Livro sobre a festa lançado pelo autor, em 7 de junho de 2002. |
No dia 7 do mês passado, completou-se 114
anos da Primeira Festa Das Árvores de Araras, mas, como sempre acontece, 99%
não se deram conta disso. Após a efeméride, houve algumas exumações em algumas
escolas, mas, passada a data, a festa foi enterrada novamente!...
É surpreendente que Araras tendo realizado no distante 7 de junho de 1902 aquele que pode ser considerado o primeiro movimento conservacionista dedicado às árvores na América do Sul, ninguém nesta cidade se dá conta de sua importância para a história deste país!
Turisticamente falando, o nosso maior ativo é, incontestavelmente, a Festa das Árvores. Temos, na região, diversas cidades, todas com seus ativos em dia: Holambra com a “Festa das Flores”, Jundiaí com a “Festa da Uva”, Barretos com a “Festa do Peão de Boiadeiro”, Valinhos com a “Festa do Figo”, Limeira com a “Festa da Laranja” etc., mas, estranhamente, Araras não se interessa pelo seu feito histórico que, por seu pioneirismo e importância, deveria ter um renome continental, e, assim, não segue o exemplo das cidades vizinhas que tem em suas festas tradicionais motivos para atrair turistas e dividendos, bem como tornar famosa sua realização em todo o país e até na América do Sul.
Enfim, eis a cidade da amnésia endêmica e sua "memória de incinerador", aquela que esquece com facilidade seus feitos gloriosos que deveriam ser eternizados, aquela que não sabe que, em sua história tem um gigante adormecido!
É surpreendente que Araras tendo realizado no distante 7 de junho de 1902 aquele que pode ser considerado o primeiro movimento conservacionista dedicado às árvores na América do Sul, ninguém nesta cidade se dá conta de sua importância para a história deste país!
Turisticamente falando, o nosso maior ativo é, incontestavelmente, a Festa das Árvores. Temos, na região, diversas cidades, todas com seus ativos em dia: Holambra com a “Festa das Flores”, Jundiaí com a “Festa da Uva”, Barretos com a “Festa do Peão de Boiadeiro”, Valinhos com a “Festa do Figo”, Limeira com a “Festa da Laranja” etc., mas, estranhamente, Araras não se interessa pelo seu feito histórico que, por seu pioneirismo e importância, deveria ter um renome continental, e, assim, não segue o exemplo das cidades vizinhas que tem em suas festas tradicionais motivos para atrair turistas e dividendos, bem como tornar famosa sua realização em todo o país e até na América do Sul.
Enfim, eis a cidade da amnésia endêmica e sua "memória de incinerador", aquela que esquece com facilidade seus feitos gloriosos que deveriam ser eternizados, aquela que não sabe que, em sua história tem um gigante adormecido!
Festa das Árvores em 1902 - quadro Emílio Wolff |
Como se pode depreender, em Araras foi a paisagem canavieira ganhou estatuto de municipalidade e não a árvore, cujo nome, como se sabe, é o motivo de seu duvidoso (para não dizer hipócrita) lema. E este lema, o de “Cidade das Árvores” ― que deveria se ponto de expressão privilegiada de todas as representações municipais ―, não passa de balela e conversa mole para boi dormir! Entra ano e sai ano, e o gigante continua adormecido!...
Ah, em pensar nas quantas cidades brasileiras não gostariam de ter realizado pioneiramente este evento e, assim, fazendo jus a ele, tê-lo relembrado pela eternidade afora e festas e mais festas, mas, como se vê, esta cidade infeliz que é Araras não é, definitivamente, digna de ser chamada de “Cidade das Árvores”. Oremos!...
Foto do satélite Landsat 7, de 2001. A as áreas em azul são solo ou cidade;
áreas em preto são rios e cursos d’água; áreas em vermelho são canaviais.
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