Mostrando postagens com marcador motor radial. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador motor radial. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 24 de março de 2017

UMA DAS CENAS MAIS INCRÍVEIS QUE VIVI EM MINHA PRIMEIRA INFÂNCIA, COISA QUE, AGORA, AMIGOS, SÓ VOLTANDO NO TEMPO MESMO, QUE OUTRA REUNIÃO AÉREA COMO ESSA NOVAMENTE, É PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL!...

.
Vivi emoção igual à essa das pessoas da foto aos 5 anos de idade, com esse mesmo lendário avião, o North American T-6 (o mesmo da atual Esquadrilha da OI), quando cerca de 37 deles, vindos do Campos dos Afonsos no Rio Janeiro, indo em direção da Força Aérea em Pirassununga (para onde foram transferidos), passaram em voo baixo por sobre o bairro onde eu morava.

Foto: Maurilo Clareto, 1986.

Estava em cima de um pé de jabuticaba, no fundo do quintal de minha casa, e foi aquela situação que só poderia ser vivenciada durante a Segunda Guerra Mundial (o T-6 surgiu nesta guerra), coisa de causar impacto e apavorar quem quer que seja! Mesmo quem já ouviu nos modernos shows aéreos o barulho possante e ensurdecedor do motor radial desse avião com a citada Esquadrilha da OI, não pode imaginar o ruído extremamente estrondoso de um esquadrão desses aviões voando baixo passando por sobre sua cabeça - coisa de estourar os tímpanos, e os miolos também!... O barulho era de abalar as estruturas - como se dizia na época, coisa de "arrasar quarteirão"! 


Paralisado de medo e pavor em cima da jabuticabeira, eu abri o maior berreiro, e precisou um pintor que trabalhava em casa, o João Duanetti (foto), subir na copa e, com um sorriso nos lábios, lá foi ele me tirar de lá de cima, e eu, em choque, tremendo feito vara verde!... Lá na varanda em frente, meus pais e meus irmãos vendo tudo e rindo, rindo!... 

Mas, enfim, amigos, boníssimos e instigantes tempos esses, quando essas fantásticas máquinas aéreas cruzavam diariamente os céus do sossegado interior paulista, parecendo que iam rachar o mundo no meio! 

O irmãos Sidney e Carlos Antonholi, estando na Granja Paulista, uns 4 quilômetros adiante e a uns 2 da Via Anhanguera, também viram os T-6 passando e foi o Sidney quem me disse que eram 37 aviões. A Internet e revistas que tenho me forneceram outros dados desta história, que, por sinal, fará parte do Volume 0 dos livros de memórias sobre a Usina Palmeiras que venho escrevendo. A data exata ainda não descobri, mas vou descolar em breve.

Cenas e emoções únicas como essas, my friends, infelizmente, never more!

.