sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

“FOGUEIRINHA DE PAPEL”



Sempre que ouvia o reggae "No Woman No Cry", canção vertida e regravada pelo Gilberto Gil, implicava com o trecho da letra onde ele canta "Junto à fogueirinha de papel", pois, para mim, isso era coisa boba, que "não existia", pois que adulto faz uma fogueirinha de papel, e para quê? Afinal, fogueirinha de papel não aquece ninguém junto à ela!

Porém, um certo dia em minha casa, tendo em minha companhia meu afilhado Yan e seu irmão Yago, quando dormia no sofá, subitamente acordei com um forte cheiro de queimado e a sala toda tomada por fumaça. Eram ambos que, malucos que são por fósforos, brincavam no quarto ao lado, onde, em cima de uma bandeja de estante de aço, estavam a colocar fogo em folhas e mais folhas de papel... Ali estava, enfim, nada mais nada menos que a tal da “fogueirinha de papel” de que falava o Bob Marley - sim, o mesmo que costumava fazer uma fumaceira danada com um certo tipo de cigarro...

Contei a história para a mãe de ambos, crendo que ela fosse repreendê-los (mas não era essa minha intenção), e ela admitiu que foi impossível não rir imaginando a cena. Depois, eu ri também...

Pena não ter fotografado a cena, como sempre faço com as estrepolias desses dois meninos que eu amo, mas, da próxima vez, eu vou entrar na brincadeira também!...
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