês.
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O CASAL DE CONFEITEIROS
Enquanto ele estava molhando o biscoito, ela estava queimando a rosca.
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MESSALINA
Ela sempre dizia aos amantes aquela famosa frase do Samuel Lover: 'Venha morar em meu coração e não pague aluguel.', mas aos ouvidos dos que já a manjavam, isto soava como aquela do Dante Aliguieri, escrita na entrada do Inferno, em seu polêmico livro: ' Toda esperança abandonai, vós que aqui entrardes.'
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BANHEIRA DO GUGU
Não vejo problema algum em homem agachar para pegar o sabonete, desde que ele tenha a Luiza Ambiel lhe agarrando por trás.
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LÓGICA DE PORTUGUES
Gosto do horário de verão por dois motivos: um, quando ele inicia, por sair mais cedo do serviço, e outro, quando ele termina por poder dormir até um pouquinho mais tarde.'
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