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Dentre as três duas pragas deste início de século neste País que mais
me irritam são os tais de malabares. Fico uma vara quando mal o sinal
fecha e surge um deles saído não sei de onde, acho que de um boeiro
qualquer, feito um rato!...
Será que eles acham mesmo que o que estão fazendo é algo digno de algum trocado?
Pô, se eu não pago para ir em circo ver autênticos e geniais malabaristas, não é em frente um semáforo que eu vou me dispor à isso!
Pelo andar da carruagem, em breve vamos ver não só malabares nos sinais, mas também equilibristas nos fios elétricos e trapezistas balançando no cano do semáforo!.... Mas uma coisa, não se pode negar: que os caras são mágicos, ah, isso eles são, pois aqueles trocados que reservamos religiosamente para a Zona Azul, os fiadamãe tem a manha de nos surrupiar!...
Tenho a certeza que circo algum desse País de espertos e vagabundos admitiria esses sujeitos incômodos em seus quadros - seria ótimo, pois arrumariam emprego, mas, convenhamos: o que eles fazem é medíocre, sem graça, incômodo, e mais velho que andar para a frente! Pensando bem, acho que nem para mico de circo eles servem!... Os caras simplesmente não não entretém e não acrescentam nada!
Tenho tanta birra desses "artistas" de rua, que mal vejo um na frente do meu carro, me vem um certo instinto assassino, aquele mesmo desejo mórbido do personagem do conto "Passeio Noturno" do Rubens Fonseca, ou seja, o de acelerar o carro e atropelar o infeliz! Dá licença, meu!
É brincadeira, galera, mas eu, realmente, não gosto desse tipo de "serviço" nas ruas, que mais me parece coisa de mendicidade! Como não se bastasse essa legião de mendigos pelas ruas, e vem mais essas caras mendigar uma moedinhas!
Alô, circo Le Soleil, vamos dar uma chance para essa gente!...
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