sábado, 22 de junho de 2024

JOHAN DALGAS FRISCH - A PARTIDA DE UM MESTRE

Há oito dias atrás, fiz um post aqui homenageando o ornitólogo Johan Dalgas Frisch, dizendo que ele era meu mestre desde os meus 21 anos, quando me iniciei como observador de aves, comprando seus discos com gravações de aves e os livros "Aves Brasileiras", volumes I e II, este, obra de referência na ornitologia mundial por ser o primeiro guia de campo lançado no Brasil.



Na verdade, conheci o Dalgas ali por volta dos 8 anos, quando um amigo da família, o Carlinhos Cosmo, levou um disco paa a gente ouvir junto de meu pai, quando ainda morávamos na Usina Palmeiras. Foi chocante. Três anos depois, ouvi novamente suas gravações num ônibus que ficou por alguns dias parado em exposição para visitas em frente à igreja Matriz de Araras, ônibus que se intitulava "Exposição Educativa das Selvas do Mato Grosso", que corria o Brasil, cujo proprietário era o empalhador e ornitólogo José Hidasi. Havia animais empalhados de todos os tipo dentro daquele ônibus fantástico. Era para lá de impactante.  Ouvir aquelas gravações com a voz pomposa do Oswaldo Calfati narrando, foi um impacto muito grade e me tocaram profundamente. Foram nestes dias incríveis que a mosca azul da Biologia me picou definitivamente. 



Coincidentemente, ontem, infelizmente, faleceu um amigo - o Gustavo - que me alertou para o fato de que eu era o pioneiro em Araras como observador de pássaros, o que muito me orgulhou!

Hoje, para minha enorme tristeza, soube pela TV que o Dalgas também faleceu, esta manhã, o que me causou um choque enorme. Era seu fã a não poder mais, colecionando gravações e reportagens dele, sempre acompanhando seu trabalho. 



Porém, Dalgas estava com 95 anos, o que significa que vivera e produzira muito nestes anos todos, felizmente. A Ornitologia brasileira lhe deve muito por seus feitos em prol das aves e sua magnífica obra. 

Enfim, o que me resta é desejar-lhes que Deus os receba com toda a paz na Eternidade, e que todas as pombas do Paraíso façam revoadas com suas chegadas! 

Obrigado, Gustavo, e obrigado Dalgas, grande e eterno mestre!

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quinta-feira, 20 de junho de 2024

MINHA OPINIÃO SOBRE O "SKA" e o "REGGAE", RITMOS JAMAICANOS

Surpreendentemente, quando no mundo do Rock ninguém falava neste estilo musical, a banda norte-americanade rock Grand Funk gravou um ska em seu disco de 1974, o “All the girls in the world beware”, e é uma música que eu ouvi recentemente e gostei, com direito à sopros e tudo mais. É a canção “Runnin’”, de autoria do baterista e vocalista Don Brewer! 

Mas nunca me agradou o Paralamas do Sucesso gravando músicas neste estilo, e até me parecia música ruim executada em ritmo de discoteque demais acelerado… rsrsrsrs… 

Também — apesar de eu ter composto duas músicas no estilo —, não curto reggae, outro estilosinho de ritmo viciado em que todas as músicas parecem a mesma… E penso que todas as bandas de rock que se meteram a gravar reggae, para mim foi um fiasco, algo desnecessário — musiquinhas para lá de insossas —, a começar pelo Eric Clapton (vide “I shot the sheriff”); depois veio o Led (que também gravou um funk, um lixo, por sinal!), e até mesmo o Van Halen (quem diria!...)! 

O Gil gravando “No woman no cry” para mim é uma mediocridade — ô, musiquinha aguada e sem sal ou açúcar! Mas, para mim, “A raça humana”, dele próprio, é o melhor reggae composto no Planeta, um reggae, diria, New Age, bem desacelerado e muito emotivo! 

Mas o reggae em geral me remete a chiclete que se masca e que há muito perdeu o açúcar… E o ska - ah, o ska!... - me parece música de quem vai tirar o pai da forca... rsrsrsrs…

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